Os Dez Mandamentos são o Código Divino e Jesus veio para vivê-lo e não para derrogá-lo, a fim de Se constituir o Divino Modelo. Só é cristão quem vive a Lei de Deus através dos Divinos Exemplos de Jesus Cristo.
O Primeiro Mandamento ordena adorar ao Único Deus, em Espírito e Verdade; o Segundo Mandamento manda não fazer imagem alguma para adorar; o Terceiro Mandamento determina que se não tome o nome de Deus em vão; os outros Sete Mandamentos dizem respeito à conduta entre irmãos, lembram a decência no trato social.
Para a Lei e para Jesus Cristo não existem religiões, mas sim verdades e virtudes para serem conhecidas e realizadas; e fora da Verdade e da Virtude nada de recomendável há perante Deus. Religiões, clerezias, fantasias, dogmas, simulações, sacramentismos, liturgias, engodos e comercialismos religiosistas, tudo isso representa caminhos que conduzem às trevas, onde há pranto e ranger dos dentes.
Portanto, generalizando altos e baixos, vamos defrontar este questionário:
Estarei vivendo os Mandamentos da Lei de Deus, conforme os Divinos Exemplos de Jesus Cristo?
Sabendo que o Espiritismo é a Restauração do Batismo de Espírito ou Revelação Generalizada, estarei dando o devido testemunho, ou terei receio de dizer, em qualquer lugar, que sou espírita?
Eu, que vivo pedindo tudo a Deus, a Jesus e aos Mentores Espirituais, tenho a devida dignidade de afirmar, no Recenseamento, que sou espírita?
Eu, que tanto falo em Deus, na Lei e no Cristo, ainda vivo dobrando os joelhos diante de homens fantasiados, de paus e de pedras, ou comprando simulações e idolatrias?
Eu, que sei muito bem, que a Paz de Deus somente deriva de viver a Verdade e a Virtude, tenho a devida coragem moral para dizer isso, quando me convidam para mancomunar com sacramentismos inventados por homens, simulações e idolatrias, ritualismos e outras formas de paganismos?
Eu, que sei serem as religiões as pervertedoras das Grandes Revelações Iniciáticas, por serem as quitandas de homens despudorados e idólatras, politiqueiros e paganizados, de modo geral contraditores da Lei e do Cristo, ainda vivo dizendo que todas as religiões são boas?
Como governador ou governado, fiscal ou fiscalizado, mestre ou aprendiz, patrão ou empregado, superior ou inferior, tenho agido e ajo conforme os Mandamentos da Lei e os Divinos Exemplos do Cristo Planetário?
No claro ou no escuro, em público ou ocultamente, como encaro a mãe, a filha, a esposa ou a irmã do meu próximo? Sendo mulher, como ajo, correspondentemente para com os maridos, filhos, irmãos e pais?
Na hora de vender alguma coisa, procuro lembrar que o comprador é meu irmão e não deve ser explorado?
Na hora de comprar alguma coisa, tenho sempre em mente que ninguém tem o direito de ser caloteiro?
Posso afirmar, perante Deus, que sou exemplar em minhas funções de filho, marido, pai, irmão, amigo e companheiro?
Posso, como cristão, gastar dinheiro em jogatinas, bebedeiras, vícios e futilidades, deixando faltar o necessário, para mim e para meus familiares e dependentes?
Sabendo que a Liberdade Espiritual deriva de VIVER a Verdade e a Virtude, estarei em condições de afirmar, perante Deus, que não firo a Verdade e a Virtude frontalmente, nem mesmo por aquelas capciosas tangentes, aquelas variantes que parecem legais ou desculpáveis?
Aparentando perdoar o errado, não andarei cometendo o crime de endossar e propagar contradições à Lei e aos Exemplos de Jesus Cristo?
Fingindo ser COMPREENSIVO, não estarei traindo o dever de dizer as verdades que deveriam ser ditas, na hora justa?
Em muitas ocasiões, diante de condições e situações tais, não andarei atraiçoando a Moral, o Amor, a Revelação, a Sabedoria e a Virtude, assumindo a triste postura do covarde, sob o pretexto de ser tolerante para com as faltas alheias?
Costumo dobrar o espinhaço diante dos grandes do mundo, para me levantar como fera diante dos pequeninos do mundo?
Costumo dizer aos outros que confio em Deus e no Cristo, sem perguntar a mim mesmo se estou em condições de merecer a confiança de Deus e do Cristo?
