DIVINA SIMPLICIDADE – A Lei foi entregue à consciência de cada filho de Deus, e somente a Justiça Divina o julgará, em secreto, em tempo certo. O Verbo Modelo deixou o exemplo de tudo que deriva de Deus, seja Espírito ou Matéria, e a Deus um dia retornará, como Espírito e Verdade, e ninguém com Ele poderá jamais discutir, porque Seu advogado chama-se Justiça Divina. Capítulo I DO GÊNESE AO APOCALIPSE

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terça-feira, 30 de junho de 2015

O CÉU MARAVILHOSO - Capítulo X

Capítulo X




Antes de encetar a marcha para dentro, ou para a crosta, pois a crosta está no meio de coroas astrais ou Céus, Celestino avisou:
Temos o tempo contado para chegar na hora dos encarnados realizarem a sessão. Esse tempo compreende uma regular observação das faixas constituintes dos umbrais, para que vão aprendendo como são as trevas exteriores. Sugiro que se liguem, mentalmente, a mim e aos demais servidores, para que possamos transitar por uma escama vibratória que nos permita observar, sem sermos obrigados a participar do meio-ambiente mal-cheiroso e trevoso, cheio de lancinantes gritos e blasfêmias, rogos de perdão e outras manifestações características desses lugares.
E a marcha para dentro começou, mas em diagonal, segundo o que teríamos que observar e no rumo do local da reunião dos encarnados. E fomos vendo, depois de atravessar as primeiras zonas de socorro, que são ensombradas, porém vigorosamente guardadas, as centenas de faixas trevosas, onde bilhões de espíritos penam as contravenções levadas a termo.
Que horror!... – exclamava alguém de quando em quando.
Ninguém jamais passará por cima da Lei!– repetia Celestino.
E, para resumir, vamos dizer que a Luz e as trevas variam em seus matizes de modo dificilmente contável por nós, para que cada um tenha, como recompensa das obras praticadas, justamente o que faça por merecer. Há de chegar o dia, na história de um espírito, em que ele, por evolução, compreenda que o Senhor, seu Pai Divino, o quer juiz em causa própria. O Deus de favores e de libertações por graças e precedentes, o Deus das idolatrias e dos rituais formalistas, o Deus que as súcias clericais exploram, a fim de poderem explorar os incautos e viver vida gorda e babujada, ou de falsa autoridade espiritual e nababescas opulências, esse Deus terá que ser permutado pelo Deus de Verdade, Amor e Virtude, que pelos termos de Verdade, Amor e Virtude, vividos pelos Seus filhos, assim os fará receber ou ter. E aquilo que foi visto, nas camadas umbrosas, pelos membros da comitiva é aquilo mesmo que poderá ser visto, nas camadas umbrosas de qualquer mundo em processo evolutivo.
Cumpre lembrar que uma Lei Fundamental rege o Infinito Emanado, tanto na parte Cósmica ou Material, como na parte Anímica ou Espiritual. E que o espírito é uma partícula de Deus em processo de expansão, de autocristificação, disso ninguém tenha dúvida. É caso de dilatação consciencional, até atingir as alturas de verdadeira Potência Espiritual, e não alguém que tenha de ser salvo, por meio de ginásticas corporais, formulismos idólatras ou de discursozinhos histéricos, com os quais as mentes medíocres e os caracteres de baixa moral vivem a sonhar. Deus não é fábrica de molambos e Seus filhos não devem cultivar molambismos.
E foi por isso que, atravessado o umbral, ao atingir a atmosfera da Terra, Celestino avisou:
Lembrem-se bem, irmãos, de que os praticantes de boas obras não estão nesses lugares; aí estão os contraventores da Lei de Deus, principalmente os fazedores de ginásticas religiosistas, proprietários de comércios idólatras e compradores de tais ignorâncias.
Um velho clérigo, que trazia ainda o corpo perispirital marcado pela doença e por uma deformidade das pernas, com amargura comentou:
O problema do Céu não pode ser resolvido, então, segundo os recursos aplicados pelas grandes religiões!... Cumpre haver uma grande renovação de conhecimentos e de práticas!...
Para todos os efeitos – interveio Celestino – cumpre viver conforme a Lei de Deus, a Divina Modelagem do Cristo Externo e os ensinos da Revelação que adverte, ilustra e consola. É uma questão de vida social decente e não de formar num clube de fantasiados religiosistas.
Ainda bem que existem os bem-intencionados! – comentou alguém.
Ainda assim – volveu Celestino – a Justiça Divina dá a recompensa segundo as obras praticadas e não apenas por causa das boas intenções. E a prova disso tendes, que dos membros de uma mesma instituição dita religiosa, uns vão parar nos lugares de Luz e Glória, enquanto outros ficam nos lugares intermediários, e outros descem até a subcrosta, onde vão penar dezenas e centenas de anos, antes de serem recolhidos e encaminhados, através das vidas, no rumo da Pureza e da Sabedoria. Compreendam que ser uma boa pessoa é uma coisa e ser um bom clérigo ou religiosista é outra coisa. A boa pessoa é que importa, porque a Justiça Divina é acima de rotulagens ou figuras-de-fachada. Enfim, irmãos, o que importa é ter um cérebro lúcido e um coração amoroso.
