A IDÉIA E A PALAVRA DE JOÃO HUSS AO
SÉCULO XX
A história da Civilização mostra que
todas as épocas tiveram os seus mártires das idéias. Desta vez deixamos de lado
o presente para dar um mergulho no fulcro de uma civilização torpe, imoral e
impiedosa que exterminava o brilho dos grandes pensadores nas fogueiras e nas
câmaras de tortura da Santa Inquisição.
Não falaremos da Inquisição do século
XX quando o Estado e não a Igreja detinha o poder e as câmaras de tortura
suplantavam toda a parafernália instituída pela santa igreja.
No século XI, Roma era uma fonte de
burocracia onde transitavam benefícios e cargos lucrativos. Tinha o poder de
abençoar, dispensar, absolver e distribuir indulgências mediante dinheiro.
Títulos de cardeal eram vendidos a bom preço. (Tais dados são extraídos de
“L’Inquisition”, obra do Padre Vancard que estudou a Inquisição na Idade
Média).
Pode-se ler nas efemérides do Papado:
“Sergio II criou publicamente em seu palácio, o filho de sua amante; Estevão
VII mandou desterrar, esquartejar e lançar ao Tibre o cadáver de seu
predecessor, o Papa Formoso; João X subiu ao trono pelo prestígio e poder de
sua amante Teodora. João XII, Papa adúltero foi assassinado no leito da amante
por um marido ciumento; Alexandre VI, pai de César e Lucrécia Borgia era
célebre por suas infâmias; Clemente V, responsável pela extinção da Ordem do
Templo era amante da bela Bruinissens; João XXII, de Avinhão concedia
absolvições e dispensas, mediante dinheiro. Mandou esfolar vivo e queimar na
fogueira o bispo Giraud, de Cahors; mandou torturar o bispo de Carcassona, sob
a acusação de tê-lo enfeitiçado. Em seu reinado foram queimados mais de dez mil
herejes. Ao morrer deixou em seus cofres uma fortuna imensa em dinheiro e
pedras preciosas”.
A Santa Inquisição nos mostra como o
tão decantado Santo Thomaz era “bonzinho” e devemos a ele esta barbaridade: “O
poder de condenar à morte, sem injustiça, um homem, mesmo inocente, para
obedecer a Deus” (Suma I, II parte, questão 94, art. V) o que foi aprovado pelo
papa, por Santo Afonso de Ligório e por toda a Inquisição.
A história dos papas do século IX ao
XIII é um escândalo, como já vimos. João XII tinha 17 anos quando encheu Latrão
de cortesãs; Bonifácio VII deu sumiço, levando todo o tesouro da Igreja e ao
retornar mandou matar João XIV e jogá-lo no poço do Castelo de Santo Ângelo.
Bento IX, papa aos 12 anos levava uma vida devassa, mas tem tempo de mandar
envenenar o papa Clemente II. Esse papado, horror da cristandade durou dois
séculos enquanto papas exilados entravam e saiam de Roma.
Não se pode negar os erros que a Igreja
cometeu: a condenação de Galileu (E pur se muove...); de Giordano Bruno,
Jacques Molay, Joana D’Arc, Jean Huss, cátaros, templários, protestantes,
judeus, católicos, cruzada dos albigenses, noite de São Bartolomeu, revogação
do Édito de Nantes, etc.
Na perseguição aos católicos de
Béziers, o legado papal foi inclemente: “Matem-nos a todos. Deus saberá como
reconhecer os seus”. E na véspera da noite de São Bartolomeu, Pio V, mais tarde
São Pio V enviava mensagem a Carlos IV: “Mate-os a todos, como outrora fez
Samuel com os amalecitas, por ordem de Jeovah”.
O pobre Giordano Bruno que ousara
considerar a pluralidade dos mundos habitados, (o que era um assinte à Bíblia),
foi preso durante seis anos, sem livros e sem direito a escrever e sem visitas.
Ficou mais dois anos preso em Roma onde foi julgado pela Inquisição,
excomungado e entregue às autoridades seculares para ser punido com a maior
misericórdia possível e sem derramamento de sangue, fórmula abominável com a
qual a Inquisição tinha o hábito de dissimular a condenação à fogueira. Foi
assim que se inventaram máquinas supliciadoras na Santa Inquisição: requintadas
e infalíveis segundo os princípios da Igreja: quebravam, massacravam,
distendiam músculos, trituravam, moíam o corpo humano, sem arrancar uma única
gota de sangue. Processo que mais tarde a Idade Moderna adotará com igual
requinte.
