DIVINA SIMPLICIDADE – A Lei foi entregue à consciência de cada filho de Deus, e somente a Justiça Divina o julgará, em secreto, em tempo certo. O Verbo Modelo deixou o exemplo de tudo que deriva de Deus, seja Espírito ou Matéria, e a Deus um dia retornará, como Espírito e Verdade, e ninguém com Ele poderá jamais discutir, porque Seu advogado chama-se Justiça Divina. Capítulo I DO GÊNESE AO APOCALIPSE

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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

MORAL, AMOR E REVELAÇÃO - Capítulo 1


     O discípulo meditava, sentado debaixo da laranjeira, nas complexidades apresentadas pela Terra; no tremedal de controvérsias, na caudal de sim e não que espraia pela Humanidade. Era-lhe doloroso, por exemplo, ouvir a qualquer pessoa afirmar que Deus não existe, que a alma é invencionismo e que a responsabilidade se prende exclusivamente ao currículo humano-temporal.
Agora, dizia ele para consigo mesmo, aí está meu futuro definido, metido a estudante de medicina, a proclamar que a vida e a inteligência, a emoção e a capacidade de reação, nada mais representam do que as vibrações celulares funcionando globalmente. Ora, pensava ele, essa gente nem mesmo vê o ar que respira, ou o som que ouve,  nem o vento que sopra, tudo isso coisinhas bem materiais, quireras cá da crosta. Como se arvoram, pois, em julgadores de Deus e de Sua Chamada Criação?
Estava assim meditando, quando lhe apareceu o pequeno Mensageiro, que entrando com ele em palestra, lhe perguntou:
– Não é certo, discípulo, que o intrigam as negações humanas?
E o discípulo respondeu, em tom de mágoa profunda:
– Muito e muito, bondoso servo da Verdade! Acima de tudo, lembro que minha irmã vai casar com um rapaz que ora estuda medicina, criatura que afirma não haver Deus nem alma... É doloroso a gente ouvir semelhantes coisas!...
O pequeno Mensageiro sorriu, demonstrou ternura e falou, conselheiro:
– Tenha paciência, discípulo, que o mundo é assim mesmo. Isto é, o mundo terrícola, este mundinho onde nos encontramos, ainda está cheio de guerras, de ódios e de mentiras, de negações e de infâmias. E não se queixe tanto dos outros, discípulo, porque nós fizemos pior ainda, muito pior!...
– Por isso mesmo, – respondeu o discípulo, – é que sofro tremendamente com a negação dos outros; porque nós já encontramos a Verdade, já reconhecemos os tristes efeitos da ignorância e do mal, enquanto que esses nossos irmãos ainda vivem para alardear seus erros, e tanto piores erros, porque vão além engendrar outros negadores, outros futuros sofredores. Se ao menos cada negador restringisse sua negação ao círculo de suas cogitações íntimas, nem faria tanto mal a si mesmo, nem criaria condição para tremendos males alheios, pelos quais também terá que responder, pois quem semeia deve colher na razão direta, não é isso?
– A Terra, – comentou o Mensageiro, – ou antes, a sua Humanidade, não pode viver à margem de escândalos. Sendo um mundo de expiações, habitação de espíritos inferiores e nalguns casos tremendamente errados, deve apresentar seu enorme coeficiente de atos rebeldes a Deus e Suas leis. A vida, entretanto, fará o seu inevitável, o seu justo e inelutável trabalho de harmonização e de concerto. Como a mônada espiritual é imortal, evolutível, responsável, reencarnável, comunicável e de habitação universal, com o tempo e as contingências da vida, por certo reencontrará a Verdade e fará com ela a sua união. Quando apresentar suas desculpas, naturalmente já não serão necessárias, porque o Bom Pai desde a eternidade sabia de tudo, tinha certeza de que Seu filho, por ignorância, poderia muito bem orgulhar-se até mesmo de seus erros e de seus crimes.
Enquanto o discípulo o fitava com admiração, o Mensageiro fez breve pausa; e como nada dissesse o encarnado, o desencarnado prosseguiu:
–  É que ao estado crístico ninguém vai, sem ser pelo evolvimento lento e trabalhoso. Quando dizemos que hierarquia não se discute, no mundo espiritual, estamos dizendo que ninguém poderá ostentar gradação alguma, se no íntimo não a tenha registrado, marcado com o sinete da experiência própria. Todos começamos com as mesmas virtudes divinas em estado potencial; e ninguém jamais obterá favores ou sinecuras em face da Lei de Equilíbrio. Prevalecem, portanto, as leis de livre arbítrio, de responsabilidade e de finalidade. Ninguém poderá escapar ao círculo das leis que engendram, sustentam e determinam. E quem não aprender com as lições dos Grandes Mestres, terá que aprender com as duras lições da vida!
Feita a pausa, o discípulo comentou:
– Eu sei que no âmago da Soberana Lei, as leis menores têm existência e movimentação; eu sei que no bojo do Supremo Determinismo, o livre arbítrio relativo do homem, ou da mônada espiritual, tem o seu cabimento. Infelizmente, porém, não se sabe como evitar os males decorrentes do orgulho e da presunção. Muito raramente alguém sustenta uma inverdade perante as leis da chamada Criação, sem que esteja o orgulho na base do absurdo. Isto é que entristece muito.
