DIVINA SIMPLICIDADE – A Lei foi entregue à consciência de cada filho de Deus, e somente a Justiça Divina o julgará, em secreto, em tempo certo. O Verbo Modelo deixou o exemplo de tudo que deriva de Deus, seja Espírito ou Matéria, e a Deus um dia retornará, como Espírito e Verdade, e ninguém com Ele poderá jamais discutir, porque Seu advogado chama-se Justiça Divina. Capítulo I DO GÊNESE AO APOCALIPSE

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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

MEDIUNIDADE

       MEDIUNIDADE — Nos fundamentos é lei de relação, cumprindo funções as mais complexas em toda a Criação. Ela vai aos píncaros da função, nos domínios do Espírito, ao relacionar o filho com o Pai. Como, porém, as complexidades cármico-evolutivas envolvem as criaturas, é infinitamente difícil aquilatar um simples caso de mediunidade, de maneira absoluta. Servindo à Lei e à Justiça, ela produz o gênio e o mentecapto. No dia em que formos unos com o Pai, ela nos fará conscientes de Sua Vontade e portadores de Suas Graças. Durante a encarnação, muitos filhos desprezam a mediunidade, pensando como não devem pensar, sendo que muitos a exploram de modo simplesmente criminoso. Todavia, feliz do filho que se faz virtuoso, que procura no Amor e na Sabedoria a solução do problema celestial, pois esse filho estará se propondo à melhor utilização da lei de relações, que se manifesta como mediunidade, por alguns chamada dom espiritual, faculdades intermediárias, etc. O certo, no entretanto, é que ela transcende a tudo quanto possam os homens de presente século afirmar. Ela é muito mais do que eles julgam e tem mais o que fazer, além de vir a ser um dia, aquilo que a linguagem humana é incapaz de expressar.

Extraído do Livro: Verdades Imortais




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É sabido de todos os espíritas estudiosos, que os trabalhos restauradores começaram depois de um grande conclave no mundo espiritual, com a ordem de Jesus, de onde compareceram no plano carnal aqueles que se chamaram Wicliff, Huss, Lutero, Joana D’Arc, Kardec, etc. Tudo, portanto, em caráter progressivo, a contar dos esforços preliminares, da tremenda luta contra os grandes erros que se radicam, de caráter clérico-dogmático, impostos como se fossem Cristianismo, como se fossem coisas de Deus e do Cristo.

As terríveis perseguições, a sangueira que houve, isso é do conhecimento geral. Todavia, ficou no mundo a sementeira, para que em outros dias, outros missionários dessem continuidade ao trabalho restaurador. Se duro foi enfrentar a chicana clerical, organizada e oficializada, garantida pelos governos corruptos, nem por isso o século dezenove deixou de ter o seu grande Pentecostes, a maior eclosão mediúnica de todos os tempos.

Ao voltar ao mundo João Huss, na personalidade de Kardec, arrastou como determinismo cíclico-histórico-profético, o novo batismo de Espírito, a nova ordem apostolar, repondo no lugar aquilo que sentenciam os dois primeiros capítulos do Livro do Atos e os capítulos doze, treze e quatorze da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios. O Evangelho seria, de novo, encaminhado pela Revelação, enchendo a Terra de grandes sinais e prodígios, como nos dias apostolares.

Após o trabalho feito, pela equipe do século dezenove, outros deveriam ser feitos, pelas equipes sucessoras. E como estava previsto, o trabalho-matriz seria deslocado para as novas terras da América do Sul. Sem particularizar elementos, o primeiro expositor do conclave abordou o tema dos trabalhos consecutivos, a serem levados a termo nas paragens renovadas da antiga Atlântida.