Incrível como a Igreja Moderna persiste
em permanecer disfarçadamente em seus dogmas medievais, condenando as idéias
livres, claras do Frei Leonardo Boff, quando elas têm consonância com o
desenvolvimento sociológico, filosófico, religioso e científico do mundo
moderno.
Os teólogos vivem se justificando,
citando o cap. XV, 6, de João que diz: “Se alguém não tiver em mim, será
lançado fora, como o sarmento, e secará; depois será colhido e lançado ao fogo,
onde queima”, esquecendo-se que essa parábola se aplica somente à vida
espiritual no além. Apoiam-se os teólogos, ainda no “Deuteronômio, XIII, 6 a
11, XVIII, 2 a 9, na qual Jeovah recomenda que se matem os que quiserem se
afastar da religião de Moisés ou os adoradores de deuses estrangeiros.
Vê-se pois que foi o espírito judaico
da violência que guiou a Igreja de Pedro, fazendo que contra isso se levantasse
a Igreja de João que pregava o amor, o conhecimento. A tal respeito, Bergson
escreveu à princesa de Pollignac: “Devo confessar-vos que a intolerância
religiosa, o fanatismo religioso, o exclusivismo religioso vieram de nossa
Bíblia hebraica... Essas paixões terríveis não existiam entre os gregos e entre
os romanos”. É o que nos conta Paul Le Cor, no “Evangelho Esotérico de São
João”.
É preciso entender que Cristo que veio
proclamar a Lei da fraternidade e do amor não poderia decretar a condenação à
morte dos hereges. Seus ensinamentos vão de encontro à Bíblia mosaica onde o
Eterno declara “que é preciso condenar à morte, matar a pedradas quem falar em
servir a outros deuses, mesmo se se tratar do próprio irmão, do próprio filho
ou da mulher bem amada”.
O MARTÍRIO DE JOÃO HUSS
De todos os crimes cometidos pela Santa
Inquisição um dos que mais nos comove e revolta é a condenação à morte de João
Huss, porque ele foi induzido à prestar declarações aos quatro poderes com a
promessa de um porco chamado Sigismundo, “de que nada de mal lhe aconteceria,
caso expusesse em público suas idéias”. O porco “dar-lhe-ia salvo conduto e a
sua palavra imperial de que sua vida não correria perigo, pois a espada do
império velaria por ele”.
De 1414 a 1418 durou o Concílio no qual
autoridades eclesiásticas foram convocadas em Constanza para fazer calar homens
como João Huss. Três papas detinham na ocasião, o poder da Igreja: um vagabundo
espanhol representando Aragão, Catalunha e Valência, um italiano neurótico e um
alemão inclemente.
O imperador Sigismundo assemelhava-se
mais ao Kaiser do século XX e presidia ao concílio, rodeado de pompa e poder.
Em frente ao trono guardado pelos quatro dignatários, um com a coroa sobre
almofadas, outro com o cetro, o seguinte com a espada e o último com o globo de
ouro, símbolo da grandeza universal, perfilavam-se os cardeais. De vermelho,
com seus chapéus escarlates de borlas pendentes peroravam em latim e liam
inacabados pergaminhos, acusando homens brilhantes pelo seu “crime de pensar”.
Foi nesse ambiente, na grande catedral
gótica de Constanza, que João Huss expôs suas idéias. E tão claro e brilhante
foi que a seguir estava preso no convento dos dominicanos, hoje o Insel Hotel,
num torreão com pequena janela aberta para o lago.
Esquecera-se o imperador da palavra
empenhada quando condenou João Huss à morte na fogueira. Mandou retirá-lo certa
manhã da cela, amarrá-lo, vestir-lhe uma túnica, colocar-lhe sobre a cabeça uma
mitra com diabos e serpentes pintados e fê-lo empreender o caminho para o
arrabalde de Brulh, onde no mesmo lugar da fogueira se ergue hoje um monumento
coberto de inscrições em honra ao mártir. Quinhentos e setenta anos depois
pode-se comparar tal façanha com uma outra deste século quando prenderam,
amarraram e fizeram desfilar pelas ruas do nordeste, com uma corda atada ao
pescoço e puxado como um animal, em trajes sumários, um político brasileiro.
Como se pode observar, pouca coisa mudou. Ainda podemos nos valer das palavras
de Ovídio: “Aqui (ainda) somos bárbaros”.