Sabendo eu que o Bolso, o Estômago, o Sexo, o Orgulho e o Egoísmo, são as feras que devemos procurar controlar, a fim de podê-las dominar, viverei de fato bem a tão elevado ministério?
Convindo em que seja eu errado ou falho, em matéria de Verdade e de Virtude, deverei por isso deixar de recomendar a Verdade e a Virtude, como únicos instrumentos de Libertação Espiritual?
Será que eu tenho duas caras, uma para afirmar a Verdade e a Virtude diante dos semelhantes, durante as reuniões e conversas, e outra para contradizer a Verdade e a Virtude, longe dos olhos alheios?
No amanhã, quando desencarnar, sentirei alegrias ou remorsos por causa dos atos cometidos durante a peregrinação pela carne?
Sendo a Sagrada Finalidade da Vida, ser o espírito acima de mundos, formas e transições, tenho o direito de perder as oportunidades que a Vida e as circunstâncias oferecem, para vencer a tudo que seja mundo, forma e transição?
Se o Pai Divino quer que Seus filhos venham a ser Espírito e Verdade, como Ele o é, como deverei qualificar a minha conduta, quando em alguns matizes do mediunismo, posso participar de rituais, salamaleques, fumos, bebidas, pólvoras e outros tantos ingredientes e gestos inferiores?
De qualquer modo, em se tratando da Revelação ou comunicação de anjos, espíritos ou almas, ficará bem a mim recorrer a expedientes que não combinam com aqueles que foram exemplificados por Jesus Cristo?
Sendo a Lei de Deus e o Divino Exemplo do Cristo para encarnados e desencarnados, fica-me bem deixar de dizer a Verdade, quando espíritos comunicantes, por serem inferiores, dizem coisas erradas e querem impor ritualismos, formalismos e modos paganizados?
Estarei bastante consciente, em matéria de VERDADE, SABEDORIA e VIRTUDE, para presidir com AUTORIDADE a um trabalho mediúnico, mais ou menos naqueles moldes que se encontram expostos no Livro dos Atos, capítulos um, dois, sete, dez e dezenove?
Sabendo que Paulo foi o melhor dos Apóstolos, sobre as exposições mediúnicas e modo de cultivo da Revelação; sabendo que na Primeira Carta aos Coríntios, capítulos doze, treze e quatorze, expôs o sistema de reunir que era o dos Apóstolos; sabendo isso, repito, deverei achar que aquilo é tudo em matéria de cultivo da Revelação?
Sabendo que Profeta ou Médium quer dizer a mesma coisa; sabendo que todas as Bíblias da Humanidade foram vindas através de fenômenos teofânicos ou mediúnicos; sabendo isso, repito, deverei ficar adorando as Revelações Antigas, para ficar atirando pedras nas Revelações Modernas?
Devo considerar que Jesus Cristo disse tudo quanto tinha para dizer?
Devo considerar que Kardec deixou a sua obra restauradora completa?
Posso garantir o que haverá, daqui a dez mil anos, de entrelaçamento entre os dois planos da vida, pela evolução havida no campo mediúnico?
Devo negar que os religiosismos que medram pelo mundo, passando por Religião, são menos do que os restos de macaquismo que ainda se fazem notar nos terrícolas?
Poderei afirmar em que tempo no futuro, os restos de macaquismo que passam por Religião terão passado, para dar lugar ao verdadeiro culto de Deus em Espírito e Verdade?
Se eu sei que somente a VERDADE e a VIRTUDE podem me encaminhar à adoração de Deus em Espírito e Verdade, por que é que, em determinadas circunstâncias, devo usar mal o relativo direito de livre arbítrio, para deixar de parte a VERDADE e a VIRTUDE, em benefício de atos simiescos que passam por Religião?
Devo afirmar que Deus, sendo Onipresente, sendo Lei e Justiça, olhe mais para meus exteriorismos religiosistas e menos para as minhas obras para com os meus irmãos em Origem, Processo Evolutivo e Sagrada Finalidade?
Disse Jesus, por ventura, verdade mais completa do que aquela que afirma ser Deus Espírito e Verdade, assim querendo que Seus filhos venham a ser?
Eu conheço todas as tramitações, em matéria de Origem, Processo Evolutivo e Sagrada Finalidade, para afirmar com inteira sabedoria, sobre tudo quanto exista de realidade, no seio da Escalada Biológica?
