“Parede branqueada” - Atos, cap. 23.
Aquilo que Jesus tanto repetira sobre os sacerdotes, escribas e fariseus, que eram como os túmulos, caiados por fora e fedorentos por dentro, isso mesmo o repetiu Paulo ao príncipe dos sacerdotes, em face do Sinédrio. E credes que os sacerdotes, escribas e fariseus, de qualquer tempo, tenham sido diferentes?
Observação necessária - Não confundir jamais os chamados iniciados de outros tempos, das Escolas Esotéricas, com os clericalistas de qualquer tempo e local. Conhecimentos e cultos iniciáticos são uma coisa, e quitandismo clerical é coisa muito diferente.
Basta um tiquinho de conhecimentos iniciáticos, para que se saiba com facilidade discernir entre um verdadeiro iniciado e um simples túmulo caiado por fora e pútrido por dentro. Os verdadeiros iniciados são simples, valem pelo SABER e pela VIRTUDE, enquanto os túmulos caiados se vestem fingidamente, e sabem engabelar através de gestos simiescos e mil e umas formalidades.
Todavia, em virtude da falta de conhecimento de causa das gentes, os túmulos branqueados fazem o que bem entendem, passam por ministros de Deus, enquanto os homens que trabalham, que administram, que sustentam suas famílias, que se esfalfam nos rudes afazeres cotidianos, nada mais fazem do que ser fantoches em suas mãos! A honestidade; a vida ganha com suor; o trabalho edificante; a paternidade; a maternidade; os rudes serviços administrativos; tudo passa por função mundana, enquanto os hipócritas, os assassinos de Profetas e de Cristos, os traidores dos Dez Mandamentos, os idólatras e formalistas em geral, continuam passando por ministros de Deus!
- 327 -
“E na seguinte noite, aparecendo-lhes o Senhor, disse-lhe” - Atos, cap. 23.
Procurem conhecer o que disse Jesus a Paulo, lembrando o profetismo ou mediunismo de todos os tempos e escolas iniciáticas; porque a Revelação, que era de portas fechadas ou Esotérica, tornou-se livre através do sacrifício de Jesus.
Como o Espiritismo é o trabalho de Elias, que veio repor o Pentecoste no seu devido lugar, importa que os espíritas, os que estudam e podem dizer que o conhecem, procurem saber o máximo sobre as antigas Escolas Iniciáticas. Porque assim como veio Jesus, para, abrindo as portas dos Cenáculos Iniciáticos, favorecer a toda a carne a oportunidade do Conhecimento da Verdade que livra, assim mesmo cumpre ao Espiritismo fazê-lo. Porque o Espiritismo é a profetizada volta de Jesus, que vindo sobre as nuvens de espíritos mensageiros, ou legiões de anjos, de novo trabalha pela generalização do profetismo.
Porque do profetismo é que vem o Conhecimento da Verdade, para que todo aquele que a conhecer seja, no mundo, entre as gentes, um discípulo exemplar de Jesus Cristo. Se alguém há que seja contra esta afirmativa, pode estar certo de que duras contas terá, para ajustar em face da Justiça Divina.
Os dons espirituais, mediúnicos ou proféticos, são virtudes de Deus que se manifestam em Seus filhos; eles têm o condão de fundir os dois planos da vida, para que as verdades de Deus se tornem conhecidas. Que os fanáticos religiosistas, abandonem de vez a seus fanatismos, procurando conhecer a Soberana Vontade de Deus, porque o tempo presente reclama outras atenções para a Verdade.
O sentido da Evolução é a integração nas verdades cósmicas. Importa ir conhecendo aquelas verdades que Jesus, naqueles dias, não poderia ensinar de modo algum. A comunicabilidade dos anjos, espíritos ou almas, é uma consolação para os homens em geral, assim como o foi para Jesus; é também fonte de advertências, ilustrações e outras muitas graças.
