HERMES TRISMEGISTO
Hermes
foi o Grande Iniciado que mais conseguiu saber sobre a Divina
Essência Criadora, Sustentadora e Destinadora de tudo e de
todos.(Evangelho Eterno)
“Ó
alma cega! Arma-te com o facho dos Mistérios e tu descobrirás, na
noite terrena o teu Duplo Luminoso, a tua Alma Celeste. Segue esse
Guia Divino e que ele seja o teu Gênio - Porque ele contém a chave
das tuas existências passadas e futuras.” - G. I.
Hermes
fala, no Livro dos Mortos, à inteligência bruta do homem neófito,
para que reconheça em si mesmo, no seu fundamento, uma Centelha
Divina. Esta Centelha, avisa o Instrutor, é a mesma de sempre; é
aquela que, um dia, por evolução, brilhará como jamais sol algum
poderá brilhar.
Guia
Celeste, Alma Divina, Centelha Divina, tudo é a mesma coisa.
Facho
dos Mistérios é o mesmo que Excelsa Doutrina.
No
Caminho do Senhor, nome da Doutrina do Senhor até Constantino
corrompê-la, para inventar o catolicismo, a Ciência dos Mistérios
passou a se chamar Doutrina da Verdade.
Quando
Kardec foi fazer a Codificação, a Restauração Doutrinária, por
ter sido a função missionária de Jesus o Batismo de Espírito,
disseram os Espíritos Reveladores que o nome devia ser ESPIRITISMO.
Isto
fica bem saliente, para ser anti-sectário, apenas verdadeiro, acima
de religiosismos e conchavismos de homens.
O
Espiritismo é Escola de Espiritualidade, nada tendo que ver com
sectarismos quaisquer. Ensinará a amar a Deus em Espírito e
Verdade, porque isso Deus é e deseja que Seus filhos venham a ser.
Ensinará a usar tudo quanto seja mundos, formas e transições, sem
os adorar, porque tudo quanto é matéria é apenas ferramenta de
uso, nada mais. De modo geral e definitivo, a Doutrina que se
fundamenta na Moral, no Amor e na Revelação, aponta ao filho de
Deus o seu Templo Interior, onde as luzes do Amor e da Sabedoria,
somente elas, realmente poderão iluminar para a eternidade.
Hermes
também quer dizer Cristo ou Verbo Divino. Foram quatro os Hermes.
Segundo
Schuré: Na Grécia, somente os templos masculinos e dóricos
possuíam o segredo da ordem descendente das encarnações (que é
simultânea à ordem ascendente das vidas: a involução produz e
explica a evolução). Os templos jônios só a conheciam
imperfeitamente. Toda a civilização grega era jônia, ficando tais
conhecimentos obnubilados. Os seus grandes iniciados, de Orfeu a
Pitágoras, de Pitágoras a Platão, todos pertencentes a essa ordem,
reconhecem Hermes por seu mestre.
Procurar
conhecer a vida de Hermes leva à dificuldade de levantar-se dados,
já que muitos chegam a duvidar de sua existência, outros lhe dão
caráter divino. Hermes Trismegisto é o nome de Hermes ou Thot em
seu aspecto humano; Hermes, o aspecto divino, é mais que isso.
Hermes Thot, misterioso e primeiro iniciador do Egito, tem seu nome
relacionado com a primitiva miscigenação das raças branca e negra
na Etiópia e Alto Egito.
Hermes
é personagem da tradição grega, que tem em Thot o seu
correspondente egípcio e, em Roma, Mercúrio. Hermes Thot-Aah, a
Lua, tem como símbolo o lado brilhante da Lua, a que contém a
sabedoria criadora. Outro símbolo para Hermes Thot, Sabedoria, é a
serpente. Segundo Platão, foi Hermes quem descobriu os números, a
geometria, a astronomia e as letras. Para os egípcios, foi ele quem
revelou os hieróglifos.
Hermes
Trismegisto significa três vezes grande, pois o tinham como rei,
legislador e sacerdote. Sua época denomina-se “reino dos deuses”.
São cerca de 42 os livros sobre ciências ocultas que lhe atribuem a
autoria: o Caiballion, o Livro dos Mortos e a Tábua de Esmeralda são
exemplos. (Existe uma versão dentro da tentativa do conhecimento do
hermetismo que atribui a Hermes apenas a função sacerdotal e
ritualística, não sendo uma pessoa, portanto, mas um papel
desempenhado por homens).
A
referência mais antiga à Tábua de Esmeralda data do século VIII
(por Dyâbir Ibn Hayyan), mas sabe-se que Alberto Magno já a
conhecia em versão latina, mas pelo estilo é datada como sendo
anterior ao séc VII, e como o seu conteúdo está em perfeita
harmonia com a tradição alquímica (ou hermética), os próprios
alquimistas admitem que ela está realmente vinculada à origem
daquela tradição.
O
hermetismo em sentido estrito surgiu no final da época helenística,
revivescendo um legado egípcio, compondo-se de um complexo de
conhecimentos (astrologia, alquimia, magia) trazidos por Thot, sendo
que ali a natureza é sempre encarada como manifestação do
espírito.
No
esoterismo, o hermetismo volta-se à esfera cósmica, por oposição
à esfera divina (ou puramente espiritual), aonde ela conduz. Os
aspectos espirituais da natureza, cosmos e matéria são considerados
pontes que o homem deve atravessar para espiritualizar-se.
