DIVINA SIMPLICIDADE – A Lei foi entregue à consciência de cada filho de Deus, e somente a Justiça Divina o julgará, em secreto, em tempo certo. O Verbo Modelo deixou o exemplo de tudo que deriva de Deus, seja Espírito ou Matéria, e a Deus um dia retornará, como Espírito e Verdade, e ninguém com Ele poderá jamais discutir, porque Seu advogado chama-se Justiça Divina. Capítulo I DO GÊNESE AO APOCALIPSE

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terça-feira, 30 de junho de 2015

O CÉU MARAVILHOSO - Capítulo VIII

Capítulo VIII




As criaturas de maior porte hierárquico, por isso mesmo impressionam aos de menor evolução. Atraem, porque a superioridade não contém um sentido de orgulho ou de ostentação, mas sim de simpatia e de benéfica absorvência. É muito humano no sentido terreno, dizer que os grandes espíritos se diminuem, para não ferir ou acanhar aos que lhe estão abaixo na escala dos valores espirituais. É falso, é contraproducente e é de má estratégia, pois o Reino de Deus deve ser exposto pelos Seus filhos mais capazes, e isso tem que ser feito, em tom de convite, em termos de modelagem e de imitação. A verdadeira superioridade é reflexo do Céu e para o Céu atrai ou encaminha. E eu jamais soube de um espírito, dos planos inferiores, que vendo e gozando a companhia de um superior, ou até mesmo muito superior, que com isso se tornasse complexado ou ofendido. Pelo contrário, o que acontece com todos, é o sentido de convite ao crescimento em termos de Verdade, Amor e Virtude, pois só assim a tanto se chega, e para chegar todos fomos emanados.
Quando aqueles irmãos que por ali se encontravam viram a caravana que acompanhava minha mãe, foram se aproximando, curiosos e observadores. E minha mãe fez sinal a todos, para que se aproximassem e falassem, como quisessem e soubessem. E foi interessante, porque os poucos que tiveram coragem de falar, pediram atenções e explicações, com ares de quem se vê com seus direitos esquecidos. Isto é, sempre a mesma cantilena: Deus ou alguém por Ele, responsável pelo mal dos que não fizeram o Bem!
Ela deu-lhes atenção, mandou que ficassem perto, um por um, e depois de ouvir uma trintena deles, disse-lhes assim:
Meus queridos irmãos, todos nós arrastamos conosco as cargas do passado, a nossa própria história, em bens e males. É evidente que, pelos bens levados a cabo, não é que estamos vivendo em planos inferiores. Se assim fosse, poderíamos julgar em erro a Justiça Divina.
Fez uma pausa longa, olhou bem ao redor, sentiu que todos compreenderam, e com infinita ponderação convidou-os:
Queridos, vamos compreender que a Luz e a Glória de nossos Altos Chefes e Administradores surtem de dentro deles para fora, não são favores de Deus, pois em Deus não existem particularidades. Vamos tratar de viver para a Bondade e para a Honestidade, entre nós irmãos, pois foi assim que outros pequeninos se fizeram grandes. Vamos deixar de olhar muito para fora, reclamando direitos, e vamos entrar para dentro de nós mesmos, a fim de estudar onde estão os nossos pontos fracos, onde se encontram as nossas deficiências, para as combater com afinco.
Dentre eles avançou um irmão de porte físico ou perispirital majestoso, com barbas muito bem cuidadas e vestes clericais também, que lhe pediu:
Deixo, bondosa irmã, em suas mãos, o meu pedido: queria visitar a Terra Santa, pelo menos uma vez mais, antes de ter que rumar para qualquer atividade, aqui ou em outro departamento.
E foi esse pedido que, dias depois, sendo atendido, levou-nos à Palestina. E foi a minha primeira viagem à crosta, bem poucos dias depois da minha desencarnação. Foi para mim um presente do Céu, porque eu nunca sonhara, em minha vida carnal, que um dia poderia ver a terra sobre a qual Jesus peregrinara, aquelas terras fisicamente miseráveis, e que deram ao mundo as maiores semeaduras e colheitas espirituais, pois ali semearam os Patriarcas, Moisés e os Profetas, para Jesus colher o que colheu, e fazer, de Sua parte, por Sua vez, a semeadura que todos os milênios porvindouros hão de colher, até a consumação evolutiva do planeta.
