terça-feira, 30 de junho de 2015

O CÉU MARAVILHOSO Capítulo V

O CÉU MARAVILHOSO
Capítulo V

O pavilhão é de material bonito e variado, mas como é normal, não excede ao normal da região. Há um grau ótimo, um padrão regional, ou aquilo que marca o merecimento dos cidadãos do local. Se fosse mais para baixo, seria mais denso ou opaco, e se fosse mais para cima, seria menos opaco e menos denso. E com isto se recorda o axioma: “a matéria astral é, em cada plano, concernente ao grau de psiquização de seus habitantes comuns”.
O Salão dos Mapas é triangular, é majestoso, é de material escolhido, mas não foge à regra-padrão; e os mapas, desenhos ou diagramas, são em cores e com extensas explicações escritas, para que os seus visitantes leiam por si mesmos, ou peçam esclarecimentos aos trabalhadores do local. Reina silêncio, e um sentido de reverência surte de tudo e de todos, invade a todos, mas não se sabe, ao certo, se vem de fora ou brota do imo de tudo e de todos. Goza-se, ali, um bem-estar que é celestial, pelo menos até certo ponto, o concebível à região e aos seus habitantes.
O mapa central é o máximo em síntese, pois figura o Divino Centro Gerador, ou Deus, como Essência Divina e Total em todos os sentidos. É um Foco Central e sai Dele tudo, a matéria começando como Luz Divina e o espírito como pontinhos luminosos. As espirais sucedem-se, ganham distância, e a matéria apresenta-se, ou a Luz Divina transforma-se em energias, gases, líquidos e sólidos. É o Cosmo, é a chamada Criação material, que serve, no Infinito, de moradia e de instrumento aos espíritos em processo evolutivo. O escrito explica que Deus é sempre o mesmo, no Espaço e no tempo, mas para os espíritos a Sua Presença é mais ou menos oculta, segundo o grau de evolução dos mesmos, ou segundo a quintessenciação dos elementos que formam o ambiente local. Quanto aos espíritos, a espiral mostra-os desde o começo, como pontinhos infinitesimais de Luz, e vão crescendo em extensão e intensidade, até atingirem o Grau Crístico, apresentando um brilho que, diz a explicação, o mapa apenas faz referência, pois as imagens seriam como sóis espirituais ou divinizados.
São apenas mapas diagramáticos, mas é radical o ensino e divinizante a impressão que deixam. E os dois mais importantes, a seguir, dizem respeito ao espírito e ao planeta, isto é, à fisiologia ou constituição do tríduo centelha-perispírito-corpo físico, com a marcação saliente das coroas energéticas que fazem a ligação básica entre os mesmos. Quanto ao planeta, a casa cósmica em que a humanidade se movimenta, o mapa revela a parte sólida e as faixas ou coroas astrais, que partem do interior e se estendem para muitos quilômetros a fora.
Sobre o espírito é de todo importante compreender bem a estrutura, porque ninguém, pela ignorância, atingirá a finalidade sagrada que o aguarda. Até certo ponto, tudo vai marchando sem outras necessidades de conhecimento, mas de certo ponto em diante, faz-se mister o conhecimento de causa. E é por isso que o mapa revela distintamente a centelha, depois as coroas energéticas, depois o perispírito, depois o corpo físico, e, por fim, o homem completo, o conjunto.
Qual o objetivo disso tudo? É apenas a finalidade sagrada, que compreende o ponto máximo da unidade vibratória com o Princípio Sagrado, quando a centelha se encontrar, fora da carne, em plenitude de exposição, filtrando-se pela primeira coroa, que é Luz Divina. A isso é que se chama tragar a morte na vitória, porque significa vencer a lei das encarnações obrigatórias. É o Grau Crístico, é o ponto de União Real, é a participação na Divina Ubiqüidade, é Luz e Glória como jamais palavras poderão explicar.
Quem é que entregará o espírito a essa chegada celestial? É a realização própria em termos de Verdade, Amor e Virtude, e jamais por causa de manobrismos religiosistas quaisquer. Como a encarnação é estado de exceção, porque o corpo denso é peregrino ou passageiro, a medida está no perispírito primeiro, e, depois e finalmente, no sistema energético, nas coroas que envolvem a centelha.
Como figuração, podemos imaginar uma caixa de segredos, que é feita de muitas caixas, e que retirando umas de sobre outras, ao final revela a jóia que se encontra no imo!
É notável a programação toda, a chamada descida do espírito ou centelha, a formação normal do perispírito, com os chacras e plexos, ao atingir a espécie humana, e depois a marcha crescente, a subida, com a rarefação ou psiquização dos elementos constituintes do perispírito, até a eliminação das seis coroas exteriores apresentando-se então o espírito como um Sol Divino em pleno esplendor celestial, uma potência através da qual o Divino Centro Gerador comanda os mundos e as humanidades em processo evolutivo.
O planeta é também um concentrado de sabedoria, tudo disposto para servir, em conformidade com a necessidade de crescimento íntimo dos espíritos. A parte sólida, que é diminuta em confronto com a parte astral, pouco importa ser observada, porque a geografia é ciência comum a todos. É um mundo inferior, que hospeda uma humanidade igualmente inferior, degradada e degredada em sua maioria. As chagas físicas do mundinho correspondem perfeitamente às chagas morais dos seus habitantes. E os missionários da VERDADE, quando para ela forem e sofrerem, sabem que é assim mesmo e que devem sofrer a grosseiria do meio ambiente.
A Terra, como planeta sólido, está no centro de sete coroas, e ao inverso do espírito, que tem as mais brilhantes para dentro, o planeta tem as mais brilhantes para fora, no rumo do Céu Crístico, que seria o Oitavo Céu ou Intermundos, ou fora da influência dos planetas. E a oposição das coroas é proposital, porque o espírito que marcha para a divinização interior, esse é que marcha para as coroas astrais exteriores, para os Céus mais afastados ou mais gloriosos. E quem quiser ser inteligente, observe isto – ninguém jamais atingirá os Céus mais gloriosos de fora do planeta, sem marchar para dentro de si mesmo, divinizando a si mesmo, ou reduzindo as suas coroas. E para atingir o Grau Crístico, a condição de Verbo Divino, somente se reduzindo a uma centelha e a uma coroa, isto é, uma partícula de Deus a se filtrar pela Luz Divina, a tomar parte no Universo Anímico e no Universo Cósmico. E ninguém se iluda com pretensas especialidades de Deus, favores ou desaforos, porque disso não existe. Salvações de favor, lavagens de pecados no sangue do Cristo Modelo, absolvições de pecados através de escapulários ou compra de palhaçadas litúrgicas, tudo isso é obra de ignorância ou má-fé.

Quanto aos minerais, vegetais, reinos e espécies inferiores, os mapas diagramáticos revelam a importância dos mesmos, que é servir de campo de atividade para a evolução dos espíritos. De tal modo é a coisa, que se pode afiançar assim: se não fosse para servir de ferramenta e de meio-ambiente para os espíritos em processo evolutivo, a matéria não precisaria existir, ou não teria motivo para isso. E aqui fica uma advertência: infeliz daquele que pensa ser a matéria tudo, ou a conquista da matéria o objetivo da vida. Ela é instrumento, é ferramenta de uso, nada mais. É para ser ocupada, jamais adorada!

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