“Ninguém, de bom senso, perguntaria à ignorância o que fazer com a Sabedoria.”
As Verdades Divinas encontram se expostas na Sua Obra, na chamada Criação, no Cosmo; os efeitos é que demonstram as leis causais, e, portanto, somente o Universo dito Criado contém os elementos de Autoridade, para ser chamado o Livro Sagrado.
Aqueles leitores que se derem a confrontar as Bíblias da Humanidade, certamente que se o fizerem com honestidade mental, nelas encontrarão sentenças fundamentais, de par com elevada quantia de material inútil, de verdadeira carga de verdadezinhas transitórias ou já absolutamente obsoletas.
Como, por exemplo, a obrigação de cada espírito, de cada filho de Deus, é ir se tornando Espírito e Verdade, assim como Ele é, cumpre a cada um o dever de ir superando, em si mesmo, os grilhões sectários, formalistas, idólatras e pagãos, aos quais se tem sujeitado, no curso dos milênios, por falta de melhor visão da Obra de Deus, de que é parte e relação, queira ou não.
Uma das piores idolatrias é o culto da letra que mata; esta será a última a ser vencida!
Para esta idolatria, talvez a pior, passar, cumpre que a Revelação, a Palavra de Deus, venha a ser respeitada pelos filhos de Deus. Enquanto houver na Terra quem blasfeme do Instituto da Revelação, do Batismo de Espírito, não poderá a Terra, pela sua Humanidade, entrar no cômputo dos mundos felizes.
E quando vier a fazê lo, então a Bíblia de fato será o Cosmo, o único Livro Sagrado que é compatível com o Ideal Supremo, por abarcar este, em letras de vida, os motivos fundamentais que são a Origem, o Processo Evolutivo e a Sagrada Finalidade.
A Sagrada Finalidade é o Grau Crístico; é, através dos mundos, das formas e das verdades transitivas, atingir o Reino do Céu, que cada um tem dentro de si, e que não virá com mostras exteriores, Reino que é acima de mundos, formas e transições.
Se, portanto, tudo aquilo que é material e exterior deve ir sendo posto de parte, muito mais ainda devem ser colocados à margem os fanatismos que as letras têm causado, por causa das falsificações e das falsas interpretações. Nenhum documento bíblico atinge a pureza doutrinária dos Dez Mandamentos; e nenhuma vida pôde jamais assemelhar se à de Jesus Cristo, o Ungido que afirmou, no pórtico de Sua função messiânica, que nasceu para cumpri la e não para derrogá la!
Quem fala na Lei de Deus, por certo que fala em Moral, Amor, Revelação, Saber e Virtude; e quem faz questão de aprender com Jesus, que para isso foi apresentado pelo Pai como Divino Modelo, naturalmente observará que Ele foi a expressão viva daquelas cinco palavras doutrinárias fundamentais.
A Lei teórica em si, como a Lei viva em si, que é Jesus-Cristo, jamais teve tendências sectárias! A Lei veio pela Revelação; e Jesus Cristo não só foi o mais perfeito cultivador do profetismo, como foi o Delegado de Deus, o encarregado de derramar do Espírito sobre toda a carne!
O espírito da Lei é a Verdade! E Jesus Cristo sentenciou, de uma vez por todas, que a cada um cumpre viver a Verdade, depois de procurá la e conhecê la, a fim de, por ela, tornar se livre. De resto, como pode ser representante da Verdade, aquele que é escravo da mentira?
Dado o grau de cultura intelectual da Humanidade, é chegada a hora de irem findando na Terra os fetichismos em geral, mormente aqueles que parecem mais civilizados, que são os que passam por religiões; isto é, que são praticados em nome de Deus, da Verdade e do Cristo. Fanatismos que se estribam nas letras, homens fantasiados, paus e pedras, rituais e simulacros; tudo isso que não pode significar lucidez mental e doçura de coração deve ir findando, a bem da verdadeira civilização, a bem da cristianização da Humanidade!
Tal é o espírito desta obrinha, que por ser livro ou forma, tudo fica devendo ao Infinito dito Criado, para onde faz questão de remeter os seus leitores, para aí auscultarem a Sabedoria do Pai em letras Eternas, Perfeitas e Imutáveis. Porque, aquele que venha a assim proceder, simplesmente se tornará um bom filho de Deus, e um bom irmão de seus irmãos, jamais pensando que Deus seja especial para alguém, ou que alguém seja especial para Deus.
Resumindo, pois, diremos que a Bíblia dos Espíritas não pode ser um livro, não podem ser mil ou um milhão de livros; ela é o Sagrado Livro da Vida, de quem o Consolador é o Instrumento Informativo, como se encontra expresso no capítulo dezesseis de João, o Evangelista.
E para cultivá lo, que os interessados na Verdade se voltem para o capítulo quatorze, da Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, aprendendo a fazer sessões com os Apóstolos. Isto é, aprendendo a saber o que é o Espiritismo, o Consolador.
Osvaldo Polidoro
LIVRO DO PRINCÍPIO SAGRADO, DEUS OU PAI DIVINO |
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