E com isso, dávamos entrada em uma sala familiar, onde quatorze pessoas estavam reunidas, conversando alegremente, aguardando a hora de iniciar os trabalhos mediúnicos da noite. De fato, um pouco depois, o presidente lembrou estarem em cima da hora, tendo todos feito silêncio. Comandou as orações, que foram feitas em silêncio, fazendo estremecer o campo psíquico, até impô-lo totalmente, desaparecendo a limitação do ambiente material, tudo ficando plenamente aberto, um maravilhoso cenário de alta espiritualidade, com a presença de elementos de altas esferas, prontos ao trabalho.
Dentre os presentes havia clarividentes de alto nível, psicômetras e desdobrantes de alto gabarito. Tudo foi visto e contado por eles de modo maravilhoso, e o ambiente espiritual timbrava por uma elevação tremenda, porque assim atraíam os encarnados presentes que, como avisou Celestino, eram espíritos velhos missionários, de novo encarnados e de novo reunidos pela Vontade de Deus.
Depois de tudo visto e falado, o presidente lembrou um bom número de consultas médicas a serem tiradas, com casos outros de permeio, como sejam as opressões de espíritos ignorantes, rebeldes, vingativos, etc. Todos se dispuseram com muita e vigorosa disciplina, espalmando as mãos sobre a mesa, para que, como disse o presidente, cada dedo fornecesse a sua contribuição, pelos jatos de energias e de luzes.
Tudo era superior ali, tudo vibrava alto, e Celestino avisou:
Observem, agora que os ajudaremos, como funcionam essas mentes encarnadas.
De fato, vieram até Celestino cinco mulheres, que saíram de uma falange esplêndida comandada por Maria, que do Alto dirigia o trabalho todo, e com elas formando atrás de nós, da comitiva, tivemos as vistas espirituais abertas, podendo ver perfeitamente o grande nível atingido por aqueles encarnados. E por isso, suas mentes irradiavam potentes luminosidades, de seus dedos partiam torrentes de energias coloridas, emprestando ao ambiente em geral um cunho de celestialidade. E foi interessante ver como chegaram até eles quatro médicos, sendo que um envolveu o médium receitista, para fazerem, em conjunto, o receituário.
E vimos um trabalho árduo e maravilhoso, pois enquanto os médicos disparavam na direção das pessoas e das residências, outras falanges de trabalhadores seguiam ou davam curso aos complementos, lavando as casas, limpando as paredes, livrando as pessoas, etc. Foi, é e será um trabalho assim organizado, um verdadeiro mecanismo socorrista, com os elementos espirituais funcionando de modo maravilhoso, porque de cima para baixo, e de baixo para cima, toda a gama constituída de trabalhadores funciona, e com rigorosa e eficiente atuação, porque a vontade de servir e a disciplina reinante assim facilitam.
Inclusive os clarividentes e médiuns desdobrantes atuavam, dentro e fora dos respectivos corpos, pela tremenda facilidade como entravam e saíam deles, em virtude da celestial ajuda com que contavam, e com a qual poderão contar aqueles que quiserem, de fato, entregar-se ao serviço do verdadeiro bem-fazer. Todo o tempo gasto em tirar umas dezenas de consultas espirituais foi um excelente programa de aprendizados, porque vimos as doenças de fora para dentro e de dentro para fora. Vimos as causas e os efeitos, os motivos e as chagas. Vimos alguns casos de feitiçaria serem desfeitos, de modo limpo e tremendamente eficiente, sem recorrer aos mesmos expedientes, como acontece em certos meios ditos espíritas, em que os que se dizem trabalhadores do Bem, lançam mãos de recursos mais horripilantes do que aqueles usados pelos trabalhadores do Mal. Infelizmente, esta é a verdade, e uma verdade que bom seria, fosse reparada pelos que assim agem, pois embora se acreditem melhores, e fortes, ou valentes, na realidade são apenas manejados por espíritos de muito baixo nível, sendo que, em muitos casos, como temos visto, são meros capachos de espíritos mal-propositados, fingidos de todo, escravos de situações por eles mesmos criadas, das quais sairão, algum dia, depois de sofrer nos piores lugares da subcrosta e as mais dolorosas encarnações.
A segunda parte dos trabalhos, ou para depois do trabalho imenso feito através do receituário, ou que este facilitou, tivemos um acontecimento deslumbrante, porque os encarnados desdobrantes vieram fazer companhia, e muito consciente, às legiões de Maria, e foram feitas descidas à subcrosta e subidas aos umbrais, para desses lugares serem retirados espíritos já disso merecedores. E nós, da comitiva, religiosistas formais e fracos por dentro e por fora, ficamos encantados com o que oferece o Pai Divino. Se não fosse visto e vivido, seria até inacreditável ou duvidoso. Mas a realidade era, é e será a mesma, para quem fizer por assim merecer. O difícil, realmente, é merecer, é crescer de dentro para fora, pois as grandezas exteriores só produzem as misérias do espírito.
No final de tudo, como complemento instrutivo, a Grande Mãe convidou a todos para uma subida aos mais altos planos. Disse, com doçura imensa e gravidade vibrante ou de fazer estremecer o íntimo, que as graças nunca serão mais do que as oportunidades de conhecimento, oportunidades de trabalho, melhoras até certo ponto e contatos com elementos e planos elevados. E que, de tudo quanto for dado saber ou receber de variantes modos, contas serão pedidas, mas não em forma de adoração e exaltação, como pensam os mal informados do mundo e dos planos inferiores da espiritualidade, mas sim em obras de fraternidade entre irmãos.
Embora nem todos tenham subido aos mais altos planos, porque muitíssimos foram ficando em lugares proporcionais aos seus respectivos níveis e um pouco mais, a verdade é que muitos foram às mais luminosas e gloriosas regiões. Há uma aplicação da Justiça Divina, por aqui, que os encarnados somente reconhecerão bem quando para cá vierem e a enfrentarem na prática. Menos, é claro, para os altamente versados nestas coisas, os que possuem qualidades e faculdades que lhes permitem por aqui transitar, trabalhar e com elevados méritos e amplas extensões influentes. Há criaturas, na carne, que valem por verdadeiros pedaços do Céu aí lançados, para certos efeitos que, em verdade, bem o sabem o Cristo e o Pai Divino. É muito arriscado comentar sobre os ungidos, suas atuações, seu raio de ação...
De uma coisa podem, porém, estar certos os indivíduos de boa vontade: esses elementos não são encontrados entre os petulantes, os que se julgam donos de casas, instituições, estatutos, etc. Eles são encontrados, de preferência, entre os trabalhadores anônimos, os que vivem procurando enxugar as lágrimas, pensar feridas, consolar aflitos, cobrir os nus... Enfim, os que fazem o Bem, pelo gosto de fazê-lo e não porque tenham se agarrado a títulos e postos de mando... E para não dizer mais a tais respeitos, lembramos o Impassável Divino Molde, quando ordenou tomar cuidado com o fermento dos fariseus...
Até onde subiram alguns? Alguns subiram até o Plano Crístico, aquele que é acima de injunções planetárias, que está fora de mundos, formas e transições. É muito difícil dizer daquelas Alturas Divinas, mas o fato é que, mais tarde ou mais cedo, todos lá chegaremos, porque ninguém é especial perante as Leis Divinas que regem a chamada Criação Divina. Que dizer dos planos intermundos e da vida nesses planos? Que dizer das extensões no campo da Divina Ubiqüidade, onde vivem os espíritos desses planos? Dizer o que, do poder de aplicação da vontade, desses irmãos divinizados? Como entenderem, já, os encarnados, da influência deles sobre os mundos e as humanidades, fazendo que tenham cumprimento as leis regentes dos mundos e das humanidades em processo evolutivo?
Bem, diremos que vimos as comunidades crísticas em profusão, os unos distintamente expostos, numa variação de luzes e glórias que jamais as palavras, faladas ou escritas, poderão definir. E vimos e vivemos, num dado momento, que estávamos envolvidos e penetrados do Poder Divino, sob a influência de um Divino Senhor ou de um Verbo Divino, e com a ajuda potentíssima que nos ofertou, penetramos a Divina Ubiqüidade e achávamo-nos entre os Mundos e as Humanidades, podendo afirmar que éramos, naquelas condições, participantes do Pai Infinito, em Tempo e Espaço. E com isto afirmamos que, se os espíritos todos, de todos os níveis evolutivos, soubessem qual é a finalidade a ser atingida, todos fariam tudo para se tornarem Puros e Sábios o mais depressa possível.
De volta, já no nosso plano de vida e trabalhos, ainda com os olhos ardentes e o coração espiritual fremendo celestialmente, comentei com minha mãe e Vicentina:
Como falam estultamente os donos de religiões, no mundo! E como são ridículos aqueles que afirmam não esperar propina de Deus, para depois da desencarnação! Por que, não entendem que nada disso é certo, justo e necessário, porque há uma perfeição a atingir, e terá que ser atingida, custe mais ou custe menos?
Sim – disse minha mãe – o certo é que o espírito saiu do Sagrado Princípio em estado de simplicidade, com todos os valores divinos em potencial, e deve desabrochá-los por lei e através de trabalhos. Enfrentará reinos, espécies e famílias, viverá condições e situações incontáveis, permutará ambientes, na carne e fora dela, como nunca seria capaz de admitir antes de experimentar, e um dia ter-se-á acima de todas as limitações, gozando a Unidade Divina, sendo ou formando na chamada Divina Providência, nos Previdentes e Providentes da Ordem Divina. E tudo isso, em termos de Verdade, Amor e Virtude, nos tratos sociais, e jamais pelos ridículos engodos religiosistas, ou segundo os conceitos de umas multidões de fanáticos das letras ditas sagradas.
Vicentina ponderou:
Bem, como cada um pensa como pode e não como quer... Isto é, como vai podendo pensar melhor com a evolução que vai em si mesmo realizando, devemos dizer que o grande mal está nas dogmatizações dos donos de credos e de instituições... Creio que é melhor dizer que o grande mal é derivado daqueles que se fincam nos direitos criados e adquiridos. Estes é que prendem o progresso, por egoísmos, orgulhos e certas opulências de bolso e de estômago. Porque se estes assim procedem, como não deverão proceder de modo egoísta e anti-social os que só pensam em termos de mundanismos em geral?
Ocorreu-me a idéia e perguntei:
Por que, o progresso da humanidade planetária, no plano geral, depende das realizações do plano carnal?
Minha mãe achou a pergunta interessante e comentou:
Não estou autorizada a falar com segurança, sobre um assunto que nunca me ocorreu pensar nem ouvi, por aqui, de alguém, um conceito a esse respeito. Mas acredito que os mundos físicos e a sua evolução representem fatores impostos pela Justiça Divina, e, portanto, a evolução da humanidade que lhe é própria faz parte do esquema fundamental. Entretanto, vamos ressalvar que, quem se dedica à Pureza e à Sabedoria, em suas obras, ingressa nos planos superiores, ao desencarnar, e isso faz reconhecer que a Justiça Divina é pelas obras de cada um. E por aqui transita um ditado, que fala em nome de Deus, e ele diz que as testemunhas de Deus são aquelas que o são pelas obras individuais.
Ainda estimulado pelo assunto, perguntei:
E por que, a Terra tem coroas trevosas ao redor, ou reinos de pranto e ranger dos dentes, para fora? Que os tenha para dentro, isso diremos que seria comum em um mundo infantil; mas tê-los para fora não é muito mau indício?
Minha mãe respondeu:
Convém não esquecer que a Terra é um mundo instituto correcional, um mundo de degradados e degredados. O Éden perdido não era a Terra anterior, como faz entender a corrupção lavrada no Pentateuco, mas o mundo melhor de onde vieram os adamitas. Assim irão ser, para os cabritos, aqueles dois mundos inferiores que, já o sabemos, vão hospedá-los para as devidas expiações e progressos posteriores.
Assim sendo – aduzi – as trevas para fora caracterizam os mundos de expiação?
Não estou autorizada a falar dogmaticamente – disse minha mãe – mas o fato é este: ou caracteriza o mundo inferior, por simples involução, ou revela o mundo destinado a ser escola correcional, por isso recebendo legiões de espíritos rebelados, de mundos que se vão revelando dignos de melhores habitantes. O fato, entretanto, é altamente significativo, pois ter coroas trevosas, para o exterior, é muito depreciável.
Em conclusão – indaguei – só a evolução do plano carnal fará desaparecer o umbral, para, um dia, por fim, ir desaparecendo, também e necessariamente, a subcrosta?
Minha mãe respondeu-me:
Bem, isso é concludente. Mas quando isso ocorrer, pelo que já sabemos, várias seleções e separações terão sido feitas. A Terra que terá as marcas da Jerusalém Celestial será a Terra dos que a merecerem. Mas isso, bem o sabemos, é para muitos e muitos milhares dos anos porvindouros. O Céu primeiro ensina, depois dá tempo e depois cobra contas. E se está dito, no Velho Testamento, que o Senhor Deus nada faz sem antes avisar pelos Profetas, Seus servos, também está dito, no Novo Testamento, que o testemunho de Jesus é o Espírito de Profecia. Portanto, é normal que os habitantes do planeta, encarnados ou não, prestem atenção aos informes mediúnicos. É por eles que muitos conhecimentos advirão, embora muita coisa desagradável, e mesmo repugnante, também apareça, por falta de melhor critério dos seus cultivadores.
Realmente – comentei – no campo mediúnico muitos são os que se estendem pelas áreas menos interessantes, entretendo contatos com os mais baixos planos da vida espiritual. Agem totalmente fora da Lei de Deus e do Divino Molde, embora se acreditem certos e convenientes.
Vicentina aduziu:
Todos deveriam lembrar a Lei e o Cristo; porque com as duas testemunhas fiéis e verdadeiras, logo se sabe que imundície não é Espiritismo. Basta comparar os ensinos e os fatos, para se ter a certeza de que o Mal não é o Bem, ainda que apelem, os seus praticantes, para os mais variados pretextos.
Em todos os sentidos de atividade – interveio minha mãe – os filhos de Deus terão que enfrentar testes. Não é tentação a palavra certa, mas sim teste. Deles ninguém escapará, porque a ignorância, a covardia e a hipocrisia não herdarão jamais o Reino do Céu. Que se acautelem todos, perante os atos da vida, porque a Justiça Divina é acima de pretextos quaisquer ou de explicações humanas.
Existem partes do mundo – comentei – onde os atos de feitiçaria, sob os mais variantes pretextos, funcionam imensamente. Por que essa gente, encarnada e desencarnada, não lê o capítulo final do Apocalipse?
Fazendo menção de partir, rumo ao trabalho, minha mãe concluiu:
A mediocridade não faz a parte da superioridade, sem ser por engano. E tudo isso é parte integrante das fases evolutivas, do processo de autocristificação. Quando alguém chega a ser realmente grande, na espiritualidade, não é por acaso nem de favor, mas sim porque venceu todos os testes. E se durante a caminhada teve que se curvar muitas vezes diante de sofrimentos atrozes, também é certo que, com isso, conseguiu crescer em si mesmo.

E a boa conversa, naquele glorioso dia, terminou ali.

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A SAGRADA E ETERNA SÍNTESE

PRINCÍPIO OU DEUS – Essência Divina Onipresente, Onisciente e Onipotente, que tudo origina, sustenta e destina, e cujo destino é a Reintegração Total. O Espírito e a Matéria, os Mundos e as Humanidades, e as Leis Relativas, retornarão à Unidade Essencial, ou Espírito e Verdade. Se deixasse de Emanar, Manifestar ou Criar, nada haveria sem ser Ele, Princípio Onipresente. Como o Princípio é Integral, não crescendo nem diminuindo, tudo gira em torno de ser Manifestador e Manifestação, tudo Manifestando e tudo Reintegrando. Eis o Divino Monismo.

ESPÍRITO FILHO – As centelhas emanadas, não criadas, contêm TODAS AS VIRTUDES DIVINAS EM POTENCIAL, devendo desabrochá-las no seio dos Mundos, das encarnações e desencarnações, até retornarem ao Seio Divino, como Unas ou Espírito e Verdade. Ninguém será eternamente filho de Deus, tudo voltará a ser Deus em Deus. Esta sabedoria foi ensinada por Hermes, Crisna e Pitágoras. Jesus viveu o Personagem Inconfundível de VERBO EXEMPLAR, de tudo que deriva do UM ESSENCIAL e a Ele retorna como UNO TOTAL. O Túmulo Vazio é mais do que a Manjedoura. (Entendam bem).

CARRO DA ALMA OU PERISPÍRITO – Ele se forma para o espírito filho ter meios de agir no Cosmos, ou Matéria. Com a autodivinização do espírito, ao atingir a União Divina, ou Reintegração, finda a tarefa do perispírito. Lentíssima é a autodivinização, isto é, o desabrochamento das Latentes Virtudes Divinas. Tudo vai aumentando em Luz e Glória, até vir a ser Divindade Total, União Total, isto é, perdendo em RELATIVIDADE, para ganhar em DIVINDADE.

MATÉRIA OU COSMO – A Matéria é Essência Divina, Luz Divina, Energia, Éter, Substância, Gás, Vapor, Líquido, Sólido. Em qualquer nível de apresentação é ferramenta do espírito filho de Deus. (É muito infeliz quem não procura entender isso).

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