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“Eu e o Pai somos uma mesma coisa” - João, cap. 10.
Em outros livros nossos esta questão foi muito bem exposta; entretanto, é bom lembrar, não é individualmente a identidade, mas sim vibratória, mas sim por efeito representativo e por delegação. O espírito evolui, cristifica-se, penetra o sentido de Divina Ubiqüidade de Deus ou Pai e passa a ser o Seu Verbo ou Representante, na direção de mundos e de humanidades.
Tantas quantas vezes Jesus afirma ser igual ao Pai, afirma ser distinto e estar agindo por delegação. Não há aqui contradição de Jesus, nem em parte alguma, porém daqueles que não conhecem estas realidades e por isso dão falsas interpretações às Suas palavras.
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“Vós sois deuses” - João, cap. 10.
Isto já era conhecido de dezenas de milhares de anos; já formava na Sabedoria Antiga, na Ciência dos Mistérios. Todos somos partículas divinas manifestadas, sujeitas a processo evolutivo e destinadas a uma sagrada finalidade. Jesus é o Divino Modelo apresentado pelo Pai, para que cada um saiba, por evolução, a que grau deve atingir. Não adiantam as patacoadas religiosistas dizerem o que dizem; Deus não interroga a ninguém pelos Seus feitos!
E, como bem disse Jesus muitas vezes, a sabedoria de Deus será respeitada ou justificada pelas gerações futuras, pelo homem mais evoluído das eras porvindouras.
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“O Pai está em mim e eu no Pai” - João, cap. 10.
O Pai está em tudo e em todos, porque é a Divina Essência do Universo, é Onisciente, Onipresente e Onipotente. Nada é fora de Deus, porque Deus é o Único Emanador e Senhor de tudo. Deus é Essência Infinita, não é pessoal ou formal, por isso mesmo que é o Alicerce Sagrado de tudo!
Estando o Pai Divino em Jesus, que foi apresentado como Divino Modelo, quer dizer que está em tudo e em todos. Se o Modelo deixa de ser respeitado como Modelo, com que devemos fazer a Modelação?
Todavia, para isto ser conhecido, necessário se faz que as criaturas abandonem os religiosismos ignorantes e mentirosos, que enceguecem as almas.