O primeiro orador terminou o seu resumo expositivo, dizendo que os fatos iriam completar a sua palavra informativa; Jesus ordenara, e, assim, os emissários dariam execução ao programa, paulatinamente. Aquele desceu da tribuna ali armada e outro a ela subiu, fazendo cambiar as tonalidades do ambiente, a espécie de luminosidade radiante. Porque assim foi sucedendo; isto é, aquele coreto, que brilhara de certo modo, enquanto os clarins soaram no início, fora mudando de tonalidades, em luzes e cores, segundo os indivíduos que a seguir foram-no ocupando, a fim de falar à multidão que se espraiava pela verdejante e imensa camparia.

Seguindo ao primeiro, cujo matiz era verde-ouro, o segundo fez o coreto colorir-se de amarelo brilhante, com pintas de azul-claro. Este falou de modo sucinto, abordando temas básicos.

— Sabeis, disse ele, — que nas regiões próximas à crosta, os problemas da alma, em suas necessidades e obrigações, direitos e deveres, continuam submissos às injunções do plano carnal. Muitos de vós, ingressando no mundo astral, tendes feito pelo caminho da inconsciência e das trevas; alguns outros, melhor preparados, menos comprometidos vieram para os lugares da paz, porém nada melhores do que a crosta terrestre, por isso mesmo duvidando da desencarnação. E ainda outros, mais aquinhoados de merecimento, deram entrada em lugares melhores, sem, no entanto, terem conhecimento da desencarnação, e sem a menor noção de algumas leis fundamentais. De todos os modos, por falta de preparo, tendes dado muito trabalho e nem por isso tereis obtido melhores vantagens e oportunidades.

Observou a mole humana, atenta e feliz, prosseguindo:

— Dentre vós, a maioria sabe que, infelizmente, multidões de espíritos encarnam e desencarnam, centenas e milhares de vezes consecutivas, sem aproveitar pelo menos o mínimo, em virtude do descaso para com a imortalidade e sua decorrências. Temos nós, que vos dirigirmos, sob a tutela de Jesus Cristo, certeza de que a grande culpa cabe aos falsos conceitos religiosos. Reconhecemos as lições ruins, os maus cursos e o péssimo trabalho preparatório. Apesar de tudo, nem toda a culpa poderá recair nos organismos religiosos viciados, criados a fim de serem o sustento de impérios temporais e grupos de homens egoístas e inconscientes de suas tremendas responsabilidades. Muita culpa coube e está cabendo ao desleixo daqueles que se afirmam religiosos, visto como têm aceito e estão aceitando as mais errôneas concepções. Se erram aqueles que corrompem e impõem as corrupções, também erram aqueles que, por comodismo, por pusilanimidade, vão aceitando tudo quanto sabem estar fora da Doutrina do Senhor.

Repassou os olhos pela massa estendida e exclamou:

— Se ninguém come o pão envenenado, sabendo que o é, porque sabe que lhe fará mal, por que razão não faz o mesmo para com o pão do espírito, que é de muito maior importância? Por que atender ao que é material e transitório, com todas as garras da vontade, e abandonar ao que é acima de cogitações, pelo fato de ser espiritual e aparentemente ulterior ou tardio? Não é certo que o pão do espírito, que é a Doutrina da Verdade, que contém o Amor e a Ciência, merece muito mais zelo? Não foi esse, por acaso, o Exemplo vivo deixado pelo Modelo Divino, posto pelo Criador diante de todas as gentes da Terra?

Não se ouvia ruído, ninguém fazia movimento algum; e o mentor continuou, dizendo que iria tratar de assunto fundamental, porém de maneira a deixar grandes oportunidades de meditação.

— Trataremos, — afirmou, — de Verdades Básicas; porém, de modo a que possais raciocinar, meditar à vontade nas horas de folga. Exijo, mesmo, que o façais, por que isto redundará em vosso próprio benefício, quando um dia tiverdes que retornar aos penates carnais, dia que presto virá, pois é para isso que estais sendo preparados, na escola do trabalho, nos contatos com a crosta.