– Os verdadeiros sábios e os realmente santos, que não são mais do que os melhormente intencionados da Terra, desconfiam de seus saberes e de suas santidades. Com os outros, discípulo, acontece o inverso, pois na inversão da ordem não é a montanha quem julga o  grão de areia, mas é o grão de areia que se presume capaz de julgar a montanha. É trabalho ridículo, bem o sabemos, mas disso existe e não pouco, no seio da Humanidade.
Ao terminar o Mensageiro a sua peroração, noticiou que tinha serviço marcado, havendo convidado o discípulo:
– Devo estar, dentro em pouco, junto a uma pessoa enferma; quer vir comigo e auxiliar com a contribuição de fluidos humanos eletromagnetizados?
– Quero, como não! – disse o discípulo, todo satisfeito.
E como o Mensageiro fizesse o seu esforço atrativo, passou-se o discípulo para o nosso lado, encontrando-se muito feliz, como sempre realmente maravilhado, pelo fato de merecer de Deus a graça de semelhantes trabalhos.
Foi um lapso o tempo gasto no traslado, porque o Mensageiro, funcionando com ordens superiores, usava um grau superior da gama vibratória, não se detendo em face de percalços muitas vezes comuns nos graus inferiores. Como já deveis conhecer, mesmo que seja nos abismos trevosos, ali estão, no imo das trevas, todas as gradações luminosas, todos os trilhos vibratórios do Universo Infinito, trilhos que podem ser usados por espíritos capazes, ou quando o trabalho assim permita e facilite. Assim sendo, porque ninguém havia de baixo padrão vibratório, o Mensageiro utilizou uma escala ou trilho de intensa luz, para o traslado até junto ao enfermo; e como não pode ser de menos, mais luz significa mais presteza, mais lucidez e mais eficiência.
– Aí temos Abelardo, – informou o Mensageiro, – que sofre de regressão característica, fato que lhe impõe terríveis crises de angústia, tendo como conseqüência dolorosos traumas cardíacos, traumas que deverão causar-lhe, mais tarde, lesão profunda e morte certa.
O discípulo esbugalhou os olhos, de espanto, indagando:
– Por que tudo isso?!... Que é regressão característica?...
O Mensageiro explicou, sereno e compassivo, assim como o fazem todos aqueles que de fato conhecem o mecanismo da Lei e da Justiça:
– Em primeiro lugar, discípulo, regressão característica é perder o estado anterior, a posição adrede adquirida, por graves faltas cometidas; é quando um espírito, que já foi melhor ou mais intenso, regressa na ordem vibratória, pelo fato de cometer falta perante a Lei de Equilíbrio, vindo a reencarnar em condições menos interessantes, a fim de resgatar as faltas e recuperar a antiga posição. E, em segundo lugar, assim como programou é que viverá, porque foi por ele escolhida a expiação e sancionada pelos superiores hierárquicos.
O discípulo alvitrou, ao primeiro estacato do Mensageiro:
– Faremos, então, apenas uma obra de consolo?
– Consolo e estímulo, – redargüiu o Mensageiro, – para que ele sofra com paciência e estude com entusiasmo. Olhe para aquele livro que está sobre o móvel; é uma  das três jóias que lhe deram de presente, conforme fora programado antes dele reencarnar.
O discípulo, tendo reparado, leu em voz alta o nome do livro, que era “OS GRANDES INICIADOS”. E como fosse obra muito sua conhecida, alegrou-se em extremo, por saber que o enfermo estava ingressando em seara maravilhosa, pelo fato de resumir toda a Sabedoria Antiga, a grande precursora do Cristianismo.
– Além dessa obra, – falou-lhe o Mensageiro, – deram-lhe também um exemplar da “BÍBLIA” e um exemplar de “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”. Ora, com esses três livros qualquer pessoa bem intencionada pode preparar-se para os melhores aprendizados. E é, afinal de contas, o que ele está fazendo, pois deverá voltar mais vezes ao plano carnal, a fim de ressarcir as faltas pretéritas e preparar-se para rumar na direção da Pureza e da Sabedoria. Porque, para resumir, a mônada espiritual deve tornar-se Pura e Sábia, tal e qual o Divino Modelo que foi representado por Jesus.
– Bem se vê, – interpôs o discípulo, – que Jesus viveu a Doutrina Integral, a Lição Completa!
O Mensageiro assentiu, com breve aceno de cabeça, esclarecendo:
– Jesus, o Diretor Planetário1, viveu diante dos homens a função de Cristo; e o Cristo é, para todos os efeitos, a própria Doutrina e o próprio Evangelho. Não escreveria, de forma alguma, porque mais tarde seria explicado. Letras podem ser adulteradas e livros podem ser queimados, mas o Cristo nunca poderá ser adulterado nem eliminado, por mais que se ergam os ventos da iniqüidade, por mais que se levantem os brados da contradição. O Cristo é Programa, o Cristo é Modelo e o Cristo é a Meta Final!
Com verdadeira unção, o discípulo aduziu:
– Tenho aprendido, com vocês, que o Cristo representa a mônada espiritual elevada ao grau de Pureza e de Sabedoria, por evolução; pela caminhada através dos reinos e das espécies, por isso mesmo transformando a matéria opaca do Seu corpo astral em verdadeiro foco de luz divinizada...
– Justamente, – interrompeu o Mensageiro; – quando um Cristo é apresentado à Humanidade de um Planeta, é muito anunciado anteriormente, nasce em virtude de fatos mediúnicos transcendentes, vive acontecimentos mediúnicos maravilhosos, tem um corpo físico que obedece aos imperativos do espírito e das faculdades mediúnicas desenvolvidas sem medida, e não encontra barreira na morte, porque dá exemplo vivo e vibrante de ser o Paradigma da evolução e da imortalidade. E resta, ainda, uma outra prerrogativa a ser enunciada; você sabe qual é, discípulo?
O discípulo encarou bem o Mensageiro e fez sinal de não com a cabeça, sem articular palavra; e o Mensageiro emendou, sorridente e feliz:
– É que, apesar do tiroteio da contradição, ninguém consegue escandalizá-Lo! Fica de pé, em Seu posto de honra, como Exemplo de Caminho a ser seguido e de Finalidade a ser atingida! Aqueles que O ignoram, aos poucos O irão conhecendo; aqueles que O negam, aprenderão com a vida a afirmá-Lo; e aqueles que O reconhecem como Divino Modelo, imitando Seus exemplos, vão aos poucos se aproximando da esfera crística, do chamado Oitavo Céu, que é acima de mundos e de formas, que é Universal ou Cósmico!
Premente de alegria estranha, o discípulo repetiu as palavras de Jesus, cheias de profundo sentido, tanto assim que os homens, até mesmo os mais bem intencionados, somente entenderam o modo místico:
– “EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA”! O Cristo Anímico e Cósmico!
O Mensageiro continuou, cheio de gozo espiritual:
– O Caminho, pelo fato de conter a escalada evolutiva através dos mundos, das espécies, das vidas e das formas! A Verdade, porque revela a Vontade de Deus, o processo evolutivo e a obediência total! A Vida, porque somente no grau crístico se encontra exposta, de modo a ser plena em todo o seu divino esplendor!...
E de tal modo o ambiente espiritual fez-se luminoso e brilhante, por causa daquela conversação, que dentro em pouco estava repleto de companheiros do Mensageiro. Crescendo na escala, por estarem todos envolvidos num mesmo tom da gama vibratória, foram atingidos e sentiram a poderosa atração, tendo acorrido aqueles que estavam em liberdade e em condições de atender. Pouca gente sabe, na Terra, o quanto podem as consonâncias vibratórias; e se soubessem, por certo fariam muito melhor uso da oração em conjunto e em horas combinadas, com o fito de atrair as melhores influências astrais. E se alguém quiser ter a prova do que dizemos, note o que conseguem os mais tacanhos e muitas vezes errados institutos religiosos da Terra, organizados em base de clerezias político-econômicas, funcionando como verdadeiros focos de idolatrias e fetichismos, pelo simples fato de se apoiarem em grandes massas crédulas, em poderosas usinas de força mental positiva.
Se a mônada, ainda inconsciente, habitando a pedra, o vegetal ou o animal inferior, pelo fato de ser vida impõe condições, faz a matéria tomar forma e sustentar estado de apresentação forçada, quanto mais não conseguirá dominar, desde que saiba conhecer e aplicar a sua poderosa capacidade vibratória? Se ela, sem ter conhecimento daquilo que é, agindo como partícula viva sem vontade própria e sem objetivo inteligente, faz tudo quanto sabemos que faz, nos planos inferiores da vida, quanto mais não fará, desde que sabendo aplicar o poder mental, ele que é o moto acionante de todas as demais energias do Cosmo?
– Que graças andaram por aqui?! – indagou o primeiro a chegar, atraído por aquela subida vertiginosa na escala das vibrações.
O Mensageiro explicou-lhe:
– Estávamos falando de Jesus, quando foi pelo Pai Divino apresentado como Divino Modelo ou Cristo. Falei sobre a Origem, sobre o Processo Evolutivo e sobre a Sagrada Finalidade, tudo aquilo que o Cristo representa, tendo havido intensificação no campo magnético, de onde surtiu a diferença vibratória que vos atingiu, pelo fato de estarmos irmanados por várias razões, inclusive a ligação simpática, um dos fatores mais importantes de atração que nos é dado conhecer.
O tal companheiro compreendeu e sentiu a grandeza da questão, tendo pronunciado algumas palavras de estímulo:
– Em Deus temos a Origem e as faculdades que devemos desenvolver! Na Lei de Equilíbrio temos a Justiça que nos fará reconhecer o caminho certo, sempre que dele nos afastarmos! No Cristo temos o Modelo a igualar, o Ponto de Referência a ser atingido. Aquela mônada que Se elevou por evolução à divinização, pairando por isso mesmo acima de injunções planetárias, acima de mundos e de formas, constituindo, portanto, para nós, Aquilo que devemos procurar ser. Não admira que, ao se tratar do Cristo, com conhecimento de causa e boas intenções, já se faça estremecer o ambiente magnético ao derredor. E para quantos desejem conhecer e pôr em prática, este fenômeno basta para provar até onde pode um espírito empregar a força moto-mental, com a sua carga imensa de ação sobre a vastidão das energias cósmicas!
Como tivesse feito silêncio, aproveitou o discípulo a oportunidade, fazendo a seguinte pergunta:
– Por isso mesmo, então, é que os Cenáculos Esotéricos não permitiam a qualquer um o conhecimento das leis espirituais e cósmicas?
O tal companheiro apontou o livro que estava sobre o móvel, explicando:
– Sim, por isso mesmo, para que eventualmente não fizessem mau uso de leis e de recursos que merecem todo o respeito. Esse livro que aí está diz muito bem, embora de modo resumido, o que foram as Escolas Iniciáticas antigas. Porém, tendo vindo o Cristo, para significar a Finalidade da centelha ou mônada espiritual, e para tornar a Revelação de alcance generalizado, cada qual deve se armar de senso de responsabilidade, a fim de conhecer e saber usar de tudo, de si próprio e das leis que venha a conhecer. Porque é imprescindível, note bem, que o espírito evolua e entre na esfera das responsabilidades superiores.
O Mensageiro olhou bem para o discípulo, repetindo a palavra do companheiro:
– Note bem, é imprescindível que cada mônada espiritual, por evolvimento se vá tornando suficiente em matéria de conhecimentos e de aplicações.
E o tal companheiro concluiu, antes de partir:
– Até a vinda do Cristo, a Ciência dos Mistérios, como se chamava o Conhecimento da Verdade, devia ser conhecida e falada somente dentro dos Cenáculos Iniciáticos. Com o Cristo, veio o derrame de Revelação sobre toda a carne, devendo essa Graça merecer de todos o máximo respeito. Como o Cristo vive a Lei de Deus, e a Lei de Deus contém três sentidos – a Moral, o Amor e a Revelação, que os cristãos façam questão de corresponder à Graça e à Verdade. Ou julga você, discípulo, que é favor o fato de um filho de Deus cumprir a Lei?
O discípulo não perdeu tempo e respondeu:
– Não é favor algum, pois o resultado da Harmonia é Paz, Luz e Poder! Entretanto, bem vejo que os homens, cá da Terra, e até mesmo alguns dos mais bem intencionados, encaram o Cristo pelo avesso, tomam-No apenas como figura de fachada, a fim de transformarem-No em defesa de suas maquinações mundanas. Lembro que o Cristo, sendo o Exemplo da Lei vivida, para muita gente não passa de um simples derrogador da mesma Lei! Porque essa gente transgride a Lei e faz questão de dizer que o Cristo de tudo Se faz pleno responsável.
O tal companheiro se foi, porque tinha o que fazer, mas antes de  ir disse ao Mensageiro:
– Diga a ele o que ouvimos, da boca do próprio Jesus, quando de uma de Suas manifestações.
De fato, o Mensageiro disse ao discípulo:
– De tempos a tempos, discípulo, o Mestre comparece a alguma grande reunião, a fim de deixar patente a Sua dedicação a todos os tutelandos. E numa delas, por causa de certo discurso, feito por um antigo clérigo, discurso cheio de unção, porém falho de conhecimento de causa, disse o Mestre o seguinte, falando de muito longe, ou parecendo ser de muito longe, para nós que ainda somos tão inferiores na escala evolutiva e não O podemos encarar de perto; assim disse Ele, falando a todos os presentes e com aquela doçura que o caracteriza:
“Fui humilde transmissor e vivedor da Doutrina do Pai, assim como espero que sejais também os seus vivedores. Deixei a Seara e a liberdade, ficando cada qual responsável pelas suas obras. Não sou o responsável pelas vossas liberdades individuais”.
O discípulo comentou, satisfeito:
– Maravilhoso, porque todo Lei e todo Verdade.
O Mensageiro acrescentou, comovido:
– A essência da função crística, pois a Luz Divina jamais poderia ser adquirida de terceiros. A um Cristo cumpre esclarecer sobre a Origem, cumpre ensinar sobre o Processo Evolutivo e cumpre dar mostra da Sagrada Finalidade, retornando como Espírito Emancipado, soberano dominador das leis planetárias, ostentando o carro da alma, aquela matéria fluídica que começou opaca, em estado de luz e de esplendor divinos. Se, porém, fosse dado a alguém suprimir as responsabilidades individuais, toda a Ordem Universal estaria sendo posta de pernas para o ar, toda a Lei e toda a Justiça estariam sendo escandalizadas pelo próprio Deus.
– Todavia, – interveio o discípulo, – o mundo terrícola está cheio de donos de religiões, e de pobres infelizes que lhes dão crédito, que nada entendem de semelhante realidade, incidindo em tremendas faltas, cometendo idolatrias e fetichismos, praticando traições à guisa de atos de fé. Nada mais fazem do que atirar Deus contra Deus, a Lei contra a Lei, a Justiça contra a Justiça, enquanto se julgam bons religiosos, dignos filhos de Deus.
O Mensageiro apontou para o enfermo, que gemia no seu leito, exclamando:
– Eis aí uma prova do que diz. Porque os erros humanos jamais convencerão Deus, a Lei e a Justiça em contrário. Este nosso irmão cometeu três espécies de erro em algumas vidas: primeiro, depois de estar bem harmonizado com a Lei, foi um guerreiro cruzado, um terrível vândalo em nome de Deus e do Cristo; depois, ao reencarnar ainda na Europa, foi um nobre despótico, articulando-se com a Igreja Romana para realizar obras de rapina, através de perseguições e mortes; a seguir, para cúmulo de sua desdita, reencarnou na Espanha e foi grande perseguidor das obras consoladoras, tomando parte na queima de Bíblias, Evangelhos e livros espíritas. Como Deus não é particularista, como a Lei não é religiosa e como a Justiça não tem parentes nem protegidos, primeiro desceu ele aos rincões trevosos, onde sofreu horrores inenarráveis, depois reencarnou para isso... Isto é, começou nesta encarnação um ciclo de duras provas e expiações, para chegar a obter, algum dia, o necessário reequilíbrio.
Fez breve silêncio e detalhou, a seguir:
– Observe que ele não tem más companhias, como quase sempre acontece; mas o seu corpo astral é quase uma nuvem negra! Realmente, seu perispírito está minado pela mancha negra e fosca que os seus criminosos pensares e agires criaram. E embora os médicos julguem ser esta ou aquela outra a causa da doença, embora se apliquem com todo o rigor para sará-lo, a verdade é que ele é um doente de alma, um lesado de espírito, e, por conseguinte, seu grande e real medicamento está no sofrimento, está em compreender as causas e por elas tratar dos efeitos.
– Que lástima! – bramiu um dos companheiros.
E o Mensageiro ressaltou:
– O pior, entendam, é que dores, provas e expiações não constituem aquisição de valores hierárquicos, pelo simples fato de serem dores, provas e expiações. O sofrimento, quando obra de abnegação, de renúncia ou devotamento, pode elevar o espírito imensamente; quando, porém, se sofre por causa de crimes cometidos, o sofrimento é apenas de efeito disciplinar, pode trazer o reequilíbrio, mas nunca será aquisição nos domínios do Amor e da Ciência, a menos que, de permeio, converta o sofredor as provas e expiações em campos de estudo, em oportunidades de sérias observações e aquisições experimentais.
– Poucos sabem discernir assim, – interpôs o discípulo. – No plano carnal, a maioria pensa que sofrimento é, pelo simples fato de ser sofrimento, aquisição de valores hierárquicos. Ora, como pode ser que Deus, sendo em tudo PERFEIÇÃO, venha a distribuir dores e trevas, tormentas e expiações, sem ser por causa de transgressões, de rebeldia contra a Lei de Harmonia Universal? Não está escrito no Velho Testamento, e Jesus o trasladou para o Novo, que Deus quer caridade e não sacrifício?
Feito o seu discurso, o discípulo fitou o Mensageiro com ar indagador e o Mensageiro comentou:
– Dizem os nossos mentores, e a razão o consagra integralmente, que a NECESSIDADE tange o espírito, a mônada espiritual, desde que ela existe; e que vai ela tomando conhecimento disso, ou das leis de meio e necessidade, assim que se vai tornando consciente da Origem, do Processo Evolutivo e da Sagrada Finalidade. É um erro, portanto, confundir entre DOR e NECESSIDADE, somente porque elas quase sempre marcham paralelas na vida do espírito. A necessidade, para se transformar em dor, carece de ser elevada ao máximo grau, precisa de ser desprezada e aviltada. Em condições normais de vida e de movimentação evolutiva, a necessidade obriga a procurar o melhor, por meio do trabalho até mesmo agradável, sem tomar aspecto de sofrimento. E se alguém quiser levar a sério esta verdade, que se não esqueça da Lei de Deus e nem dos ensinos Daquele que a exemplificou; porque onde estiverem a Harmonia e o Amor, jamais a necessidade se elevará à condição de dor.
Como fosse chegada a hora de o Mensageiro ter outro serviço na pauta, uma vez terminada a sua peroração, convidou:
– O tempo que temos ao dispor é agora escasso; vamos transferir para este pobre irmão alguns recursos fluídico-magnéticos. Sintamos por ele verdadeira piedade, para que nossos fluidos se carreguem de elementos amorosos, obrigando-o a meditar profundamente nas coisas do Céu. Porque se ele, da parte da Lei de Equilíbrio, está merecendo obrigações de reequilíbrio, de nossa parte, irmãos em tudo, está merecendo cooperação nos propósitos em que se acha envolvido. Recordemos que ao culpado basta, para ser atormentado e obrigado a ressarcir, o peso de suas próprias culpas, não sendo necessário que outros irmãos, também agravados perante a Lei, venham a carregar ainda mais o pesado fardo. Piedade, muita piedade por todos os sofredores, principalmente por aqueles que se tornam penitentes.
Entramos todos a orar, vindo o ambiente a se transformar em azulino brilhante por causa da preponderância do discípulo, cujos fluidos de encarnado, que sendo muito mais densos, passam a predominar no ambiente. Pouco depois, entregando ao corpo do discípulo o seu agente espiritual, demos por terminado aquele trabalho.

