sexta-feira, 27 de julho de 2012

O Céu Maravilhoso - Capítulo XV


Capítulo XV 

     Estávamos, dias depois daquela gloriosa manifestação do Céu, conversando e tecendo considerações em torno de vários assuntos. Primeiro foram comentados os lugares de treva densa e terríveis sofrimentos, depois as zonas menos densas e de menos sofrimentos, depois as faixas ensombradas ou já de primeiros socorros. E como de costume, o final é reconhecer a Sabedoria Divina, que tudo dispõe e faz funcionar, para que cada um vá recebendo segundo os seus merecimentos.

     Depois vieram as conversas sofríveis, porque cada um começou a fazer comparações entre as mentiras ensinadas pelas religiões e as Verdades que todos vêm a encontrar por aqui. E os dois antigos protestantes (porque aquele reverendo já estava formando na comitiva de aprendizes da Verdade sem rótulos e acima de manobrismos comercialistas terrenos) lastimavam o tempo perdido, e o tempo que milhares de outros perdiam, no mundo, ouvindo ignorâncias, erros e absurdos, como se fossem palavras de Deus e decretos eternos. Realmente, a mania de inventarem rituais e escapulários, absolvições e perdão de culpas, sacramentismos e outras tantas formalidades, e impô-las como se fossem essas artimanhas as que libertam o espírito, e através de uma única vida, é uma falsidade muito grande, vale por traição escabrosa praticada contra legiões de filhos de Deus. E o protestantismo, com as suas manias de pretender lavar os pecados no sangue de Jesus, e com isso adquirir o direito de blasfemar contra as Leis Divinas, o que representa, a não ser uma arapuca desalentadora, obrigando a viver e a desencarnar ignorante?

     Porque uns e outros, errados de variantes modos, comparecem diante da vida espiritual, e no seu seio, mal informados e mal colocados, cheios de falsas esperanças e de terríveis desilusões, quando poderiam compreender a realidade, a Origem Divina, o Processo Evolutivo lento e seguro, e a Sagrada Finalidade a ser aos poucos atingida, com o espírito gozando as vantagens palmo a palmo conseguidas, pois muito antes de atingir a Unidade Crística, gloriosas alegrias celestiais se lhe fazem merecidas.


Extraído do Livro: O Céu Maravilhoso


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