- 328 -
“Este homem é pestífero” - Atos, cap. 24.
Paulo era fariseu, perseguidor da gente do Caminho, ou do profetismo generalizado por Jesus Cristo? Sim, para o clericalismo judeu era um homem justo, um bom judeu, porque era um traidor da Lei e dos Profetas!
Depois do encontro de Paulo com Jesus, na Estrada de Damasco; depois de se tornar cheio do Espírito Santo, ou de faculdades mediúnicas ou proféticas, continuou a ser, para o clericalismo judeu, um bom homem, um bom judeu? Não, pois o clericalismo levita sempre foi o esfolador de Profetas, tendo, inclusive, assassinado o Cristo!
O Espiritismo, sendo a expressão dos profetismos de todos os tempos, do revelacionismo que deve ser estendido aos extremos da Terra, para conscientizar os homens das verdades de Deus, poderá ser bem aceito pelos clericalismos?
- 329 -
“Para o assassinarem no caminho” - Atos, cap. 25.
Quando houve o encontro do espírito de Jesus com Paulo, na Estrada de Damasco, disse-lhe Jesus que duro lhe seria recalcitrar contra o aguilhão.
Ananias, cheio de boa-vontade, mas ignorando certos fatores, recomendou a Paulo a lavagem dos pecados pelo batismo de água.
E, observem bem, consoante as palavras de Jesus, Paulo foi lavando pecados através de trabalhos proféticos, de se fazer armazém de pancadas, de estar a todos os momentos entre a vida e a morte, e, por fim, sendo degolado nos dias de Nero.
Atos exteriores não limpam o interior de ninguém!
Quem com ferro fere, com ferro será ferido!
Todos os delitos serão pagos até o último ceitil!
A cada um será dado, por Deus, segundo as suas obras!
Os Cristos Planetários são servos da Lei e não senhores da Lei!
Se alguém fosse senhor da Lei, seria também senhor de Deus!
Deus é ÚNICO, enquanto os Cristos são infindos em números, porque todos os filhos de Deus virão a atingir esse grau evolutivo. Todos virão a ser unos com o Pai, segundo a Divina Modelagem do Cristo Externo!
Quem não quiser entender agora, fá-lo-á no curso das vidas!
- 330 -
“Que excedia o resplendor do sol” - Atos, cap. 26.
Nós sabemos muito bem quem é Jesus, ou como são os espíritos cristificados, cujo brilho é espiritual, excedendo de muito o brilho dos sóis materiais. O testemunho de Paulo foi simplesmente justo. A BÍBLIA DOS ESPÍRITAS e este livro, que se chamará O NOVO TESTAMENTO DOS ESPÍRITAS, foram feitos segundo a Sua supervisão, tendo a Sua presença constante. Jesus continua trabalhando pela generalização do profetismo, para que os Seus tutelados conheçam as verdades do Pai e tenham consolações contínuas. Como faríamos o trabalho de restaurar, consolidar e estender sobre a Terra a Excelsa Doutrina Consoladora, sem o amparo do Cristo Planetário? Se estivemos com Ele nos longínquos dias das Antigas Iniciações; se estivemos com Ele na semeadura da Palestina, como Ele não estaria conosco agora, quando faz seiscentos anos que trabalhamos pela reposição das coisas no lugar, encarnando vezes contínuas, para levar a obra a termo?
- 331 -
“Eu não estou louco” - Atos, cap. 26.
Dizendo isso depois de estar cheio do Espírito de Dons e Sinais, ou de ser médium ou profeta, ninguém lhe daria crédito. Pelo contrário, aí é que o teriam como louco!
Mas quando era fariseu, perseguidor e assassino, então sim o tinham em conta de um bom homem e de um judeu de qualidade.
Em um mundo espiritualmente analfabeto, que começa agora a sair dos fetichismos clericalistas, pagãos e mercenários, como não há de ser chamado louco o homem, ou a pessoa cujas faculdades possibilitem o contato com o mundo espiritual?
