- 250 -
“A descida do Espírito Santo” - Atos, cap. 2.
Aconteceu aquilo que Jesus tanto dissera que aconteceria; aquelas
legiões de anjos, espíritos ou almas, que acompanhavam a Jesus, subindo e
descendo sobre a Sua cabeça, passaram a se comunicar através dos discípulos.
Eram muitos e não apenas doze, com a escolha de Matias, que ficou no lugar de
Judas. E o número deles aumentava sempre, porque o mediunismo sacudia as mentes
com vigor estranho.
- 251 -
“E foram todos cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em várias
línguas” - Atos, cap. 2.
Tal e qual como acontecia com os
Profetas, no Velho Testamento, quando os anjos ou espíritos do Senhor lhes
falavam, por variantes faculdades. Mesmo porque, Médium e Profeta quer dizer o
mesmo. Lembrem-se os leitores sensatos, que o Espírito Santo que Jesus derramou
sobre a carne, era de fato instrumento de advertência, ilustração e consolo;
não era e não é essa maquinação infernal que o religiosismo clerical inventou,
para encobrir suas patifarias e corrupções. Deus não é três, é Um! Os Cristos
Planetários não são uma terça parte de Deus; e o Instituto Consolador, o Ministério
da Revelação, é constituído de falanges de anjos, espíritos ou almas.
- 252 -
“Estavam, pois, todos atônitos” - Atos, cap. 2.
Claro, pois estavam diante do fenômeno mediúnico intenso, não estavam
diante de ídolos e salamaleques mudos, ou de discursozinhos histéricos, assim
como é muito do gosto dos blasfemos do batismo trazido por Jesus. Era o contato
com o mundo espiritual, generalizado pelo Cristo Planetário, para com isso
livrar a humanidade da peçonha levítica ou clericalista, que desde longos milênios
vinha retardando a marcha evolutiva das gentes, em proveito de seus interesses
subalternos e infernais. Tão infernais que, como sabeis, nem sequer
reconheceram o Cristo, tendo-O assassinado.
- 253 -
“O discurso de Pedro” - Atos, cap. 2.
Os corruptores do quarto século teimaram em cometer vários crimes,
sendo um deles o dizer que Pedro fora papa. O humilde pescador, ensinado por
Jesus, sabia que o derrame de Revelação sobre toda a carne, tinha por base as
promessas do Velho Testamento e por fim a libertação da humanidade do jugo
idólatra das clerezias. Por isso que Pedro falou da promessa, lembrando o que
estava em Joel, sobre a generalização do profetismo ou mediunismo.
- 254 -
“Derramarei do meu espírito sobre meus servos e sobre minhas servas, e profetizarão”
- Atos, cap. 2.
Aquilo que está no capítulo dois, do Profeta Joel, também está mais
umas dezoito vezes em outro textos do Velho Testamento. O Consolador ou
Espírito Santo, ou de Profecia, seria generalizado através do Cristo
Planetário, quando viesse. E foi o que Jesus fez, para tirar a orfandade do
meio das gentes, uma vez que a Revelação consoladora só era praticada dentro
dos Cenáculos Iniciáticos.
- 255 -
“Assim que, exaltado pela dextra de Deus, e havendo recebido do Pai a
promessa do Espírito Santo, derramou sobre nós a este, a quem vós vedes e
ouvis” - Atos, cap. 2.
Eis aí, leitores, contra quem Roma se ergueu, com todas as forças do
seu despotismo sanguinário! Liquidou com o derrame de Revelação ou de
Profetismo sobre toda a carne (porque devia começar por Israel e atingir os
extremos da Terra), para implantar no mundo palhaçadas idólatras, mercenarismos
e inquisições, materialismos e brutalidades. Foi a segunda crucificação do
Cristo!
- 256 -
“Porque para vós é a promessa, e para vossos filhos, e para todos os que
estão longe, quantos chamar a si o Senhor nosso Deus” - Atos, cap. 2.
Vede bem que aquele Espírito da Verdade, Santo ou Consolador, não era
figura de fachada, para encobrir erros, corrupções e maquinações infernais,
como é o tal que foi fabricado em Roma, do quarto século em diante, para
garantir ao império a sujeição de reis e povos. Leiam o que está no Apocalipse,
do capítulo treze em diante, sobre a Besta que se levantaria na Cidade dos Sete
Montes, para pisar no Lugar Santo, que é como ali está simbolizada a Excelsa
Doutrina.
Pedro foi o primeiro grande divulgador do Profetismo generalizado
através de Jesus, para que, por ele, o Profetismo, a humanidade se tornasse
consciente das verdades eternas, perfeitas e imutáveis de Deus; mas Roma
truncou tudo isso, tendo ainda usado o nome de Pedro, para fazê-lo patrono da
corrupção!
No Espiritismo, tudo quanto Jesus trouxe ao mundo, com o Seu Batismo
do Céu, encontra a devida restauração. Basta querer compreender, para, de uma
vez por todas, qualquer um poder deixar de ser blasfemo do batismo de Espírito.