Olhos azuis lacrimejantes pela fumaça,
a barba loira, o coração inocente, indagando a causa de tão tremenda injustiça,
a saudade da pátria distante. Foi assim que João Huss morreu enquanto numa
fogueira ao lado, seu companheiro Jerônimo de Praga tinha a mesma sorte.
Mas foi para uma velhinha retardatária
e ignorante que correu a colocar sobre a fogueira um feixe de lenha – a meu
ver, o símbolo de imbecilidade humana – que João Huss disse suas últimas
palavras: “Oh sancta simplicitas!”.
Há muitos Sigismundos circulando
impunes por aí, enquanto muitos Cristos foram aviltados, espoliados, açoitados,
torturados e carregaram sua cruz até o seu calvário erguido em pleno século XX.
E é muito estranho que enquanto a
igreja moderna parte para um sacerdócio sedimentado em comunidades de base,
exaltação dos direitos humanos e toma posição direta e vigorosa ao lado do
povo, o Vaticano insiste em permanecer fechado em sua muralha feudal,
condenando Frei Leonardo Boff ao silêncio.
E nos perguntamos o que seria de um
frei que fala uma linguagem clara e humana que atende às necessidades de uma
coletividade moderna se ele existisse no tempo da Santa Inquisição.
Lenita Miranda de Figueiredo
* * *
(O ex-padre Le Terre, no livro JESUS E SUA DOUTRINA, revela o quanto de
erros, sujidades, sangueiras, imoralidades e depravações, enche a vida da Besta
Apocalíptica, que devia surgir e surgiu, em Roma, como bem ficou previsto no
capítulo 13, do Apocalipse. Foi no ano 313 que a Besta foi inventada por
Constantino Cloro I. Kardec foi reencarnação de João Huss, e não terminou tudo
quando devia, porque de par com o que devia restaurar, também devia entregar o
EVANGELHO ETERNO, anunciado por Deus em Apocalipse, 14, 6.).
A DOUTRINA DE
DEUS, DA LEI A SER VIVIDA, E DAS GRAÇAS MEDIÚNICAS A SEREM NOBREMENTE
CULTIVADAS, E DOS EXEMPLOS DE JESUS DE COMO VIVER A LEI E CULTIVAR AS GRAÇAS
MEDIÚNICAS, É QUE CUMPRIRIA A JOÃO HUSS OU KARDEC RESTAURAR, PARA MAIS TARDE
VIR ENTREGAR O EVANGELHO ETERNO, PROMETIDO NO APOCALIPSE, 14, 6.
1-
Moisés entregou a Lei de Deus e o
Primeiro Pentecostes, ou Batismo de Dons da História, como devem ler no Livro
de Números, capítulo 11. Os filhos de Deus deveriam se guiar pela Lei Suprema e
a Consoladora Revelação, para evitar desvios comprometedores, comércios de
engodos ou simulações, ou fingimentos, etc.
2-
Infelizmente para a Humanidade, e como
sempre aconteceu depois dos ENSINOS e das GRAÇAS vindos de Deus, foram os
rabinos ou padres, ou religiosos profissionais, adulterando tudo, impondo
aparências de culto verdadeiro, etc.
3-
E Deus, como todos devem ler no Velho
Testamento, através de Profetas ou Médiuns, e Anjos ou Espíritos Mensageiros,
prometeu a vinda do Verbo Exemplar ou Messias, e um novo Pentecostes ou Derrame
de Dons para TODA A CARNE, aquilo que o Livro dos Atos dos Apóstolos registra
perfeitamente. Estudem bem os textos, porque antes de findar o segundo milênio,
terríveis abalos farão lembrá-los e vivê-los:
1
-
Eu sou o Senhor teu Deus, não há outro Deus.
2
-
Não farás imagens quaisquer, para as adorar.
3
-
Não pronunciarás em vão o nome de Deus.
4
-
Terás um dia, na semana, para descanso e recolhimento.
5
-
Honrarás pai e mãe.
6
-
Não matarás.
7
-
Não cometerás adultério.
8
-
Não furtarás.
9
-
Não darás falso testemunho.
10
-
Não desejarás o que é do teu próximo.
MARCAS
DO VERBO EXEMPLAR - É de antes de haver Mundo, anunciado
antes de encarnar através de Anjo ou Mensageiro, nasce em virtude de fenômeno
mediúnico e não de homem, vem com os Dons do Espírito Santo ou Mediunidades SEM
MEDIDA, produz grandes feitos mediúnicos, não fica no túmulo porque representa
a RESSURREIÇÃO TOTAL, entrega o Derrame de Dons para toda a carne e manda
entregar o Livro dos Fatos Porvindouros, o Apocalipse. E por parte dos
ignorantismos humanos, fica sendo o alvo das pedradas contraditórias, como
afirmou o Profeta Simeão.