E passou a comentar, pouco mais ou menos assim; eu resumo aqui as minhas lembranças, tendo certeza de que, embora ficando longe das evidências vibratórias fornecidas por aquele alto emissário, nem por isso deixo de focalizar os temas de maneira a deixar patente a importância inelutável dos mesmos. Se as minhas possibilidades objetivas forem julgadas insignificantes, tratai de fazer mais e melhor, porque, em Verdade, gloriosas realidades aqui exponho, embora de modo insuficiente, dado que ainda sou de bem pequena estatura hierárquica. Eis do que ele tratou, com as luzes que eu ainda não possuo, motivo por que me desculpo das falhas que certamente encontrareis, falhas de visão e discernimento, nunca porém de essência ou veracidade:

DEUS — Deus é Divina Essência, Deus é infinitamente presente e local; Deus é Luz, é Glória, é Poder, é Lei, é Justiça, é Amor. Não existe palavra para defini-LO, Ele que é profundamente íntimo a tudo e a todos, de Quem somos emanação ou filhos. Ninguém, todavia, chegará a ser em espiritualidade, glória e poder, sem realizar, por evolução, o contato íntimo com o Pai. Sintonizar, pelo desenvolvimento interno, eis o problema total de cada centelha espiritual. Os Cristos Planetários dão exemplo do que seja o grau sintônico, e, conseqüentemente, da função de filtros ou reflexos do Pai.

DEUS COMO CONCEITO HUMANO — Podeis imaginar o que sejam os conceitos humanos, desde que o espírito comece a sua marcha na espécie hominal. Adotará tudo: o Sol, a Lua, as estrelas, as árvores, os bichos, as estátuas, os formalismos, as clerezias, os dogmas, os rituais, os sacramentos, etc. De tudo fará objeto de culto, menos porém, saberá amar a Deus em Espírito e Verdade. E, por isso mesmo, cumpre que cada um desconfie de sua maneira de adorar a Deus, pois bem pode ser que esteja apenas fazendo palhaçadas muito bem intencionadas, palhaçadas que, embora bem intencionadas, jamais elevarão as criaturas no templo interior, onde somente o AMOR e a SABEDORIA hão de pontificar um dia, no dia em que o CRISTO INTERNO tenha sido exposto.

A VERDADE — Ela é tudo, é o Criador e a Criação, com todas as leis e todas as virtudes; é o Princípio e o Fim, é a realidade total. Imaginai aqui, irmão, a Divina Profundidade de Deus e a infinita complexidade do Cosmo, se puderdes fazê-lo, tereis a Verdade ao vosso alcance conceptivo.

A VERDADE DOUTRINÁRIA — Assim se chamava a Ciência Secreta, a Doutrina Esotérica ou Ocultismo; a Verdade como Doutrina, que implicava no conhecimento das leis do Universo, assim como era possível no tempo e a cada um poder assimilar. Entrar para uma Escola Iniciática era penetrar no Templo da Verdade. Quem quiser estudar as antigas Doutrinas Secretas, os Grandes Iniciados, saberá o que se dizia ser a Verdade Doutrinária, o conhecimento de Deus, da Criação e das leis regentes do Universo em geral e dos indivíduos em particular.

A CRIAÇÃO — Sendo a Divina Essência a Fonte Geradora, o mais tudo, Espírito e Matéria, é Criação.

A MATÉRIA — Na Criação, tudo quanto não é Espírito, é Matéria, variando das energias ou substâncias ao sólido. E, das substâncias aos sólidos, a Matéria é serva do Espírito e não senhora. Deve ser bem usada, porém jamais adorada como se fosse mais do que o Espírito. Prestemos atenção, porque a idolatria é sempre lesiva, é sempre crime contra a supremacia do Espírito. Sem tornar a questão complexa, diremos que a Matéria, seja na Terra ou onde for, jamais deixa de ser subalterna. A lei regente em princípio é uma e o fenômeno de suas manifestações pode ser infinito. Ela poderá variar em substâncias e estados, combinada ou singelamente, porém será, no Cosmo, sempre a mesma serva do Espírito. As teorias complicadas, por conseguinte, nada modificam, nada resolvem. Cumpre é conhecê-la na síntese universal e usá-la bem nas exposições específicas.