Extraído do Livro:  MORAL, AMOR E REVELAÇÃO ebook adobe




Evangelho Eterno
e Orações Prodigiosas
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sábado, 23 de fevereiro de 2013

AOS QUE PROCURAM CULTOS DIVINISTAS EM BUSCA DE GRAÇAS DIVINAS,


AOS QUE PROCURAM CULTOS DIVINISTAS EM BUSCA DE GRAÇAS DIVINAS,
SOBRE SAÚDE E DEMAIS PRECISÕES.

Antes de mais nada, procurem conhecer as Verdades de Deus, Seus 10 Mandamentos, Seus Dons Mediúnicos, chamados Dons do Espírito Santo, ou Carismas Intermediários, e o Trabalho de Seus Anjos, que quer dizer Espíritos Mensageiros de Deus. É a Bíblia inteira que vos ensina DIVINAMENTE CERTO:

1 – EU SOU O SENHOR TEU DEUS, NÃO HÁ OUTRO DEUS.
2 – NÃO FARÁS IMAGENS QUAISQUER, PARA AS ADORAR.
3 – NÃO PRONUNCIARÁS EM VÃO O NOME DE DEUS.
4 – TERÁS UM DIA, NA SEMANA, PARA DESCANSO E RECOLHIMENTO.
5 – HONRARÁS PAI E MÃE.
6 – NÃO MATARÁS.
7 – NÃO COMETERÁS ADULTÉRIO.
8 – NÃO FURTARÁS.
9 – NÃO DARÁS FALSO TESTEMUNHO.
10 – NÃO DESEJARÁS O QUE É DO TEU PRÓXIMO.

Adentrem agora ao CONHECIMENTO DO SANTO MEDIUNISMO, mas através de Deus, por meio da Bíblia, e não de quaisquer outras fontes, de encarnados ou desencarnados. E o façam pensando na LEI DE DEUS, porque o FATOR FUNDAMENTAL, para o uso correto, é – LIMPEZA DE CONSCIÊNCIA:

             “Quem dera que o Senhor desse o Seu Espírito Santo e que toda a Carne profetizasse” – Números, 11, 29.
“Derramarei o Meu Espírito Santo sobre a tua semente, e a minha benção sobre a tua descendência” – Isaías, 44, 3.
“Derramarei o Meu Espírito Santo sobre toda a Carne, e vossos filhos e filhas profetizarão, vossos velhos terão sonhos e vossos jovens terão visões” – Joel, 2, 28.
“Porque para vós é a promessa, e para quantos estiverem longe, quantos o Senhor a si quiser chamar” – Atos, cap. 2.
“Porque a um pelo Espírito Santo é dada a palavra de sabedoria, a outro de ciência, a outro a fé, a outro o dom de curar, a outro a produção de maravilhas, a outro a profecia, a outro o discernimento dos espíritos, a outro as línguas diversas, e a outro as interpretações” – I Ep. Coríntios, cap. 12.
“Caríssimos, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque muitos já foram os falsos profetas que se levantaram no Mundo” – I Ep. de João, cap. 4.
“Deus não é de mortos, mas de vivos, porque aqueles que forem dignos da ressurreição, serão como os Anjos do Céu” – Mateus, cap. 22.
“Testificando também Deus com eles, por sinais, milagres, várias maravilhas, e Dons do Espírito Santo, distribuídos por Sua Vontade” – Hebreus, 2, 4.
“Antigamente, em Israel, indo alguém consultar a Deus, dizia assim: Vinde e vamos ao vidente porque ao Profeta de hoje se chamava então vidente” – I Samuel, 9, 9. Tradução: Ferreira de Almeida.
“E estes sinais seguirão aos que crerem: Expulsarão os demônios; falarão novas línguas; manusearão serpentes; bebendo potagem mortífera, não lhes fará mal; porão as mãos sobre os enfermos e os curarão” – Marcos, 16, 17.
           “Aquele que pecar contra o filho do homem será perdoado, mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo será réu da Justiça Divina” – Jesus em Lucas, 12, 10.

*            *            *

Por Deus, Moisés, os Profetas e Jesus, e a Bíblia inteira, a Lotação Humana Planetária seria um depósito de Grandes Dotados de Dons Intermediários, Videntes, Profetas, Médiuns ou quem fosse ligado aos Anjos, que quer dizer Espíritos de Deus, os Gabriéis da Bíblia inteira, os verdadeiros Autores dos Sinais Extras, ditos Milagres, atribuídos aos Patriarcas, Moisés, os Profetas, Jesus e seguidores.

Mas imundos clericalismos foram forjados por homens maliciosos, desejosos de poder sobre as gentes, forjando idolatrias, fingimentos, artimanhas, com vestes palhaças para iludir os ignorantes, e que foram perseguindo de morte os Dotados de Dons de Deus. E os filhos de Deus, sem Verdadeiros e Inconfundíveis Servos de Deus e Conjugados com as Legiões Espirituais foram caindo em erros, crimes, imoralismos, depravações, sodomismos e gomorrismos, e quantas sujidades mais possam ser imaginadas.

E Jesus e o Apocalipse previram, para os anos finais do II Milênio, o Dilúvio de Fogo e a Expulsão dos Cabritos, dos traidores das Verdades Bíblicas e Proféticas:

ü  Aprendam com Jesus, em Mateus, capítulos 24 e 25.
ü  E com o Apocalipse, capítulos de 17 a 22.

MAS O PRINCÍPIO OU DEUS O QUE IRIA FAZER?

Mandaria o Profeta Elias, entregar a Bíblia Final, o Seu Evangelho Eterno, prometido no Apocalipse, 14, versículos de 1 a 6. E os sobrantes do Dilúvio de Fogo e da Expulsão dos Cabritos, virão a ser do EVANGELHO ETERNO E ORAÇÕES PRODIGIOSAS, o que contém as mais PODEROSAS ORAÇÕES. E dentre as PODEROSAS ORAÇÕES, a ORAÇÃO A BEZERRA DE MENEZES, a que convoca as Legiões Espirituais Socorristas em Geral:

ORAÇÃO A BEZERRA DE MENEZES

             Nós Te rogamos, Pai de Infinita Bondade e Justiça, as graças de Jesus Cristo, através de Bezerra de Menezes e suas legiões de companheiros. Que eles nos assistam, Senhor, consolando os aflitos, curando aqueles que se tornem merecedores, confortando aqueles que tiverem suas provas e expiações a passar, esclarecendo aos que desejarem conhecer a Verdade e assistindo a todos quantos apelam ao Teu Infinito Amor.
Jesus, Divino Portador da Graça e da Verdade, estende Tuas mãos dadivosas em socorro daqueles que Te reconhecem o Despenseiro Fiel e Prudente; faze-o, Divino Modelo, através de Tuas legiões consoladoras, de Teus Santos Espíritos, a fim de que a Fé se eleve, a Esperança aumente, a Bondade se expanda e o Amor triunfe sobre todas as coisas.
Bezerra de Menezes, Apóstolo do Bem e da Paz, amigo dos humildes e dos enfermos, movimenta as tuas falanges amigas em benefício daqueles que sofrem, sejam males físicos ou espirituais. Santos Espíritos, dignos obreiros do Senhor, derramai as graças e as curas sobre a humanidade sofredora, a fim de que as criaturas se tornem amigas da Paz e do Conhecimento, da Harmonia e do Perdão, semeando pelo mundo os Divinos Exemplos de Jesus Cristo.

*            *            *

(Quem foi Bezerra de Menezes? Foi a última encarnação do Apóstolo Lucas, o Médico, o que escreveu um dos Evangelhos e o Inconfundível Livro dos Atos dos Apóstolos).


Nenhum traidor das Verdades Bíblicas e Proféticas ficará impune. Deus, Sua Justiça, Seus Dons, Seus Mandamentos e os Seus Anjos, os Espíritos Seus Mensageiros, jamais serão atraiçoados, para que os traidores fiquem impunes. Os anos finais do II Milênio mostrarão o Planeta em convulsões mortíferas e a Humanidade chafurdada em todas as marcas de mortíferas calamidades, de comportamentos hediondos.

Outra ORAÇÃO com poderes de fazer comungar com as Legiões Socorristas em Geral é a ORAÇÃO DOS PRETOS VELHOS. Deus é que ordenou Elias reencarnado, a fazer pensar nos mais Elevados Mentores Espirituais, sem jamais esquecer dos mais humildes de Seus Servos, os que limpam pessoas e residências, das influências dos espíritos – sofredores e dos malígnos:

Ao Sagrado Princípio do Todo invocamos, do mais íntimo de nossa Consciência, em sinal de reverência à Verdade, ao Amor e à Virtude, propositando cooperar junto às Legiões de Pretos Velhos, Índios, Hindus e Caboclos, para os serviços que são chamados a desempenhar na Ordem Doutrinária.

Ao Cristo apelamos, como Diretor Planetário e Senhor dos Sete Escalões em que se distribui a Humanidade Terrestre, composta de encarnados e desencarnados, desejando oferecer colaboração eficiente, de caráter fraterno, em defesa da Verdade e da Justiça, contra aqueles que, contrariando os Sagrados Objetivos da Vida, se entregam aos atos que contradizem a Lei de Deus.

Conscientes da integridade da Justiça Divina, afirmamos a mais fiel e intensa observância dos Mandamentos da Lei, conforme o Divino Exemplo do Verbo Exemplar, para todos os efeitos invocativos. Acima de alternativas constituirá barreira contra o Mal, em qualquer sentido em que se apresente, venha de onde vier, seja contra quem for, conquanto que, em defesa da Verdade, do Bem e do Bom.

Conseqüentemente, que aos bondosos Pretos Velhos seja dado refletir, em seus trabalhos, os sábios e santos desígnios daqueles que, traduzindo a Divina Tutela do Cristo Planetário, assim determinarem das Altas Esferas da Vida.

Que as legiões de Índios, simples, espontâneas e valorosas, sempre maravilhosamente ligadas à natureza exuberante, possam agir sob a direção benévola e rigorosa dos Altos Mentores da Vida Planetária. Lutando pela Ordem e pelo Bem, pelo progresso no seio do Amor, que tenham de Deus as graças devidas.

Que às numerosas legiões de Hindus, profundamente ligadas às mais remotas Civilizações do Planeta, formando portanto nas Altas Cortes da Hierarquia Terrestre, sejam concedidas pelo Senhor Planetário as devidas oportunidades, para que forcem, sustentem e imponham a Suprema Autoridade. Que nesta hora cíclica, em que a Terra transita de uma para outra Era, as Mentes humanas possam receber os eflúvios da Pureza e da Sabedoria, a fim de que sintam os Divinos Apelos do Cristo, em favor dos Santos Desígnios do Pai amantíssimo, que é a divinização de todos os filhos.

Que as legiões de Caboclos, humildes e bondosos, tão ligadas aos que peregrinam a encarnação, para efeito de expiações, missões e provas, a todos possam envolver, proteger e sustentar, desde que se esforcem a bem da Moral, do Amor, da Revelação, da Sabedoria e da Virtude, pois que, fora dessa Ordem Doutrinária, não há Evangelho.

*            *            *


Sendo o Livro EVANGELHO ETERNO E ORAÇÕES PRODIGIOSAS a Bíblia Final, prometida em Apocalipse, 14, 1 a 6, por Deus, é evidente que contenha, de Sabedoria Divina e Orações Prodigiosas, aquilo que não podem ter as montanhas de bibliotecas metidas a doutrinadoras. O rigor da Justiça Divina, tal como Jesus e o Apocalipse anunciam, provará isso aos que vierem a merecer os Ciclos Evolutivos, apontados no capítulo 21 do Apocalipse.


OSVALDO POLIDORO.


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ARTE PICTÓRICA


A mais sublime concepção humana sobre Deus, o Princípio ou Pai Divino, é o Divino Monismo – porque ensina que do UM tudo parte, no UM tudo é e movimenta, e no seio do UM tudo atinge a finalidade.

Seria horroroso ter de conceber um Deus antropomórfico, isolado de tudo e de todos, tirando a falsamente chamada Criação de uma cartola de mágicos, ou por meio de enigmas, mistérios, milagres, etc. Tudo isso já aconteceu em escala ampla, ainda acontece em escala mínima, porém as inteligências lúcidas partem para o Divino Monismo, a consciência da Unidade, a certeza de que Um Deus, Espírito e Verdade, Onipresente, Onisciente e Onipotente, que através de Suas Leis Regentes Fundamentais, oferece a Seus filhos, ou mais propriamente, centelhas emanadas, todos os recursos íntimos, todos os ambientes para agir, todos os elementos para colimar os objetivos.

O Princípio ou Deus, o Cosmo ou a chamada Criação Material e a chamada Criação Espiritual ou Anímica, eis o Mapa Diagramático que se oferece às inteligências amantes da Sabedoria e do Amor, os mancais da própria Onipotência Divina, para que, num processo de reversão, torná-las de novo conscientes da Divina Participação, isto é, integração vibracional total com o Princípio ou Deus.

ü  No Livro dos Princípios, de Visa Veda;
ü  Na gigantesca Obra Hermética;
ü  No Sublime Cântico da Imortalidade, de Crisna;
ü  No Velho Testamento, quando proclama o VÓS SOIS DEUSES;
ü  Na boca divina de Jesus Cristo, quando afirma que Deus é Espírito e Verdade, assim querendo que Seus filhos venham a ser;

Em tudo isso, caros leitores, está exposta a fundamental concepção Divino-Monista, aquela que surgindo em fugazes lampejos através de inteligências raras, no curso dos Ciclos e das Eras, terá de avançar e convencer todas as inteligências, transformando a Terra e sua Humanidade na Jerusalém Celestial de que fala o Apocalipse.

Sim, nada e nem ninguém é menos do que, de Deus ou do Princípio, parte e relação; e assim sendo, se cada partícula fizer bem a sua parte, cumprir bem a sua missão, tanto mais depressa reinará a felicidade em todos os corações.

O homem, ou ser humano, é peregrino da carne, mas não é peregrino do espírito e da Vida Total. Em outros rincões e noutros planos vibratórios, terá vida e desempenhará função na Ordem Universal. Cumpre que se compenetre, quer de sua Movimentação, quer de sua Finalidade; e, para isso, a Arte Pictórica concorre com sua parcela de fator construtivo.

Com inteligência sadia e olhos puros, tudo pode ser visto com olhos de Verdade e Inteligência de entender, como afirmou o Carpinteiro de Nazaré, para todas as gentes e todos os tempos.


OSVALDO POLIDORO.


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A SAGRADA E ETERNA SÍNTESE

PRINCÍPIO OU DEUS – Essência Divina Onipresente, Onisciente e Onipotente, que tudo origina, sustenta e destina, e cujo destino é a Reintegração Total. O Espírito e a Matéria, os Mundos e as Humanidades, e as Leis Relativas, retornarão à Unidade Essencial, ou Espírito e Verdade. Se deixasse de Emanar, Manifestar ou Criar, nada haveria sem ser Ele, Princípio Onipresente. Como o Princípio é Integral, não crescendo nem diminuindo, tudo gira em torno de ser Manifestador e Manifestação, tudo Manifestando e tudo Reintegrando. Eis o Divino Monismo.

ESPÍRITO FILHO – As centelhas emanadas, não criadas, contêm TODAS AS VIRTUDES DIVINAS EM POTENCIAL, devendo desabrochá-las no seio dos Mundos, das encarnações e desencarnações, até retornarem ao Seio Divino, como Unas ou Espírito e Verdade. Ninguém será eternamente filho de Deus, tudo voltará a ser Deus em Deus. Esta sabedoria foi ensinada por Hermes, Crisna e Pitágoras. Jesus viveu o Personagem Inconfundível de VERBO EXEMPLAR, de tudo que deriva do UM ESSENCIAL e a Ele retorna como UNO TOTAL. O Túmulo Vazio é mais do que a Manjedoura. (Entendam bem).

CARRO DA ALMA OU PERISPÍRITO – Ele se forma para o espírito filho ter meios de agir no Cosmos, ou Matéria. Com a autodivinização do espírito, ao atingir a União Divina, ou Reintegração, finda a tarefa do perispírito. Lentíssima é a autodivinização, isto é, o desabrochamento das Latentes Virtudes Divinas. Tudo vai aumentando em Luz e Glória, até vir a ser Divindade Total, União Total, isto é, perdendo em RELATIVIDADE, para ganhar em DIVINDADE.

MATÉRIA OU COSMO – A Matéria é Essência Divina, Luz Divina, Energia, Éter, Substância, Gás, Vapor, Líquido, Sólido. Em qualquer nível de apresentação é ferramenta do espírito filho de Deus. (É muito infeliz quem não procura entender isso).

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