- 332 -
“Porque esta noite me apareceu o anjo de Deus” - Atos, cap. 27.
Os antigos Profetas eram guiados por anjos, espíritos ou almas, que se comunicavam para os guiar e ao povo.
Gabriel comunicou-se, como anjo, espírito ou alma que era, para anunciar o nascimento de João Batista e de Jesus.
Jesus tinha os anjos, espíritos ou almas, subindo e descendo sobre a Sua cabeça, e muitas vezes falou a impulso deles.
Jesus foi ao Tabor, com três Apóstolos que tinham faculdades de desdobramento, vidência e psicometria, para falar com os anjos, espíritos ou almas, que eram Elias e Moisés.
Jesus, depois da crucificação, continuou a Se comunicar com os Seus discípulos.
Observação necessária - Cristão é quem procura imitar o Cristo, não é quem faz simulacros, não é quem se veste fingidamente, não é quem faz longos discursos histéricos em Seu nome.
- 333 -
“Como fizesse oração, e lhe impusesse as mãos, sarou-o” - Atos, cap. 28.
A imposição de mãos, para sarar enfermidades, era usada desde os mais remotos dias, da parte dos iniciados. Cada dedo fornece uma radiação específica, em coloração e intensidade diferentes. Jesus e os Apóstolos muito usaram a imposição de mãos. Tudo depende do grau de virtude daquele que impõe as mãos para resultar o melhor possível. Entretanto, é coisa muito simples e normal.
- 334 -
“O que nós sabemos desta seita” - Atos, cap. 28.
A seita, como diziam, era a dos NAZIREUS, e não dos NAZARENOS, como fizeram questão de adulterar os adulteradores de textos. Seita dos Nazireus era o profetismo hebreu, que começou com o Patriarca Henoch, trazendo do Extremo Oriente o Vedismo Iniciático, radicando-o em forma esotérica nas terras do Médio Oriente, muito antes do dilúvio parcial. Samuel foi, após, o seu reorganizador.
O levitismo, ou clericalismo hebreu, sempre os perseguiu, sempre os esfolou. E não ficou na crucificação do Cristo, pois foi continuando, até que no século de Constantino, maliciosamente concertou a perseguição do profetismo ou revelacionismo, ajudando a fabricar o clero romano, misto de paganismo jupiteriano e do clericalismo levita, usando apenas os nomes de Deus, da Verdade, do Cristo e dos vultos do Caminho do Senhor, para melhor levar a corrupção a termo.
Os primeiros sacerdotes do clero romano, fundado por Constantino, foram escolhidos dentre os judeus radicados em Roma e os sacerdotes jupiterianos. Tudo, entretanto, visando acabar com o batismo de Revelação, generalizado pelo sacrifício de Jesus Cristo. Os fenômenos mediúnicos ou proféticos foram julgados Coisa de Belzebu, como o são até hoje, sendo que disso os padres romanos sabem muito bem. Em nome de Roma, portanto, são traidores de Jesus Cristo. E pretendem justificar, praticando idolatrias e simulações em nome de Jesus Cristo!...
- 335 -
“E uns criam ao que ele dizia, outros porém não criam” - Atos, cap. 28.
Em Roma ou em qualquer parte; naqueles dias ou quando quer que seja; porque aqueles que não SABEM, e por isso precisam de ACREDITAR, sempre andarão mal de tudo. O que importa é CONHECER! Mas isso é para quem pode se libertar do jugo clericalista e idólatra, que tudo faz para manter a ignorância, porque dela é que tiram proveito, para dominar como bem entendem. E como fazem tudo em nome de Deus, da Verdade, do Cristo e dos vultos do Caminho do Senhor, engabelam como entendem e ainda há quem os agradeça por isso!...