O ESPÍRITO — Centelhas ou partículas da Essência Divina, que uma vez exteriorizadas pela mesma Divina Essência, passam a ser o que se chama Criação Espiritual. Contêm as Virtudes Divinas em potencial, contendo também as leis de Causa e Efeito ou de Equilíbrio Universal. Desenvolvendo, ou evoluindo, nada mais farão do que expor as Virtudes Divinas de que são naturalmente herdeiras. E por serem portadoras das leis de Causa e Efeito, em si mesmas as centelhas trazem o Grande Juiz, a Balança da Justiça, que lhes dará a recompensa de acordo com as obras. Jesus afirmou que cada qual tem o Reino do Céu dentro de si mesmo e afiançou que as falhas serão pagas até o último ceitil. Realmente, quem com ferro fere, com ferro será ferido, sem ter que discutir com quem quer que seja, porque dentro de cada um estão as Virtudes Divinas e as leis de Causa e Efeito.

O CRISTO - Os Cristos que mandam nas meta-galáxias e nos sistema planetários, ou nos planetas, são espíritos ou almas que se elevaram acima das injunções materiais e animais. Os Cristos dão exemplo de unificação, de sintonia com a Divina Essência ou Deus, vindo a ser reflexos ou filtros de Sua Vontade. Todos os espíritos devem crescer em si mesmos, desenvolver, superar a Matéria, ultrapassar os limites de tudo quanto seja restrição. Pouco importa que falem da Terra ou dos infindos mundos, pois uma é a lei e um o grande problema — superar, por evolução, a tudo quanto restrinja o Espírito.

LEI E JUSTIÇA — Entre o Pai e os filhos está a Lei de Equilíbrio, a Força que impõe a Vontade de Deus. Os nomes podem variar, mas a essência é aquela. A Justiça é a reação da Lei de Equilíbrio, é a imposição da sanção cominativa, e, por menos que pareça, vem de dentro, vem do imo. As organizações diretoras do mundo espiritual, mais não fazem do que obedecer ao imperativo do que brada e proclama no íntimo de cada espírito. Quem comete faltas se enche de marcas, de registrações, e, portanto, fica na obrigação de repará-las, através das ações, no Espaço, no Tempo e nas vidas. Não existe redentor de fora para os registros criminosos de dentro.

A LEI DE DEUS — Os Dez Mandamentos são o reflexivo intelectual da Lei de Equilíbrio ou de Causa e Efeito. Para derrogar os Dez Mandamentos seria necessário dar fim ao Equilíbrio Universal. O Divino Exemplo de Jesus, o Cristo Planetário, serve de escola. Ele não veio para derrogar a Lei e sim para testemunhá-la. E para derrogá-la, seria mais do que Deus, o que seria ridículo pretender ser. Afinal, irmãos, aos filhos o que cumpre é respeitar as leis do Pai. Quem contraria a Lei de Deus, naturalmente registra em si agravos, perante a Lei de Causa e Efeito, ficando na obrigação de algum dia reparar as falhas, ressarcir os débitos. Os conceitos humanos podem variar, mas ninguém jamais conseguirá discutir com a Lei e liquidar com a Justiça.

O AMOR E A SABEDORIA — Tais são os caminhos da unificação, da sintonia com o Pai ou Essência Divina. Os Cristos são espíritos que lavraram em si, por envolvimento íntimo, a união com a Sagrada Origem. Tornam-se, aqueles que a tais postos hierárquicos se elevaram, os reflexos ou filtros da Divindade. Sem Amor não há Paz e sem Sabedoria não há Autoridade. Ninguém pretende conquistar o Amor e a Sabedoria à custa de patacoadas clericais, idolatrias, superstições, simulações e sacramentismo, inventados por homens. Os problemas do Conhecimento e do Amor devem ser resolvidos no imo, à custa de viver a vida com o máximo de utilidade ao próximo, pois no modo de tratar ao próximo, conhece-se o respeito da criatura pelo Criador. Clerezias, formalismos e idolatrias, revelam os homens que são como túmulos, pintados de branco por fora e podres e fedorentos por dentro. Deus não quer aparências, quer filhos decentes.