Seu
campo de atuação é duplo: de um lado, busca elevar o homem ao
conhecimento do divino por meio do conhecimento das leis naturais em
que se expressa sutilmente uma intencionalidade divina. O preceito
alquímico lege, lege,
relege et invenies
("lê, lê, relê e encontrarás") refere-se menos aos
livros do que à natureza mesma, considerada como uma criptografia
divina. Decifrar essa criptografia permite "refazer" o
homem, tanto na alma como no corpo. De outro lado, a tradição
hermética crê que, assim fazendo, não beneficia apenas o homem,
mas enobrece a natureza e a própria matéria, espiritualização do
cosmos. (a transformação do chumbo em ouro designa esse
enobrecimento da matéria e do homem).
Em
publicações sobre Hermes, temos a seu respeito: “Hermes viu a
totalidade das coisas, compreendeu-a e pôde revelá-la”; sempre
falando de sua morte como a partida de um Deus.
O
início da doutrina hermética é-nos dado pela descrição da visão
de Hermes:
“Um
dia, após haver meditado sobre a origem das coisas, Hermes
adormeceu. Um pesado torpor apoderou-se-lhe do corpo, mas à medida
que aumentava o entorpecimento, o espírito subia nos espaços.
Pareceu-lhe então que um ser imenso, sem forma definida, chamava-o
pelo seu nome. Atemorizado, pergunta-lhe: “Quem és tu?”, e ouviu
a resposta: “Osíris, a Inteligência Soberana. Posso revelar-lhe
tudo. O que desejas?”; ao que respondeu: “Contemplar a origem dos
seres, ó divino Osíris, e conhecer Deus.“
Foi,
então, mostrado em visão tudo o que pedira: luzes, trevas, caos,
rumores, o grito da luz, a eternidade. Abriu-se a visão espiritual,
o fogo sagrado da palavra criadora e desfilaram diante dele os mundos
e humanidades, a origem e o destino das centelhas divinas, e assim
Hermes deixa para seus sucessores o legado do conhecimento do céu
invisível, da luz de Osíris, do Deus oculto no universo, respirando
nos seres, animando os globos, os corpos.
Existem
várias versões para a maneira pela qual A
Tábua de Esmeralda
teria sido descoberta. Uma delas, certamente uma lenda, diz que A
Tábua de Esmeralda teria sido encontrada após o dilúvio em uma
gruta rochosa, e que seu texto estaria gravado em caracteres fenícios
em uma tábua de esmeralda; observemos que o próprio dilúvio tem
lugar no simbolismo alquímico, como um símbolo para a fase da
alquimia chamada Solutio,
em que predomina o elemento água e tudo se dissolve nela. A água
aparece também em outros sistemas como um símbolo para as emoções,
que, quando em desarmonia, "dissolvem", por assim dizer, as
estruturas psíquicas do ser; dentro deste contexto, sendo A Tábua
de Esmeralda um texto que propõe, ainda que de forma velada, um
caminho para a integração das partes em um todo, podemos ler isto
como um indicativo para reintegrar as partes que foram alagadas e
desintegradas, seja pelas águas, pelas emoções ou por qualquer
outro fator de desintegração; isto é também válido para a
própria reunificação do universo em uma coisa una;
Uma outra versão, provavelmente uma lenda também, diz
que a Tábua de Esmeralda teria sido encontrada pelos soldados de
Alexandre, o Grande, no interior da Grande Pirâmide de Gizé, e que
esta seria o túmulo de seu autor, Hermes Trismegisto. Esta mesma
lenda diz que o texto da Tábua de Esmeralda teria sido gravado pelo
próprio Hermes com uma ponta de diamante sobre uma tábua de
esmeralda, vindo, daí, o seu nome;
O Glossário Teosófico de Helena P. Blavatsky (Editora
Ground) explica que A Tábua de Esmeralda "foi encontrada por
Sarai (!), esposa de Abraão, no corpo morto de Hermes, e que assim o
dizem os cabalistas cristãos e os maçons". Destaca que, "na
Teosofia, considera-se isto uma alegoria" e indaga se "poderia
significar que Sarai-Swati, esposa de Brahma, ou deusa da ciência e
sabedoria secreta, encontrando ainda muito da sabedoria antiga
latente no corpo morto da Humanidade fez reviver tal sabedoria, o que
poderia ter levado ao renascimento das Ciências Ocultas, durante
tanto tempo esquecidas em todo o mundo".
A TÁBUA DE
ESMERALDA
"É
verdade, sem engano, certo e muito verdadeiro; o que está embaixo é
como o que está em cima e o que está em cima é como o que está
embaixo; por tais coisas se fazem os milagres de uma coisa só;”
"Assim
como todas as coisas são e procedem do Uno, pela mediação do Uno,
assim todas as coisas nasceram desta coisa única, por adaptação”;
"O
Sol é seu pai, a Lua sua mãe. O Vento trouxe-a em seu ventre. A
Terra o alimenta e é o seu receptáculo”;
"O
Pai de tudo, o Telesma universal está aqui”;
"A
sua força permanece inteira quando se converte em terra”;
"Separarás
a terra do fogo, o sutil do espesso, suavemente, com grande
habilidade”;
"Sobe
da Terra ao Céu e desce novamente à Terra e recebe a força das
coisas superiores e das coisas inferiores;
"Por
este meio obterás a glória do mundo e toda obscuridade se afastará
de ti”;
"É
a força forte de toda força, pois vencerá toda coisa sutil e
penetrará toda coisa sólida”;
"Assim
o mundo foi criado; disso sairão adaptações admiráveis cujo meio
é dado aqui”;
"Por
isso me chamam Hermes Trismegisto, porque possuo as três partes da
sabedoria do mundo inteiro”;
"O
que eu disse sobre a operação do Sol está completo."
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