Em todos os tempos foi a mesma coisa, porque ficar com a ignorância velha dá menos trabalho do que procurar a Verdade Nova. O mundo atual está empanturrado de odres e de panos velhos, que não suportam vinho nem remendo novos, por simples comodismo ou preguiça...
Por isso mesmo é grande o número dos que saem da carne gritando “Senhor! Senhor!”, enquanto as trevas exteriores os engolfam. E lá ficarão, até pagar por todos os ceitis, porque ninguém jamais passará por cima da Lei.
- 336 -
“Bem falou pois o Espírito Santo, pelo profeta Isaías” - Atos, cap. 28.
Muita gente pergunta como falavam os santos espíritos ou anjos, pelos profetas antigos, se foi Jesus Cristo quem veio batizar em Revelação, nos santos espíritos ou de verdade.
É que as Escolas Iniciáticas eram de portas fechadas, tendo Jesus pago com a vida o direito de torná-las de portas abertas. O Pentecoste, que no Espiritismo encontra a sua restauração, comprova isso.
O essenismo terminou com o triunfo de Jesus; foi quando fecharam as portas dos dois maiores Cenáculos, para se incorporarem ao Caminho do Senhor. Se Roma não tivesse atraiçoado a Excelsa Doutrina do Caminho, edificada sobre a Revelação Generalizada, o Cristianismo seria apenas o essenismo de portas abertas, tendo a referendá-lo gloriosamente os atos de Jesus Cristo, atos proféticos ou mediúnicos de sublimado teor.
De resto, a Revelação, o Ministério do Consolador, é fenômeno comum na Ordem Cósmica. Na Terra, mundo infantil, onde a ignorância, o erro e o ridículo tomam o lugar do Conhecimento, da Realidade e do Bom Senso, tudo isso ainda é, para os que se dizem religiosos e cristãos, coisas de Belzebu e dignas de perseguição e de morte!
Quando os religiosismos paganizados, portanto clericais e idólatras, fabricantes de simulações e vendedores de formalismos, falam no Espírito Santo, é como terça parte de Deus, alguma coisa cheirando a manobrismo e chicana, porque sumiu como Instituto Revelador e ficou sendo fábrica de maquinações idólatras, instrumento de inquisições, protetor de tudo quanto foi e é imoralidade que verte das calamitosas paragens do paganismo clericalizado.
- 337 -
“Seja-vos pois notório, que aos gentios é enviada esta salvação de Deus, e eles a ouvirão” - Atos, cap. 28.
Sim, pois o Povo de Israel foi preparado, por muitos séculos, trinta e seis desde Abrão, para receber o Cristo. E foi dito que o Cristo viria, trazendo a Graça da Revelação, o derrame de Espírito sobre a carne toda. Sucede, porém, que o Cristo veio e não foi reconhecido, tendo sido crucificado, além de perseguidos de morte os Seus discípulos.
Como Paulo disse, conforme as previsões proféticas, o movimento iria no rumo dos gentios; e todos sabem que assim aconteceu. Infelizmente, os gentios fizeram a mesma coisa que os judeus ingratos, atraiçoando a Excelsa Doutrina do Caminho, edificada sobre a Revelação Generalizada. Porque vivendo a Doutrina do Caminho até Constantino, foi dali em diante truncada, chamados os fenômenos mediúnicos ou proféticos de diabólicos, e tudo posto, dali em diante, em termos de paganismo clericalizado, idolatria comercializada, em nome do mesmo Cristo!
Nestes últimos seiscentos anos, depois da ordem de Jesus, de serem restauradas as verdades sobre a Excelsa Doutrina do Caminho, até esta data, meados do século vinte, tudo tem sido feito, para assim ser cumprido. Vieram os primeiros trabalhadores, preparando os alicerces. Voltou Huss, ou Elias, na personalidade de Kardec, arrastando após de si a grande eclosão mediúnica do século dezenove. E da França o movimento maior tomou rumo do Brasil, para aqui ser feita a parte concernente à Consolidação do movimento restaurador. O restante, Estender a Excelsa Doutrina pela Terra, parte da ordem de Jesus, será obra de mais tempo e de muita gente mais.