LEIS CONSEQÜENTES — As Leis conseqüentes são todas aquelas que derivam das leis fundamentais. Por exemplo, para resumir, devemos lembrar as seguintes: imortalidade, evolução, responsabilidade, reencarnação, comunicação e habitação universal.

IMORTALIDADE — A imortalidade comporta todas as regalias e todos os deveres, porque encerra a ORIGEM, o PLANO EVOLUTIVO e a SAGRADA FINALIDADE.

EVOLUÇÃO — Pode-se dizer o processo de movimentação íntima que tem por finalidade desenvolver e patentear as Virtudes Divinas do filho de Deus. Por Evolução virá a ser uno, isto é, será brilhante, glorioso e poderoso; será filtro ou reflexo da Divina Autoridade.

RESPONSABILIDADE — Sem responsabilidade não haveria como ter merecimentos. As leis regentes explicam as responsabilidades. Os conceitos humanos poderão variar, mas as leis jamais serão
derrogadas, e, conseqüentemente, as criaturas nunca deixarão de ser responsáveis perante as leis do Pai. Sem deveres não haverá jamais direitos.

REENCARNAÇÃO — Esta é a verdadeira válvula evolutiva e redentora do espírito. Por isso mesmo, todos os Grandes Reveladores foram categóricos em afirmar a lei de reencarnação. Jesus, tendo vindo para batizar em Revelação, forneceu a toda a carne o instrumento de advertência, ilustração e consolo. Quem cultiva a Revelação de tudo ficará ciente.

COMUNICAÇÃO — Antes do Cristo vir, com Seu batismo de Espírito ou Revelação, as Escolas Esotéricas mantinham o lume das informações. Depois do Cristo, não há motivo para segredos, desde que se conheça, de fato, o Cristianismo. Sendo LEI, AMOR e REVELAÇÃO, contém tudo para ilustrar e consolar.

HABITAÇÃO UNIVERSAL — Os mundos são as muitas casas do Pai, segundo a expressão de Jesus. O problema cinge-se ao da Matéria, que é para servir ao Espírito. Portanto, não encerra o problema nada de especial ou de admirar. Os espíritos infantis fazem de tudo mundos e fundos, mas a realidade é simples. Da Terra são vistos ao longe outros mundos e dos outros mundos a Terra é vista; e o Infinito contém aquilo que é Criação ou Manifestação de Deus, o nosso Pai Comum. Os homens inventarão teorias, sistemas, etc. No entanto, a grande questão é ser bom, é descobrir o AMOR e a SABEDORIA no íntimo, para revelar o Poder Divino, a Glória do Pai. Os tolos olham muito para fora, criam dificuldades, inventam mil e uma hipóteses, enquanto os espertos procuram realizar o Reino de Deus no próprio imo. Estes é que vencem as leis menores, as restritivas, pelo fato de sintonizarem, no imo, com a Grande Lei de Harmonia Universal.

MEDIUNIDADE — Nos fundamentos é lei de relação, cumprindo funções as mais complexas em toda a Criação. Ela vai aos píncaros da função, nos domínios do Espírito, ao relacionar o filho com o Pai. Como, porém, as complexidades cármico-evolutivas envolvem as criaturas, é infinitamente difícil aquilatar um simples caso de mediunidade, de maneira absoluta. Servindo à Lei e à Justiça, ela produz o gênio e o mentecapto. No dia em que formos unos com o Pai, ela nos fará conscientes de Sua Vontade e portadores de Suas Graças. Durante a encarnação, muitos filhos desprezam a mediunidade, pensando como não devem pensar, sendo que muitos a exploram de modo simplesmente criminoso. Todavia, feliz do filho que se faz virtuoso, que procura no Amor e na Sabedoria a solução do problema celestial, pois esse filho estará se propondo à melhor utilização da lei de relações, que se manifesta como mediunidade, por alguns chamada dom espiritual, faculdades intermediárias, etc. O certo, no entretanto, é que ela transcende a tudo quanto possam os homens de presente século afirmar. Ela é muito mais do que eles julgam e tem mais o que fazer, além de vir a ser um dia, aquilo que a linguagem humana é incapaz de expressar.

