DIVINA SIMPLICIDADE – A Lei foi entregue à consciência de cada filho de Deus, e somente a Justiça Divina o julgará, em secreto, em tempo certo. O Verbo Modelo deixou o exemplo de tudo que deriva de Deus, seja Espírito ou Matéria, e a Deus um dia retornará, como Espírito e Verdade, e ninguém com Ele poderá jamais discutir, porque Seu advogado chama-se Justiça Divina. Capítulo I DO GÊNESE AO APOCALIPSE

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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A reencarnação é a válvula redentora e evolutiva do espírito



Zainer ali estava, absorto e pálido, frente ao cadáver de Rosália, sua querida esposa. Havia dois anos que se casaram, sem que pudessem ter tido um pouco de paz e de ventura, pelo fato de Rosália ser doentia, supersticiosa e dada a certas atitudes esquisitas. Isto, pelo menos, conforme o modo de entender de Zainer, que nunca se dera ao trabalho de conhecer alguma coisa das verdades espirituais.

Naquela tarde, depois de tanto sofrer, Rosália expirara; e ao partir dissera, com voz sumida, porém cheia de certeza:

– Meu querido, eu voltarei... Ainda falarei contigo... Adeus.... Adeus, por agora...

Atordoado, sem nada compreender, Zainer saíra e fora noticiar a morte de Rosália aos parentes; moravam perto, pois eram sitiantes vizinhos, parceiros de partilha da herança deixada pelos pais de Zainer.

– Rosália faleceu!... – disse, ao entrar portas a dentro da casa de seu irmão mais velho.

O irmão envolveu-o num apertado abraço e procurou confortá-lo:

– Sê forte, meu irmão, que tudo na vida é passageiro. Somente a alma vive eternamente, porque é espírito, porque é partícula de Deus. Sê forte, que outros dias virão, diferentes, quando vocês terão as contas ajustadas e os dias felizes para serem vividos.

Zainer fitou bem o irmão, sem nada dizer, porém saturado de enigma, feito à imagem da perplexidade. E o irmão, vendo-o assim, disse-lhe:

– Fala, meu irmão, que os pensamentos devem ser expostos, sempre que se tornem veículos de motivos superiores. Nunca fizeste nada a bem de melhores conhecimentos... Nunca deste atenção aos problemas do espírito... Entretanto, as leis de Deus vigoram e se cumprem, independentemente de nossas cogitações, sejam favoráveis ou não.

Zainer fitou o semblante sereno do irmão, indagando:

– Se assim é, que elas se cumprem independentemente do nosso querer ou não, para que cogitar de tais problemas?

Félix respondeu-lhe, com bondade:

– Para sofrer menos, pelo menos por isso... Devo dizer, porém, que além disso, temos nós, os filhos de Deus, obrigação de conhecer e usar bem as leis do Senhor. Quanto sabes tu de agricultura, meu irmão?

Zainer explicou:

– Tudo quanto nossos pais nos ensinaram.

– E não achas que muito valem as lições que eles nos legaram?

– Creio que representam tudo, pois temos sabido plantar e colher, com o que estamos vivendo, aumentando a família e cooperando com a nossa parte a bem da felicidade alheia. Talvez que não saibamos reconhecer toda a importância do quanto conhecemos, de tanto usar de tudo de modo prático. Depois que o conhecimento se torna comum, se faz uso e não mais se tem exato discernimento de sua quantia e valias.

– Muito bem, irmão Zainer. O vício, bom ou ruim, tira de nós a noção de quantias e valores, porque transforma tudo em automatismo. Podemos, entretanto, reconhecer a importância dos conhecimentos, desde que lembremos das épocas de preparação da terra, do plantio, das chuvas, da capinagem, da colheita e dos trabalhos de embalagem e venda. Além do mais, entram de permeio mil e uma particularidades ou minúcias, coisinhas que nem levamos em conta, porque nem sequer delas tomamos conhecimento, visto serem por demais concernentes à vida e suas rotinas.