A documentação histórico-doutrinária é completa; porque desde as Iniciações Antigas, desde os remotos Budas e Vedas, tudo temos apresentado, fazendo ver que o mediunismo ou profetismo, a Revelação, embora de portas fechadas, embora para alguns poucos escolhidos, e dentre eles os selecionados, sempre foi a Palavra de Deus, o Aviso do Céu, a guiar as gentes, a conduzir os povos.
Temos repetido que Jesus veio para generalizar a Revelação, tendo as raízes fincadas nos Grandes Iniciados da antigüidade. E se é certo que extraiu Seus temas doutrinários dos Dez Mandamentos, tendo também tirado muito dos Salmos e dos Provérbios, provado é, pelos Seus discursos, que estava perfeitamente radicado nos Profetas todos, na linhagem da Revelação, no contato com os anjos, espíritos ou almas, que se comunicavam para advertir, ilustrar e consolar.
Como prova das misérias humanas, foi o Derramador do Espírito sobre a carne mal compreendido e até mesmo algozmente atacado, chegando a ser crucificado. É que a humanidade terrícola, o meio-ambiente, o campo de semeadura, sempre esteve referto de joio, de erva daninha, de traições de variada ordem.
Com os discípulos de João, que a Jesus se agregaram com a sua morte, Jesus passou a ter quase duas centenas de discípulos; e dentre todos foi que escolheu doze, com a intenção de reunir as Doze Tribos, para, em havendo logo mais a eclosão mediúnica do Pentecoste, através de Israel, ir estendendo a Excelsa Doutrina pelo mundo todo. Entretanto, lá surgiram as negações de Pedro, lá veio a leviandade de Judas, muito explorada pelo Sinédrio, tendo vindo também as desconfianças dos outros, inclusive a incredulidade de Tomé.
Mas o Cristo Planetário ressurgiu dos mortos, reapareceu em espírito e foi levando tudo de vencida. E com o derrame de Revelação sobre a carne, o cumprimento da promessa do Pai, transformou os caracteres, equipou a turma de servidores encarnados, oferecendo-lhe a força das legiões espirituais, força que aumentava dia a dia, porque onde quer que fossem os servidores anunciando o Cristo, também se ia alastrando o mediunismo generalizado, o profetismo trazido por Ele para toda a carne.
Foram heróis verdadeiros os primeiros servidores de Jesus! Não todos, é claro; mas alguns deles deram mais do que aquilo que deles era esperado. Não tinham a vida para poupar, porque em definitivo já a tinham oferecido a Jesus, e através de Jesus à Verdade, para bem servir os santos desígnios de Deus!
Israel, perseguindo e crucificando a Jesus, fez o movimento rumar para o campo dos povos menos preparados em matéria de profetismo ou mediunismo. O imperialismo despótico e sanguinário de Roma, endossado pela frieza tenebrosa do clero levita e pela capciosidade dos fariseus, fez a Excelsa Doutrina do Caminho encontrar o seu colapso em trezentos e vinte e cinco, e dali em diante.
O batismo de Revelação ou mediunismo, que custara a Jesus o preço da cruz, foi qualificado de coisa de Belzebu! E uma vez banido o profetismo, de modo assim truculento, tudo teria que ir chafurdando no materialismo e na brutalidade!
E assim foi acontecendo, até que no século quatorze, nas proximidades da crosta, Jesus reuniu os Seus Imediatos, dizendo ser hora de serem iniciados os trabalhos restauradores. Foi então que vieram à carne Wicliff, Huss, Savonarola, Joana D'Arc, Lutero, Giordano Bruno e as companhias deles todos, preparando terreno para um Novo Pentecoste. De fato, quando o campo estava algum tanto preparado, voltam Elias e alguns companheiros, arrastando a grande eclosão mediúnica dos meados do século dezenove para, com essa contribuição de Jesus, serem feitos os livros que garantissem ao Movimento Restaurador, à Reposição das Coisas no Lugar, o caráter de Doutrina Organizada.