O GRANDE PROBLEMA — O grande problema reside no seguinte — saber que cada qual tem em si mesmo o Reino do Céu, porque é filho de Deus; saber que o Reino não virá com mostras exteriores, porque no imo de cada filho estão as Virtudes Divinas a serem desabrochadas e as leis de Causa e Efeito, que obrigarão a cada um receber segundo as suas realizações íntimas. O Infinito está representado no finito, quer material, quer espiritual-mente. Os corpos valem pelos mundos e os espíritos representam as partículas de Deus; e aquele filho que procura o Pai em si mesmo, fazendo uso perfeito do seu corpo, é como aquele que sabe para que existem os mundos espalhados pelo Infinito. Sem vencer a Matéria, sem ultrapassá-la, nenhum espírito chegará a ser UNO COM O PAI. A lei da reencarnação, que relaciona com os corpos materiais, bem assim como os mundos materiais, deverão ser eliminados pela lei de superação psíquica. Eis porque, irmãos, singela é a lei evolutiva, em suas linhas gerais; tanto faz que seja na Terra como em qualquer outro mundo, desde que o espírito tenha que superar a própria inferioridade; psíquica é a luta, íntima é a obrigação, individual é o programa.











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A SAGRADA E ETERNA SÍNTESE

PRINCÍPIO OU DEUS – Essência Divina Onipresente, Onisciente e Onipotente, que tudo origina, sustenta e destina, e cujo destino é a Reintegração Total. O Espírito e a Matéria, os Mundos e as Humanidades, e as Leis Relativas, retornarão à Unidade Essencial, ou Espírito e Verdade. Se deixasse de Emanar, Manifestar ou Criar, nada haveria sem ser Ele, Princípio Onipresente. Como o Princípio é Integral, não crescendo nem diminuindo, tudo gira em torno de ser Manifestador e Manifestação, tudo Manifestando e tudo Reintegrando. Eis o Divino Monismo.

ESPÍRITO FILHO – As centelhas emanadas, não criadas, contêm TODAS AS VIRTUDES DIVINAS EM POTENCIAL, devendo desabrochá-las no seio dos Mundos, das encarnações e desencarnações, até retornarem ao Seio Divino, como Unas ou Espírito e Verdade. Ninguém será eternamente filho de Deus, tudo voltará a ser Deus em Deus. Esta sabedoria foi ensinada por Hermes, Crisna e Pitágoras. Jesus viveu o Personagem Inconfundível de VERBO EXEMPLAR, de tudo que deriva do UM ESSENCIAL e a Ele retorna como UNO TOTAL. O Túmulo Vazio é mais do que a Manjedoura. (Entendam bem).

CARRO DA ALMA OU PERISPÍRITO – Ele se forma para o espírito filho ter meios de agir no Cosmos, ou Matéria. Com a autodivinização do espírito, ao atingir a União Divina, ou Reintegração, finda a tarefa do perispírito. Lentíssima é a autodivinização, isto é, o desabrochamento das Latentes Virtudes Divinas. Tudo vai aumentando em Luz e Glória, até vir a ser Divindade Total, União Total, isto é, perdendo em RELATIVIDADE, para ganhar em DIVINDADE.

MATÉRIA OU COSMO – A Matéria é Essência Divina, Luz Divina, Energia, Éter, Substância, Gás, Vapor, Líquido, Sólido. Em qualquer nível de apresentação é ferramenta do espírito filho de Deus. (É muito infeliz quem não procura entender isso).

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