O ANJO DA LIVRARIA

Ao criar DEUS o Universo,

Esplendente de mil aventuras,

Inventou o termo Diverso,

E pô-lo entre coisas e criaturas.

Em todos os quadrantes da vida,

No burburinho das ações,

Distribui deveres sob medida,

Ungiu para isso corações.

A fim de haver trabalhos e méritos,

Urdiu a escala das obrigações,

Conforme lazeres de dias pretéritos,

A cada um deu suas funções.

Na retorta Kardec apareceu,

Empório de idéias libertadoras.

Nesta livraria, quem apareceu,

Respeitou qualidades encantadoras.

Uma confreira muito gentil,

Nobre caráter, feliz servidora:

Deus lhe cubra com manto anil,

Qual o manto da DIVINA SENHORA

.

A cada servidor cabe o salário,

Segundo o mérito que reunir,

Seja o teu ganho o do milionário,

Apontas o Céu, sabes Nadyr?

Ganhando o pão da jornada,

Vendes luzeiros e esplendores.

Espalhas a luz, livro é clarinada,

Amor e sabedoria, divinos fulgores.

Continua, filha de Deus,

A lidar com as coisas do Céu.

Abençoe Jesus, a ti e aos teus,

Vos ampare Maria, com o seu véu.

OSVALDO POLIDORO.

(1956)

UNIÃO DIVINISTA

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