A Codificação não ficou completa, nem poderia ficar. Nas bases, porém, o seu poder de concentração doutrinária é reflexo do Consolador Eterno, do Profetismo Imortal! Porque as verdades de Deus não dependem de livros, velhos ou novos, nem tampouco de feituras humanas!
Embora tenha pontos em que deveria ser algum tanto modificada, porque outras coisas já podem ser ditas e de modo mais avançado sem causar perigos de novas sangueiras, é, entretanto, conveniente que isso se não faça, deixando-a como está. Outros livros serão feitos, que virão complementar a obra, sendo que estes, a seu tempo, também se transformarão em obsoletos.
A Mensageiria Divina, o Ministério do Espírito Santo ou Consolador, nunca passará; se alguém de novo corromper, outros e outros servidores de Jesus virão, para de novo repor as coisas no lugar. Também não passarão as verdades fundamentais, aquelas que estão na introdução desta obra, porque em Deus elas são Eternas, Perfeitas e Imutáveis!
Ao Espiritismo, Profetismo ou Ministério do Espírito Santo, que em Jesus alcançou as extensões da generalidade (porque Ele abriu as portas dos Cenáculos Iniciáticos), podem pretender seus algozes o que bem queiram pretender, mas a verdade é que nada conseguirão. O fenômeno poderia trocar mil nomes, que na essência jamais deixaria de ser o mesmo! Aquilo que em Deus tem fundamento, é muralha que ninguém derrubará! Portanto, a volta do Profetismo, com o nome de Espiritismo, ficará na Terra de uma vez por todas, e irá conscientizando os homens.
Espíritos de mentira e de traição, por muitos motivos levantar-se-ão, encarnados e desencarnados; porque a ignorância, a inveja, a vaidade ferida, o orgulho e outros defeitos, assim os movimentarão. Mas a muralha da VERDADE, que é em virtude de Deus e não dos homens, continuará firme, inamovível!
O Senhor nos disse, outra vez - “Ainda uma vez mais, a pedra desprezada será colocada como a principal do edifício.”
Depois de transcrever o último texto do Livro dos Atos dos Apóstolos, lembramos tudo quanto até ali foi feito, pelos servidores de Jesus, que heroicamente foram deixando as sementeiras, de permeio com o sangue e com a vida; e como a reposição das coisas no lugar é que nos aciona o ânimo, com muita satisfação podemos dizer, que eles mesmos, aqueles denodados servidores, é que fazem o grande serviço restaurador, movimentando as forças do mundo espiritual.
A seara continua precisando de trabalhadores; infelizmente, ainda é como então o era, nada mais, porque o cão voltou ao vômito e a porca lavada de novo se revolveu no lodaçal... Cumpre entender a função do Profetismo, que é advertir, ilustrar e consolar, e tratar de fazê-lo estender pela Terra.
Vamos ainda aos testemunhos do Consolador, pois que, em matéria doutrinária, apenas a Lei de Deus basta para explicar a alma do Evangelho. Porque, se a Lei de Deus ficou aguardando a prática da parte de alguém, que devia, por isso mesmo, ficar sendo o Modelo ou Paradigma, esse alguém foi e é Jesus Cristo. Tudo quanto temos feito, nada mais é que repor as coisas no lugar, e assim fazendo, ensejar ao Espírito da Verdade, símbolo da Mensageiria Divina, ir dando aquelas instruções que Jesus, naqueles dias, de modo algum poderia ter dado. Leiam bem o capítulo dezesseis, de João, sobre o Consolador, o que nele vai escrito, porque tudo é questão de repô-lo no devido lugar, para que funcione e esclareça os homens.
Extraído do Livro: