CAPÍTULOS DA VIDA
O homem vive entre "porquês". O
"porquê" da vida, por exemplo, interessa a todos e freqüentemente nos
interrogamos sobre fatos com que deparamos e que nos deixam perplexos. A
Filosofia incumbe, sem dúvida, senão explicar cabalmente esses fatos, ao menos
apresentar possíveis explicações, hipóteses racionais, teorias razoáveis, etc.
Mas a Vida zomba desses esforços e os "porquês?" continuam a desafiar
respostas exatas. Nenhuma ciência pôde ainda informar convenientemente o homem.
O homem é o que é; mas, disso, conhecimento perfeito não tem. Tudo quanto lhe é
dado saber, por ora, tendo por acréscimo o soberbo contingente das revelações
espiríticas, não vai até poder afirmar estar de posse dos principais e
indiscutíveis conhecimentos.
Vejamos: que se poderia dizer de
justo, de insofismável, ao se ver um homem, jovem ou velho, sábio ou ignorante,
são ou doente, rico ou pobre, à margem de um regato, empunhando uma vara de
pesca? De onde vem, ao certo, aquela criatura? Que é em si, no rol das coisas e
dos seres? Qual o seu grau perante a infinita escala hierárquica das
personalidades? Em que ponto da escalada estará fadado a estacar? Existirá um
possível termo na senda dos escalões sem fim e sem número, desse turbilhão de
turbilhões de mundos e agrupamentos demográficos do infinito?
Extraído do Livro: AS MARGENS DO MAR MORTO
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