Pelo fato de ter que vir a ser acima de mundos, formas e transições, ou Espírito e Verdade, tenho o direito de ser contra tudo quanto é mundo, forma e transição?
Qual a diferença que existe entre ser escravo do que é mundo, forma e transição, e saber usar a tudo isso, sem a isso me escravizar?
Sabendo eu que o Sagrado Princípio me oferece leis e elementos, não porém a elaboração da VERDADE e da VIRTUDE realizadas no meu íntimo, como deverei proceder, para realizar a VERDADE e a VIRTUDE em mim, sem ser pelo trabalho?
Tenho o direito de achar que o trabalho seja um sacrifício, como observo que muitos o fazem?
Entre a VERDADE, a VIRTUDE e a DOR, qual delas é apenas punição pelas obras más, para serem as outras, exclusivamente, as que santificam o filho de Deus?
Por motivos realmente atávicos, sei que pratico e tenho tendências a praticar atos ritualistas, gestos simiescos, cerimônias grotescas, idolatrias e simulações paganizadas; sei, entretanto, que deverei vencer tudo isso, para ingressar na esfera de culto superior da VERDADE e da VIRTUDE, que é como se adora em Espírito e Verdade; porém, posso garantir a mim mesmo e ao próximo que me esforço para isso?
Já não é fácil pensar certo e justo; porém, é muito mais fácil pensar certo e justo, do que viver realmente certo e justo; e depois de saber isso, que vivo eu fazendo, em matéria de VERDADE, SABEDORIA e VIRTUDE?
O Reino do Céu, como Jesus ensinou em palavras e atos, é de ordem interior; só se pode desabrochá-lo vivendo a Lei de Deus, que significa a MORAL, o AMOR, a REVELAÇÃO, a SABEDORIA e a VIRTUDE; por que motivos, então, ainda vivo a cultivar ritualismos ridículos, simulações e paganismos, embora disfarçados com o nome de Deus, da Verdade e do Cristo? Que me falta, em matéria de idoneidade moral, de dignidade espiritual, para dar o testemunho que devo, em meu benefício e a bem da evolução dos meus semelhantes?
Sabendo eu que não devo transformar as coisas da fé em meio de vida, pelo fato de saber que disso tem derivado o atraso humano, o massacre da evolução humana, o retardamento da moralização dos costumes, a perpetuação dos cerimoniais pagãos; sabendo isso, repito, por que endosso tais práticas nos outros, acompanhando-os em seus erros?
Sei que Deus, sendo divinamente interior a tudo e a todos, observa em secreto os cérebros e os corações, para aquilatar e recompensar pelas obras sociais de Seus filhos; sei que Deus nunca pediu adorações, babujas, lambeções e mil e um gestos paganizados e ridículos, muito bem convertidos em vergonhoso comercialismo por certos agrupamentos despudorados; entretanto, por que me entrego a tantas dessas erradas práticas, por mim mesmo e pelos meus semelhantes também errados, em lugar de viver decentemente cultivando realmente a VERDADE e a VIRTUDE?
Por que, meu Pai Divino, é tão difícil vencer o homem simiesco e apalhaçado, em benefício do homem SÁBIO e VIRTUOSO?
Por que, Jesus, Verbo Modelo, ainda queremos ficar tanto com aqueles que Te perseguiram, judiaram e crucificaram, por serem inimigos da MORAL, do AMOR, da REVELAÇÃO, da SABEDORIA e da VIRTUDE?
Ora bem! Se eu sei que é por falta de melhores brios, por que não arranjo um pouco dessas coisas e não procedo conforme devo proceder? Ou deverei pensar que transformaremos a Terra em um mundo realmente cristão, negligenciando sobre os problemas da VERDADE e da VIRTUDE?
Quando é que estou realmente em função religiosa - é quando participo de uma reunião, dentro de um templo ou casa dita de oração, onde todos podem tomar as aparências de muita santidade postiça, ou é quando no trato social cumpro com os Mandamentos da Lei de Deus?
O médico deve entender de medicina; o carpinteiro deve entender de carpintaria; o pedreiro deve entender de alvenaria; mas os papas, os sacerdotes, os escribas e os fariseus daqueles dias, nada entendiam de Espiritualidade, tendo pregado o Cristo na cruz. E os de agora entendem, por ventura?
Dizem que todas as religiões são boas; afirmam que todas ensinam o bem; proclamam que todas endereçam a Deus; então, quem é que atira tantos religiosos nos abismos da subcrosta? Entretanto, poderá alguém dizer que praticou os mandamentos da Lei e foi parar nas trevas? Ou poderá alguém afirmar que a Lei de Deus manda ter esta ou aquela religião?
Para viver a Lei de Deus, que é MORAL, AMOR, REVELAÇÃO, SABEDORIA e VIRTUDE, precisa alguém ter o seu sectarismo religiosista?
Antes de Jesus Cristo vir ao plano carnal, já haviam passado pela carne dezenas de Grandes Iniciados; quando Jesus Cristo veio, o mundo estava empanturrado de religiões; entretanto, vede bem, nasceu numa manjedoura, foi expulso do templo, foi perseguido pelos clérigos, foi preso por ordem dos clérigos, foi julgado pelos clérigos e por eles mesmos foi assassinado. Como devo pensar sobre tudo isso?
Jesus Cristo completou a Sua função, naqueles dias, ao retornar em espírito e derramar do Espírito sobre a carne, como está escrito nos Atos, capítulos um, dois, sete, dez e dezenove; porque para isso Ele veio ao plano carnal, além de viver a Lei de Deus, para se constituir o Modelo a ser igualado; por que, então, deu-se o Batismo de Revelação longe das religiões, do templo e dos clérigos?
Jesus proclamou que aquele que com Ele não colher, por certo estará desperdiçando; e um dia, tomando consigo a Pedro, Tiago e João, foi ao Monte Tabor, para testemunhar, perante Moisés e Elias, que os espíritos são imortais e comunicantes. Que espécie de colheita fazem as religiões, que blasfemam dos ensinos teóricos e práticos de Jesus Cristo?
Será que eu tenho o cérebro lúcido e o coração cheio de bondade, ou será que estou apenas forrado de simulações religiosistas, essas coisas infernais que atiram as almas nos abismos de treva, onde há pranto e ranger dos dentes?
Se Jesus Cristo não se entregou aos manobrismos de Caifás e Anás; se não perfilhou as escabrosidades do Sinédrio nem aos malabarismos políticos do farisaísmo; se, pelo contrário, foi parar nas ruas e praças, campos e desertos, a estender aos pequeninos do mundo as dádivas de quem tinha os anjos, espíritos ou almas subindo e descendo sobre Si, que faço eu, quando participo de simulações religiosistas?
Se Deus não faz discursos, porque Sua Divina Linguagem é a ORDEM DOS FATOS, por que chamo eu Livro Sagrado aos escritos que estão empanturrados de erros, de infantilidades, de adulterações, de tudo quanto prova a imperfeição humana?
Por que, meu Deus, sinto tanta facilidade em fazer discursos em torno de temas bíblicos, enquanto sinto que sou incapaz de viver os Mandamentos da Lei?
Por ser difícil viver a Lei de Deus, que é Moral, Amor, Revelação, Sabedoria e Virtude, os homens inventaram clerezias, vestes fingidas, simulações, sacramentismos, idolatrias e mil e um manobrismos capciosos; e até quando isso irá acontecendo?
Dispensaria Deus, que a tudo comanda através da LEI DE EQUILÍBRIO, os atos de VERDADE, SABEDORIA e VIRTUDE, para aceitar os macaquismos que os terrícolas fazem ainda questão de cultivar, a pretexto de adoração?
Afirmou Salomão que vale mais um homem BOM do que vinte homens JUSTOS; tendo vindo Jesus Cristo, que morreu na cruz perdoando Seus algozes, observou que BOM só Deus o é. Como me sentiria eu, se me quisessem dar o título de “Santidade Infalível”?
Disse-me o Senhor, que de maneira alguma poderá ser o responsável pelos atos particulares de Seus comandados, por ser a LEI DE EQUILÍBRIO de absoluta competência do nosso Pai Divino; quando virão os comandados de Jesus Cristo a entender isso, facilitando a Divina Tarefa de Jesus e resolvendo, assim, da melhor maneira os problemas concernentes ao Processo Evolutivo, que tem por Finalidade entregar o filho de Deus no regaço do Grau Crístico?
Recebi, num plano azulino-doirado, frente aos Imediatos do Cristo Planetário e das mãos do Cristo Planetário, a ordem de organizar a BÍBLIA DOS ESPÍRITAS e O NOVO TESTAMENTO DOS ESPÍRITAS; ordenou o Divino Mestre, que os livros fossem amorosos no CONVITE e rigorosos na ADVERTÊNCIA. Quem os quererá entender e viver, a bem da redenção da humanidade?
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