– E daí? – perguntou Zainer, com olhar aflito.

Félix encolheu os ombros, como quem faz sinal de conclusão, elucidando:

– Assim como devemos aprender a jogar com as leis do meio material em que vivemos, para efeito de aumentar os proventos do trabalho árduo, sob o sol, a chuva, o frio e tudo mais, assim mesmo devemos procurar conhecer as leis espirituais, a fim de extrair aquelas vantagens emancipadoras de que temos notícia. Não é por acaso que se existe, movimenta e se percebe a necessidade de luta contra o Mal e em favor do Bem. Quem não entende das verdades do espírito é como se fosse um barco sem governo, pronto a se rebentar contra as rochas, atirado pela braveza das águas encapeladas.

Aturdido, Zainer murmurou:

– Eu nada entendo... Eu nunca dei atenção a essas coisas...

O irmão falou-lhe, com ternura:

– Agora vamos tratar de enterrar tua mulher... Isto é, o corpo, já que o espírito não foi feito para ser enterrado. Logo mais, se quiseres, poderemos entrar em contato, para fins de estudo. Afinal, sempre foste convidado... Como eras do contra, nunca mais falamos contigo a tais respeitos. Em matéria de verdades espirituais, cumpre a cada um tomar medida e talho, porque a Lei ensina que a cada um será dado conforme suas realizações.

Houve silêncio, porque Zainer emudeceu e Félix entrou quarto adentro, a fim de avisar os seus, que ainda dormiam, porque era domingo. Ao voltar, veio em companhia da esposa e filha, banhadas em lágrimas.

– Vão para lá – disse Félix à mulher e à filha – que eu irei avisar os demais em companhia de meu irmão.

Quando em caminho, Zainer comentou:

– Bem, eu creio na imortalidade da alma...

Félix argumentou, convicto:

– A alma é imortal, evolutiva, responsável, comunicável, e habita os mundos, além de ser reencarnável. Aliás, Zainer, a reencarnação é a válvula redentora e evolutiva do espírito. Portanto, se você sabe apenas, ou pressente, que a alma seja imortal, está em grande porcentagem de falha. Tem um ponto a favor e cinco contra. É por isso que sempre fez objeções a tais problemas.

– Acho que ninguém é obrigado a aceitar aquilo que lhe não cabe no poder conceptivo presente. Por isso é que sempre fui do contra.

– Nós todos temos muito jeito para defender nossas próprias convicções, ou pelo menos a versão que mais nos convém. No fundo, Zainer, o que se passa é coisa muito diferente; é que julgamos ter muito mais para ensinar a Deus, do que poderá ter Deus para nos ensinar. Quanto mais se sabe, tanto mais se honra o Senhor e tanto mais se cultivam na vida as leis que nos trazem vantagens; e quanto mais se ignora, tanto mais se acredita que Deus tenha necessidade de nossos conselhos e advertências. Isso é comum, é regra geral, não se passa apenas com você. Eu tenho a minha história para contar... Também fui como você ainda o é.

– Quem te fez mudar? – perguntou-lhe Zainer.

– Você sabe – disse-lhe o irmão – que nossos pais foram imigrantes holandeses, gente de boas tradições e acostumada às melhores leituras. Nós, porém, com o tempo fomos perdendo a tradição e o gosto pelos melhores informes, dada a luta árdua com o meio rude onde viemos parar. Tudo em nós se foi brutalizando, tudo em nós se cristalizou na rudeza dos modos e do tratamento. Um dia, porém, depois de mortos nossos pais, recebi em casa a visita de velho amigo deles, homem que tornara à Holanda, sendo na volta portador de alguns livros muito interessantes. Os livros vinham de nossos bisavós e com destino a nossos pais; como estavam mortos, recebi os livros e procurei lê-los, encontrando informes vários sobre o mundo espiritual e alguns modos de tentar com ele a comunhão. Achando interessantes algumas experiências, dei-me a experimentar, até que obtive resultados. Primeiro, comecei a ouvir pancadas, depois fui observando sombras, até que um dia passei a ver distintamente alguns espíritos.

