DIVINA SIMPLICIDADE – A Lei foi entregue à consciência de cada filho de Deus, e somente a Justiça Divina o julgará, em secreto, em tempo certo. O Verbo Modelo deixou o exemplo de tudo que deriva de Deus, seja Espírito ou Matéria, e a Deus um dia retornará, como Espírito e Verdade, e ninguém com Ele poderá jamais discutir, porque Seu advogado chama-se Justiça Divina. Capítulo I DO GÊNESE AO APOCALIPSE

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quinta-feira, 29 de maio de 2014

UM ATEU ALÉM DO TÚMULO - UM AMIGO E UM CONVITE




UM AMIGO E UM CONVITE

Primeiramente devo dizer que o meu estado psíquico ressente-se ainda de avarias pronunciadas. Afinal, fácil será para quem já conhece alguma coisa na vida errática, que um grau hierárquico interno corresponde a uma zona hierárquica externa. Assim, pois, sendo o planeta sólido circundado de zonas concêntricas e superpostas, ou céus, como se dizia antigamente, simples será compreender que, à medida que for o espírito, se iluminando internamente, tanto mais irá tendo ingresso em zonas mais divinizadas.
Também, não quero entendam esta teoria de um modo dogmático; porque um plano qualquer desses comporia gradações várias de seres. Entre o que seja mais evolvido em uma zona e o que esteja em ponto antípoda, uma infinidade de pequenas variações existem. Uma zona ou faixa, portanto, sendo já especificação hierárquica, não deixa de ser, também, de um modo geral, genérica quanto ao padrão médio em si. Entende-se, portanto, que dentro de uma zona hierárquica, existe campo para muitos poderem ensinar e aprender. Isso seria impossível, caso uma zona astral fosse habitada por uma só e grave condição espiritual.
Os céus, portanto, embora crescendo em expressões, à medida que se afastam da crosta, nem por isso comportam menos umas tantas heterogeneidades. Sábia lei regula os fenômenos da vida em qualquer de suas manifestações, disso dúvida não deve permanecer em ninguém. E quem pensar em céu à moda católica ou protestante, um céu sem toda uma interminável cadeia hierárquica, pode estar certo de que, ao ter de enfrentar a realidade, ao desencarnar, terá também de modificar o seu modo de pensar.
E isso já fará um grande bem ao filho de Deus, esse filho das futricas teologais, dos despeitos religiosistas, dos interesses conchavistas das religiões. E se acharem que estou avançando muito, deixem também para mais tarde, fazerem um juízo qualquer. É que, embora todas as religiões preguem o bem teoricamente, nem por isso deixam de fazer certas guerras, bem mais imundas do que as feitas pelos políticos e militaristas. Pelo muito que os religiosismos usurpam dos seus crentes, com os seus padres e suas futricas fetichistas, que outra coisa não são os formalismos que vendem, bem poderiam falar um pouco mais de verdade. E no caso de não a ter, melhor não seria que a procurassem?
Hoje, como homem sofredor que ainda sou, mas consciente das infinitas condições de vida no astral da terra, e consciente do que sempre houve de espiritualismo sadio no plano da carne, digo com todo o vigor de minha alma, que os cleros nunca fizeram mais do que truncar, com seus interesses, sectários a evolução da humanidade, no verdadeiro sentido. Tendo, pois, oportunidade de falar aos que ainda medram nos planos densos, faço-o com prazer, ao lado de miríades de outros que, ao redor da terra fazem a mesma coisa, para o mesmo fim, que é ilustrar o homem a respeito das infinitas possíveis condições de vida, na erraticidade, quando o tal denso plano tiverem de abandonar.
Quem vive na terra, em geral, queixa-se de como vive, acreditando que poderia viver melhor. Inconsciência de direitos e de deveres é que isso testemunha, em grande parte; mas, também, é sinal que a esperança jamais morre. Como também em estas plagas da vida assim ocorre, é bom vá-se o encarnado acostumando a sondar as razões de suas deficiências, de não poder saltar para melhor, assim com o simples gosto de querer. De resto, sem ter vontade de fazer humorismo, ninguém é barrado em sua marcha progressiva, rumo a tais melhores planos de vida. O que é de aquilatar, porém, é que não adianta aguardar a ingerência de favores, nem da parte de leis, nem de figurões quaisquer.
Todos os chefes juntos, de Cristo para baixo, nada fariam nesse sentido; é da lei fundamental que sejam eles mestres em técnica, em moral, em exemplos, em todo e qualquer ângulo em que sejam precisos seus ensinos, seus misteres edificantes. Quanto porém à edificação interna, que é o único instrumento ascensor, isso fica por Divina Determinação, a cargo de cada um. As instruções externas devem vir e de fato vêm de fora, não por um mestre apenas, mas por miríades deles, de um modo que, muitas vezes, passa despercebido até. A realização interna é de foro absolutamente íntimo. Por isso mesmo, nego haja quem tenha mais conhecendo menos; o certo é que, se sabe sempre mais do que se tem. As lições andam muito mais do que o aluno.
Fácil é saber, difícil é realizar. Quem mais do que eu pode fazer alusão a um tal princípio? De tal modo dirige a Suprema Lei o Universo e seus fenômenos, em todos os sentidos, em todos os planos, que, saber mais e proceder menos, corresponde a sofrer mais e ter menos direito de reclamar. Isso já é muito sabido, em vista o que disse Jesus. Mas é sabido teoricamente; porque, em base prática, não creio que haja na terra, como pessoa encarnada, quem dê cabal desempenho ao dever, de proceder em conformidade com o que sabe, de ordem moral e espiritual.
Fui, pois, como pouco mais ou menos o são todos os homens, um transgressor da Lei; o mal todo foi o que sabia sobre ela, e não o que dela ignorava. Ela não dá a quem já não possa de fato ter, nem pede qualquer coisa a quem de fato nada tenha dado. É nesta linha mecânica e moral que tem sua atividade. E é por isso que o homem, que julga ter de um dia enfrentar um tribunal que não sabe onde está localizado, sente-se em si e por si mesmo logrado, ao deparar com o juiz interno, que o faz entrar na posse daquilo que edificou, seja o que for, expressões indizíveis de luz, ou abismos tenebrosos. O seu a seu dono, tal a lei da Lei Suprema. E quem atende reclamações? Com quem reclamar? Por que forma? Onde?
Há, sem dúvida, uma saída para tudo. Reclamar? Apresentar razões? Tudo é possível e justificado. Basta ir reclamar precisamente aonde se cometeu a falta. No íntimo de cada um, revolver atos tristes, misérias que tais; destruí-las a umas, reparar a outros, atirar fora os pedregulhos e encher-se de bens divinos.
É certo que, às vezes, antes que tal se possa fazer, muitos decênios devamos aos planos limbosos. Depois de resgatados os erros moralmente, começará então a reparação técnica, brandamente. E quem tem de desmanchar um ato, por ser ruim, e repor um bom no local, já não perde em tempo alguma coisa? Com a dor do reparo moral e o tempo necessário para reparar tecnicamente, somado tudo, não daria para concordar em que, viver do melhor modo, seria trabalhar menos e lucrar mais?
Todos nós, homens e mulheres do mundo astral imaginamos muito nisso. Temos esperanças fortes nos efeitos do Consolador ostensivo, em seus tremendos avisos, nas suas lições de amor e temor. Não obstante, o Espiritismo não se responsabilizará jamais pelos atos dos seus adeptos. O sacerdócio estará sempre muito acima das ações dos seus sacerdotes. Por isso, já vi muitos espiritistas em lugares nada recomendáveis, aqui por estas bandas. O reino do céu não é dos religiosos; é de quem for mais verdadeiro! Não foi a Verdade que Jesus recomendou como libertadora? E se ela toma no mundo humano aspecto Moral e Científico, por que anda o homem a desprezá-la, enquanto cuida em comprar e vender disparates litúrgicos?