Isto é, para não cometer aquele crime que por Jesus foi qualificado o maior de
todos, que é blasfemar do Sagrado Ministério do Consolador!
Sendo que Ele, Jesus, que tinha os anjos, espíritos ou almas amparando
a Sua Obra Messiânica, tendo recebido do Pai a incumbência de repartir essa
Graça Consoladora com os Seus tutelados, respeitável é que todos a recebam de
muito bom gosto, depois de informados da VERDADE. Mesmo porque, como está escrito
nesse mesmo capítulo, os inimigos de Jesus serão feitos o estrado de Seus pés.
E não adianta alegar apenas boas intenções; porque os assassinos dos antigos
Profetas e do Cristo, já honravam através de idolatrias e largos falatórios,
nada lhes aproveitando, uma vez que foram clamar “Senhor! Senhor!” nos abismos
trevosos, até saldar os débitos para com a Justiça Divina.
- 257 -
“Eram também obrados pelos apóstolos muitos prodígios e sinais em
Jerusalém, e em todos geralmente havia um grande temor” - Atos, cap. 2.
Os sinais e prodígios que eram obrados por Jesus, Ele que tinha os
dons mediúnicos SEM MEDIDA, ocorriam e ocorrem com todos os Seus verdadeiros
discípulos, porque em mediunismo ou profetismo foi o Seu batismo. E se o povo
andava então atemorizado, era porque o batismo de Jesus andava em dia com as
Suas promessas, coisa que depois do quarto século desapareceu, com a corrupção
que Roma impôs ao mundo. Isto é, desapareceram os sinais e prodígios em virtude
da ação dos santos anjos, espíritos ou almas, passando a vigorar as palhaçadas
inventadas pelo clero romano. A questão é que através das palhaçadas idólatras,
Roma sujeitava reis e povos a bel-prazer!... E não continua fazendo?!...
- 258 -
“As primeiras conversões” - Atos, cap. 2.
Por que, somente depois do grandioso batismo de Revelação é que se
deram as primeiras conversões? É porque a chamada Igreja do Caminho (mais certo
é dizer Doutrina do Caminho, porque assim a chamava Jesus), somente começou a
existir depois do Pentecoste, com a grande eclosão mediúnica ou profética, que
partindo dali devia ir enchendo a Terra, convertendo todas as nações. E assim
teria acontecido, se Roma não a tivesse truncado ou atraiçoado.
Se algum dia aparecerem os documentos originais escritos pelos
primitivos cristãos, Apóstolos e outros escritores, fácil será constatar o
quanto andaram mãos corruptas adulterando textos, acrescentando formalismos,
fazendo os escritos tenderem para clericalismos e comercialismos pagãos.
Todavia, quando isso acontecer, todos poderão observar que o Livro dos Atos dos
Apóstolos foi o menos adulterado de todos eles. Cumpre dizer, também, que do
quarto século em diante a leitura era proibida de morte, pois queimava a
Inquisição os livros e seus donos; e se soubesse Roma que um dia alguém fosse
conseguir liberdade de culto e tradução dos livros, enchendo o mundo deles, por
certo teria queimado tudo, nada deixando, para perpetuar seus domínios errados
e idólatras sobre a humanidade.
E como estamos para ir em frente, saindo do capítulo dois dos Atos,
queremos consignar três observações bastante interessantes:
a - Que a primeira fase foi a das profecias sobre a vinda de Jesus e
do Seu batismo de Revelação generalizada;
b - Que a segunda fase foi a vida
carnal de Jesus, preparando tudo para o cumprimento da terceira, que era
realizar o batismo de Revelação generalizada, para deixá-lo como fundamento da
Excelsa Doutrina;
c - Que a terceira fase foi cumprida, dentro dos primeiros cinqüenta
dias depois da crucificação, com o ressurgimento em espírito e a grande eclosão
mediúnica ou profética, tal e qual como testemunham os dois primeiros capítulos
do Livro dos Atos dos Apóstolos.
Eis o motivo de começarem no Pentecoste as primeiras conversões.
Porque tudo até ali foi apenas preparação, sendo dali em diante que houve a
Doutrina do Caminho em franca atividade, com a comunicabilidade dos espíritos a
advertir, ilustrar e consolar aqueles que se iam achegando, para conhecer.
Daqui para frente, tudo já estava feito pelo Divino Mestre, estando
Seus milhares de discípulos em atividade, a se espalharem pelo mundo. Tinham
por todas as partes a perseguição do clero levita, perseguição de morte, mas o
Ministério da Revelação transformava-os em gigantes de coragem, sobrepondo-os a
prisões e martírios. E tudo isso durou até o quarto século, quando Roma
atraiçoou o batismo de Revelação, forjando o seu clero idólatra e mercenário,
achando que com isso de novo levantaria o império, então em tremenda
decadência. Vede o Livro CONFISSÕES DE UM CORRUPTOR, para outros esclarecimentos.
Extraído do Livro: