DIVINA SIMPLICIDADE – A Lei foi entregue à consciência de cada filho de Deus, e somente a Justiça Divina o julgará, em secreto, em tempo certo. O Verbo Modelo deixou o exemplo de tudo que deriva de Deus, seja Espírito ou Matéria, e a Deus um dia retornará, como Espírito e Verdade, e ninguém com Ele poderá jamais discutir, porque Seu advogado chama-se Justiça Divina. Capítulo I DO GÊNESE AO APOCALIPSE

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terça-feira, 30 de junho de 2015

O CÉU MARAVILHOSO - Capítulo XVIII

Capítulo XVIII




Os verdadeiristas são, conseqüentemente, fundamentalistas; eles não formam ao lado daqueles que levantam cultos em torno de, ou sobre ritualismos e simulacros, nem por interesses vaidosos, de pseudo mestres de Doutrina, nem por atender à mais deslavada ignorância, que obriga o seu portador a se tornar representante da famigerada ordem dos mistérios, dos enigmas e dos milagres, de tudo isso que é blasfêmia, porque facilita acobertar todas as formas de engodos, ludíbrios e hipocrisias.
O verdadeirista é, como o vemos por aqui (e pairam os seus representantes nas altas regiões e exercitam as altas funções), aquele que sabe ser tudo em Deus questão de Leis, Elementos e Fatos, e, portanto, quando já sabe afirma, quando não sabe diz abertamente que não sabe, porém não busca desculpas para encobrir o que ignora nem maquinações sórdidas para explorar a própria ignorância e a dos semelhantes iguais a ele. Quanto mais se sobe na escala dos planos espirituais, e mais se vai ao encontro dos grandes em Espírito e Verdade, tanto mais se compreende a repulsa pelos termos, mistério, milagre, enigma e correspondentes.
Por assim ser, isto é, porque a Verdade, o Amor e a Virtude tudo encerram e fornecem, ninguém irá parar no Grau Crístico tomando a condução que a ignorância, a covardia e a hipocrisia possam oferecer. E iremos encontrar, por isso mesmo, nas trevas e nos planos inferiores do mundo espiritual, os donos de religiões e credos, os que se acreditam guardas da Verdade Revelada e todos os que se julgam nascidos para serem juízes e fiscais de seus irmãos, em matéria de verdades espirituais. Ainda na carne já se encontram nas trevas e lugares inferiores, porque as marcas são lavradas, no corpo perispirital, na ocasião dos delitos, e, ao exteriorizar as duplicatas etéricas, também estas revelam as marcas infelizes.
O que ninguém irá encontrar, nas trevas e nos lugares inferiores, são aqueles que exemplificaram a Lei de Deus, que imitaram o Cristo Modelo o quanto possível e os que fizeram da Revelação o instrumento de advertência, ilustração e consolo, em termos de pura irmandade, fora de manias mandonistas, etc.
O Jesus que mandou Pedro ser chefe dos outros discípulos não existiu, foi o Jesus forjado no século quatro, por ordem de Constantino, a fim de transformar Roma e seus homens em donos de consciências e corpos, sob ferro e fogo. A Doutrina do Caminho da Verdade que Livra é fundamentada em Moral, Amor, Revelação, Sabedoria e Virtude, e não tem ninguém, nem na crosta nem no mundo espiritual, que seja capaz de tirar de cada um, quando encarnado, a responsabilidade e o direito de endereçar sua Mente na direção que puder, sobre as verdades espirituais. Deus é o Senhor Total e conferiu liberdades mentais e emocionais, e depois de voltar ao plano espiritual ou de partida, o Seu filho responderá pelo uso que das mesmas quis fazer.
O Jesus que realmente existiu mandou a cada um tomar a cruz dos seus deveres e segui-Lo na observância das leis fundamentais, como Ele estava exemplificando.
O Jesus que realmente existiu mandou todos se portarem com simplicidade, como irmãos, porque a Lei já era conhecida. Ele mesmo era o Divino Molde que ficaria e o Batismo de Espírito, a Revelação Generalizada, ficaria como condutora de toda a humanidade. Os príncipes, disse Ele, seriam os das coisas do reino do mundo, o que de modo algum haveria entre os irmãos, sobre a Doutrina da Verdade.
Quando alguém chega daí, e procura saber dos proprietários de religiões e de sectarismos, na certa sofrerá abalos mentais e emotivos, e em muitos casos sentirá horrores, porque as medidas aqui se invertem, os que se julgavam primeiros virão mesmo a ser os últimos. E não apenas os últimos, porém com acréscimos de dor e de amargos programas para os dias vindouros.
O ideal é a exemplificação individual, para qualquer efeito e em todos os sentidos de aplicação da vida, porque a Lei de Deus não mudará para ninguém, de modo algum e em tempo qualquer, vindo até, pelo contrário, a pesar mais sobre os que fizeram das coisas do espírito um mercado de nobiliarquias e comércios idólatras, de aparatos físicos e de aparências de autoridade.
Os Cristos administram as humanidades, mas a Lei e a Justiça emanam de Deus, o Divino Centro Gerador, que Emana, Sustenta e Determina através de leis eternas, perfeitas e imutáveis. E quando a Suprema Ordem determina, o Poder dos Cristos é de Lei e de Justiça, porque nenhuma Autoridade o é, fora da Divina Autoridade do Emanador Único.
Portanto, uma vez mais afirmamos, no sentido de abandonarem a mania de fazer coisas erradas em nome de Deus, da Verdade e do Cristo, a fim de tratarem de realizar coisas dignas, o que só é possível estando em Harmonia com a Vontade de Deus.
Todos dizem que Jesus deplorou, várias vezes, o fato de ser grande a Seara e de serem poucos os trabalhadores; e nós perguntamos se os trabalhadores a que se referiu eram os sacerdotes levitas, os clérigos quaisquer, os escribas e fariseus hipócritas, de que o mundo estava cheio, está cheio e por muito tempo ainda estará, enquanto a ignorância das gentes for a alavanca das cogitações espirituais. Porque, quando a noção da Doutrina Verdadeirista, fundamentada na Lei de Deus, no Cristo Modelo e na Revelação Generalizada se generalizar, ganhar os extremos da Terra, como Jesus anunciou no primeiro capítulo do Livro dos Atos, tudo mudará na Terra, nenhuma simulação tomará o lugar do respeito absoluto que se deve a Deus e dos atos de fraternidade que se deve aos irmãos.
A Doutrina Espírita ou verdadeirista, por ser a restauração da Excelsa Doutrina do Caminho, que Jesus deixou a funcionar do Pentecostes em diante, é muito mais do que Ciência, Filosofia e Religião, porque é Verdade, Amor e Virtude. Não é de fabricação humana e, portanto, não é de conceitos escolásticos terrenos, mas sim de Base Absolutamente Divina. Sua essência pertence a Deus e, conseguintemente, seus efeitos constituem a união do espírito filho com o Espírito Pai. É a Suma Verdade quem manda, não são os distantes coloridos periféricos.
A teologia espírita é, por força de sua mesma essencialidade, o programa de trabalho que conduzirá o filho de Deus ao Seio Divino de onde partiu, e dois fatores dela ressaltam: Pureza e Sabedoria nas obras!
É bem fácil reconhecer quais os trabalhadores que Jesus disse serem poucos, em virtude de ser vasta a Seara da Verdade que Livra. De clérigos, fazedores de discursos histéricos e praticantes de ignorâncias, covardias e hipocrisias, o mundo estava cheio, como ainda o está. Não foi essa a Nova Ordem que Jesus veio deixar no mundo, mas sim para acabar com ela, transmitiu a Doutrina do Pai ou da Verdade, fundamentada na Lei de Deus, na Sua Modelagem e na Generalização da Revelação, aquele ministério dos Santos Espíritos, que Moisés desejara para toda a carne, para tirar dela a orfandade, a ignorância das Leis Divinas.
E tão Magna é a Sabedoria Divina, em Leis, Elementos e Fatos, que Jesus pretendeu matar pela raiz, o dogmatismo criminoso, quando disse que muitas coisas ficariam por serem ditas, e que só o seriam, veiculadas pela Revelação Ostensiva, pelo trabalho dos espíritos comunicantes, por aqueles mesmos anjos, espíritos ou almas, que Ele proclamou que subiam e desciam sobre Ele, para que toda aquela pletora mediúnica tivesse curso, e não apenas através d’Ele, mas pelos séculos a fora, até a consumação evolutiva da humanidade.
Quem lê o Livro dos Atos compreende o porquê de dizer o Apocalipse, que o testemunho de Jesus é o Espírito de Profecia. Compreende o porquê de ordenar Jesus através do Anjo Relator do Apocalipse, para que os Seus seguidores ouçam o que diz o Espírito às igrejas ou reuniões de discípulos da Verdade.
A comitiva de aprendizes observou, ao redor da Terra, por um tempo que na crosta valeu por vinte e cinco dias, a todos os cultos ditos religiosos, e na grandíssima parte, ficou estarrecida com a falta de espiritualidade dos mesmos. Muito ou quase tudo de formal, de periférico, de comercialismo idólatra, com a ingerência de legiões de errados destes lados, de verdadeiros duendes das trevas. Vimos uma sociedade formada de encarnados e desencarnados, falhos em conhecimentos e obras, por serem falhos em Lei de Deus, em Modelagem Cristã e em cultivos mediúnicos sadios, prolongando sobre a Terra aquelas porcarias religiosistas que Jesus veio combater, e combater com tamanha veemência, em palavras e atos, que os representantes da porcaria passaram a vida a persegui-Lo, culminando em assassiná-Lo.
Porém, como a Mensagem Crística era e é do Céu e não da Terra, do Espírito e não da matéria, o Cristo Espírito voltou ao convívio humano, disse do Batismo de Revelação ou Espírito que deixaria a seguir, e, dando tempo, o tempo de alguns dias, deixou um Pentecostes Vivo, uma Doutrina que é Viva na própria comunicabilidade dos homens que passam as divisas tumulares, que vão ser iguais aos anjos, como Ele ensinou, porque Deus é de vivos e não de mortos, é do espírito que continua a escalada cristificadora e não do corpo que volta ao laboratório da Natureza.
A humanidade está distribuída pelos diferentes fanatismos sectários, fanatismos que se filtram por homens e livros. E se há um processo de conduta que possa atrapalhar a evolução do espírito, esse é o ideal. Cada fanático, com o seu homem na mente estreita e o seu livro na mão, vale por um soldado da mediocridade em luta perene contra a sua mesma autocristificação. Ele não pensa e não sente as verdades que resta conhecer, porque é um doente, é um mórbido, é um viciado mental.
Corre por aqui, nos planos superiores, o ditado que diz ser a Verdade, por natureza, de Deus, e por herança, dos filhos de Deus. Mas essa Divina Herança, vamos considerar, deve aos poucos ser herdada, por constituir uma fundamental realização íntima, e não como medida de graça ou de precedentes da Justiça Divina. E o dogmatismo religiosista é o maior entrave a essa realização interior.
Numa igreja ou reunião de calvinistas, vimos um pastor esgoelar-se para dizer aos seus ouvintes que o sangue de Jesus, aceito como tal, tinha o poder de lavar os pecados milagrosamente. Entretanto, ele estava sendo coagido por um seu colega desencarnado, muito mal encarado e em estado de ignorância do estado, que a ele se ligara por afinidade. Bem se via que o mal não derivava do modo de entender a Escritura, mas sim de outras faltas por ele cometidas. Todavia, mesmo que estivesse bem e consciente, aquilo representaria tudo quanto tinha ele para conseguir, em espiritualidade? De onde vinha? Onde se encontrava, na escala hierárquica? Que outros níveis tinha para atingir? Entretanto, ignorava tudo e negava as Leis Divinas, por ser escravo de seu fanatismo sectário.
O antigo incrédulo, sempre a pingar o seu preventivo tradicional, comentou:
Esse deve ter sido quem ensinou o Emanador a fazer tudo quanto fez!... Essa é a gente que libertará o mundo da ignorância e do pecado!... Esses é que são os inspirados pelo Espírito Santo!...

Como antigo clérigo, fiquei envergonhado, porque aquelas palavras saíam de um antigo incrédulo. Nós não éramos melhores do que ele, embora ele não fosse melhor do que nós. Entretanto, nós tínhamos praticado muitos erros em nome de Deus, e ele tinha praticado boas obras com as graças de Deus, sem saber e sem esperar pelas recompensas futuras! Nossas ginásticas religiosistas de nada nos valeram, e as boas obras, dele e nossas, garantiram o pouco de Céu que chegamos a ter. E quando irão os donos de religiões entender a Lição que a Lei de Deus ensina, que o Cristo testemunhara e testemunha, e que a Revelação continua a passar adiante?

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A SAGRADA E ETERNA SÍNTESE

PRINCÍPIO OU DEUS – Essência Divina Onipresente, Onisciente e Onipotente, que tudo origina, sustenta e destina, e cujo destino é a Reintegração Total. O Espírito e a Matéria, os Mundos e as Humanidades, e as Leis Relativas, retornarão à Unidade Essencial, ou Espírito e Verdade. Se deixasse de Emanar, Manifestar ou Criar, nada haveria sem ser Ele, Princípio Onipresente. Como o Princípio é Integral, não crescendo nem diminuindo, tudo gira em torno de ser Manifestador e Manifestação, tudo Manifestando e tudo Reintegrando. Eis o Divino Monismo.

ESPÍRITO FILHO – As centelhas emanadas, não criadas, contêm TODAS AS VIRTUDES DIVINAS EM POTENCIAL, devendo desabrochá-las no seio dos Mundos, das encarnações e desencarnações, até retornarem ao Seio Divino, como Unas ou Espírito e Verdade. Ninguém será eternamente filho de Deus, tudo voltará a ser Deus em Deus. Esta sabedoria foi ensinada por Hermes, Crisna e Pitágoras. Jesus viveu o Personagem Inconfundível de VERBO EXEMPLAR, de tudo que deriva do UM ESSENCIAL e a Ele retorna como UNO TOTAL. O Túmulo Vazio é mais do que a Manjedoura. (Entendam bem).

CARRO DA ALMA OU PERISPÍRITO – Ele se forma para o espírito filho ter meios de agir no Cosmos, ou Matéria. Com a autodivinização do espírito, ao atingir a União Divina, ou Reintegração, finda a tarefa do perispírito. Lentíssima é a autodivinização, isto é, o desabrochamento das Latentes Virtudes Divinas. Tudo vai aumentando em Luz e Glória, até vir a ser Divindade Total, União Total, isto é, perdendo em RELATIVIDADE, para ganhar em DIVINDADE.

MATÉRIA OU COSMO – A Matéria é Essência Divina, Luz Divina, Energia, Éter, Substância, Gás, Vapor, Líquido, Sólido. Em qualquer nível de apresentação é ferramenta do espírito filho de Deus. (É muito infeliz quem não procura entender isso).

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