O
VERBO AFIRMA A SOBERANIA DA LEI
“Vai e vive a Lei.”
“Da
Lei nada passará, sem que tudo se cumpra.”
“Pecar
contra um mínimo Mandamento, é como pecar contra toda a Lei.”
“Meu
pai, minha mãe e meus irmãos, são os que ouvem a Lei e a praticam.”
“Como
forem vossas obras, assim mesmo recebereis.”
“Apartai-vos
de mim, vós que obrais a iniqüidade.”
“Não sairás
dali, até pagar o último ceitil.”
COMO
JESUS TRATOU OS PADRES?
“Ai
de vós, sacerdotes, escribas e fariseus hipócritas, que vos postais nas portas
do Templo da Verdade, não entrais e não permitis a entrada aos que poderiam
fazê-lo.”
“Ai
de vós, sacerdotes e fariseus hipócritas, pois as mulheres de má vida e os
afeminados estão na vossa frente a caminho do Céu.”
“Ai
de vós, que perseguistes e matastes os Profetas, pois mais um matareis e por
todos estes crimes respondereis.”
E SOBRE O MEDIUNISMO INSTRUTIVO E CONSOLADOR
Resumo dos Dons do Espírito Santo, pois
nunca foi terça parte de Deus, nem espírito comunicante, nem símbolo dos bons
espíritos, mas sim carismas ou mediunidades, por onde Anjos ou Espíritos
Mensageiros produzem maravilhas:
“Quem dera que o Senhor desse o Seu
Espírito Santo e que toda a Carne profetizasse.” – Números, 11, 29.
“Derramarei
o Meu Espírito Santo sobre a tua semente, e a minha benção sobre a tua
descendência.” – Isaías, 44, 3.
“Derramarei
o Meu Espírito Santo sobre toda a Carne, e vossos filhos e filhas profetizarão,
vossos velhos terão sonhos e vossos jovens terão visões.” – Joel, 2, 28.
“Porque
para vós é a promessa, e para quantos estiverem longe, quantos o Senhor a si
quiser chamar.” – Atos, cap. 2.
“Porque
a um pelo Espírito Santo é dada a palavra de sabedoria, a outro de ciência, a
outro a fé, a outro o dom de curar, a outro a produção de maravilhas, a outro a
profecia, a outro o discernimento dos espíritos, a outro as línguas diversas, e
a outro as interpretações.” – I Ep. Coríntios, cap. 12.
“Caríssimos,
não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque
muitos já foram os falsos profetas que se levantaram no Mundo.” – I Ep. de
João, cap. 4.
“Deus
não é de mortos, mas de vivos, porque aqueles que forem dignos da ressurreição,
serão como os Anjos do Céu.” – Mateus, cap. 22.
“Testificando
também Deus com eles, por sinais, milagres, várias maravilhas, e Dons do
Espírito Santo, distribuídos por Sua Vontade.” – Hebreus, 2, 4.
“Antigamente,
em Israel, indo alguém consultar a Deus, dizia assim: Vinde e vamos ao vidente
porque ao Profeta de hoje se chamava então vidente.” – I Samuel, 9, 9.
Tradução: Ferreira de Almeida.
“E
estes sinais seguirão aos que crerem: Expulsarão os demônios; falarão novas
línguas; manusearão serpentes; bebendo potagem mortífera, não lhes fará mal;
porão as mãos sobre os enfermos e os curarão.” – Marcos, 16, 17.
“Aquele que pecar contra o Filho do
Homem será perdoado, mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo será réu
da Justiça Divina.” – Jesus em Lucas, 12, 10.
* * *
77
são os textos bíblicos que ensinam sobre os Dons do Espírito Santo, Carismas ou
veículos da comunicabilidade dos Anjos, que quer dizer Espíritos Mensageiros de
Deus.
A
Besta Apocalíptica ou romana em tudo foi, pelos séculos afora, errando,
blasfemando, conspurcando, pecando e fazendo pecar. Com a Inquisição impôs
crimes de todos os tamanhos.
As
PUNIÇÕES NECESSÁRIAS estão previstas em Mateus, capítulos 24 e 25, e no
Apocalipse. E no Livro EVANGELHO ETERNO
E ORAÇÕES PRODIGIOSAS tendes todos os avisos prometidos por Deus.
OSVALDO POLIDORO.
UNIÃO DIVINISTA