– Nossos parentes?

– Apenas nossa mãe, sendo os outros desconhecidos. Um deles fora o antigo dono da casa, quando comprei a sitiola ao lado e para lá mudamos. Com este me vi em apuros, porque ele berrava que a casa lhe pertencia, impondo que dali saíssemos. E como isto não podia ser, andou fazendo tropelias, até que nossa mãe o encaminhou, em companhia de um grupo de amigos. Para resumir, Zainer, afirmo que temos colhido grandes benefícios, não materiais e sim espirituais, com as práticas espíritas.

Por aquelas alturas da conversa, chegavam ao sítio do irmão, estacando a troca de idéias. Pouco depois, saíram todos, rumando ao domicílio de Zainer, a fim de providenciar o enterramento de Rosália. Minha função, como parente desencarnado, e designado pelos superiores para ficar junto de Zainer, era auxiliar na medida do possível, deixando correr os acontecimentos. Ali havia, entre Zainer e Rosália, fatos antigos a prendê-los, velhos assuntos a serem tratados. Ela nascera em Portugal, ele no sertão de um Estado brasileiro, ficando o destino, por eles traçado, encarregado de uni-los e fazê-los dar andamento no caso a ser solucionado.


Ensina o Evangelho que aquele que com ferro fere, com ferro será ferido; e a lei de reencarnação nada mais faz do que ofertar meios e recursos. Isto, bem sabemos, independente do modo de pensar das criaturas. Porque aquilo que é por Deus, não fica sujeito ao infeliz cogitar do homem; é e tem execução.

Extraído do Livro: NOS DOMÍNIOS MARAVILHOSOS DA PSICOMETRIA ebook adobe




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PRINCÍPIO OU DEUS – Essência Divina Onipresente, Onisciente e Onipotente, que tudo origina, sustenta e destina, e cujo destino é a Reintegração Total. O Espírito e a Matéria, os Mundos e as Humanidades, e as Leis Relativas, retornarão à Unidade Essencial, ou Espírito e Verdade. Se deixasse de Emanar, Manifestar ou Criar, nada haveria sem ser Ele, Princípio Onipresente. Como o Princípio é Integral, não crescendo nem diminuindo, tudo gira em torno de ser Manifestador e Manifestação, tudo Manifestando e tudo Reintegrando. Eis o Divino Monismo.

ESPÍRITO FILHO – As centelhas emanadas, não criadas, contêm TODAS AS VIRTUDES DIVINAS EM POTENCIAL, devendo desabrochá-las no seio dos Mundos, das encarnações e desencarnações, até retornarem ao Seio Divino, como Unas ou Espírito e Verdade. Ninguém será eternamente filho de Deus, tudo voltará a ser Deus em Deus. Esta sabedoria foi ensinada por Hermes, Crisna e Pitágoras. Jesus viveu o Personagem Inconfundível de VERBO EXEMPLAR, de tudo que deriva do UM ESSENCIAL e a Ele retorna como UNO TOTAL. O Túmulo Vazio é mais do que a Manjedoura. (Entendam bem).

CARRO DA ALMA OU PERISPÍRITO – Ele se forma para o espírito filho ter meios de agir no Cosmos, ou Matéria. Com a autodivinização do espírito, ao atingir a União Divina, ou Reintegração, finda a tarefa do perispírito. Lentíssima é a autodivinização, isto é, o desabrochamento das Latentes Virtudes Divinas. Tudo vai aumentando em Luz e Glória, até vir a ser Divindade Total, União Total, isto é, perdendo em RELATIVIDADE, para ganhar em DIVINDADE.

MATÉRIA OU COSMO – A Matéria é Essência Divina, Luz Divina, Energia, Éter, Substância, Gás, Vapor, Líquido, Sólido. Em qualquer nível de apresentação é ferramenta do espírito filho de Deus. (É muito infeliz quem não procura entender isso).

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