Sei bem que é por falta de experiência; neste caso, que ninguém despreze as caríssimas lições da vida. E se os homens desencarnados falarem, pelas múltiplas canaletas mediúnicas, passando à frente, não o preço de suas experiências, mas ao menos a inteligência das conseqüências vividas e sofridas, que não deixem os viajores da carne, em esquecimento, o mérito dos avisos. Cumprimos nosso dever, bem a par das sábias lições do Divino Mestre. Foi quem avisou muito sobre os méritos do Consolador, como distribuidor de informes precisos.











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A SAGRADA E ETERNA SÍNTESE

PRINCÍPIO OU DEUS – Essência Divina Onipresente, Onisciente e Onipotente, que tudo origina, sustenta e destina, e cujo destino é a Reintegração Total. O Espírito e a Matéria, os Mundos e as Humanidades, e as Leis Relativas, retornarão à Unidade Essencial, ou Espírito e Verdade. Se deixasse de Emanar, Manifestar ou Criar, nada haveria sem ser Ele, Princípio Onipresente. Como o Princípio é Integral, não crescendo nem diminuindo, tudo gira em torno de ser Manifestador e Manifestação, tudo Manifestando e tudo Reintegrando. Eis o Divino Monismo.

ESPÍRITO FILHO – As centelhas emanadas, não criadas, contêm TODAS AS VIRTUDES DIVINAS EM POTENCIAL, devendo desabrochá-las no seio dos Mundos, das encarnações e desencarnações, até retornarem ao Seio Divino, como Unas ou Espírito e Verdade. Ninguém será eternamente filho de Deus, tudo voltará a ser Deus em Deus. Esta sabedoria foi ensinada por Hermes, Crisna e Pitágoras. Jesus viveu o Personagem Inconfundível de VERBO EXEMPLAR, de tudo que deriva do UM ESSENCIAL e a Ele retorna como UNO TOTAL. O Túmulo Vazio é mais do que a Manjedoura. (Entendam bem).

CARRO DA ALMA OU PERISPÍRITO – Ele se forma para o espírito filho ter meios de agir no Cosmos, ou Matéria. Com a autodivinização do espírito, ao atingir a União Divina, ou Reintegração, finda a tarefa do perispírito. Lentíssima é a autodivinização, isto é, o desabrochamento das Latentes Virtudes Divinas. Tudo vai aumentando em Luz e Glória, até vir a ser Divindade Total, União Total, isto é, perdendo em RELATIVIDADE, para ganhar em DIVINDADE.

MATÉRIA OU COSMO – A Matéria é Essência Divina, Luz Divina, Energia, Éter, Substância, Gás, Vapor, Líquido, Sólido. Em qualquer nível de apresentação é ferramenta do espírito filho de Deus. (É muito infeliz quem não procura entender isso).

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