Foi imensamente gloriosa a viagem, porque o Céu cedeu a bons pedidos, e almas de grande porte hierárquico vieram, formando na comitiva. Embora adensados em seus revestimentos perispiritais e radiantes, mantinham aquela magnitude que é a característica dos grandes de fato, porque grandes por dentro e não por fora, como acontece com os fantoches do mundo, com os petulantes que se acreditam donos de doutrinas, religiões e, portanto, metidos a juízes e fiscais de seus irmãos.
É um gozo para o espírito estar em contato com tamanhas simplicidades, bem assim como ter a certeza de que, mais cedo ou mais tarde, também por essas alturas planaremos, e muito mais, como eles afirmam, porque todos somos Cristos ou Unos em elaboração.
Sobre a Palestina a comitiva parou, e o maior em hierarquia e em simplicidade falou a todos:
Lembrem-se, irmãos, de que estamos diante de um cenário terrestre historicamente muito falado, porém espiritualmente muito marcado, como lugar de martírios e de expiações atrozes. Para nós, observando os fatos de cima para baixo e não de baixo para cima, encarecemos as remotas etapas da humanidade terrestre, onde repontaram almas de raro esplendor, desde muito antes do período Búdico-Védico, e atravessando os ciclos Zoroastrinos, Herméticos e Patriarcais de antes do grande cataclismo, vieram dar nos posteriores Patriarcas, em Moisés, nos Juízes, nos Profetas, em Orfeu e Pitágoras, para culminar com Aquele cujo Reino de Verdade, Amor e Virtude, nunca passará, porque assim como o Código de Conduta não poderá jamais passar, também a Divina Modelagem não passará.
Fez uma breve pausa e concluiu o seu aviso:
Não se esqueçam, também, de que estas poucas Realidades Básicas constituem a Matriz Doutrinária: O Emanador e a Emanação, o Espírito e a Matéria, as Leis Regentes do Cosmo, a Lei Moral Regente da Emanação Anímica, a Divina Modelagem do Espírito Uno e o Sagrado Ministério da Revelação que Adverte, Ilustra e Consola.
Houve nas alturas um som profundo, como eu não seria jamais capaz de descrever, e ficando todos nós a observar o que seria e de onde partiria, fomos notando a formação de um Sol Divino, direi de uma concentração de Divinas Luzes, e que aos poucos foi tomando a forma de um imenso ajuntamento de seres gloriosos, que vinham lentamente na nossa direção. E quando chegaram perto de nós, do centro daquela maravilhosa parada celestial, um Divino Foco destacou-se, formando um Olho de Luz ainda mais Divina, que ganhava expansão, que crescia e tomava o tamanho do Infinito, envolvia tudo e de modo como eu não sei explicar. Depois, o Olho Divino tornou a ficar como era no começo, e de dentro d’Ele saíram primeiramente os olhos de Jesus Cristo, depois a cabeça maravilhosa, depois formando-se para baixo, até ficar completo. E foi então descendo, vindo bem para junto de nós, tal e qual como quando viveu encarnado, um Divino Homem, todo candura e simplicidade, todo ternura e gravidade.
A impressão que causava era tremendíssima, mas a irmandade que irradiava era um convite ao Seio Divino, que Ele simplesmente representava e representa, e isso nos comunicava o direito de chegar junto d’Ele, falar, perguntar, tocar nas Suas vestes, que eram como as que vestiu na maioria dos dias, uma túnica opalina e um manto carmesim.
E foi no seio daquela festa celestial que descemos ao chão do local em que o Divino Molde nascera, para ali ouvir palavras Suas, palavras que, ao se reportarem a Maria, fizeram nossos olhos se encherem de lágrimas escaldantes, porque a Senhora Eleita chegou-se, em companhia de tantas outras mulheres gloriosas, que eu quero chamar de Marias, em sinal de reverência à Mãe Maior e a todas as mães do Infinito e da Eternidade, esses Anjos Guardiães de seus filhos, dos filhos de Deus que elas, também filhas d’Ele, com elevação de ternura tanto sabem cuidar.
E a caravana celestial crescia, aumentava, porque de todos os lados vinham se achegando legiões de almas, algumas brilhantes, outras menos brilhantes, porém todos maravilhados, ansiosos, frementes, lagrimosos até o êxtase. E marchamos ao local do batismo de Jesus, e ouvimos a fala que ali houve, sobre ser Ele o Celeste Modelo e derramador do Espírito sobre toda a carne. Não foi apenas o que deixaram os compiladores, foi mais o que disse o Céu, por um Seu Mensageiro, para indicar o Cristo encarnado entre os homens. Chegou-se João Batista, e foi de estremecer o que aconteceu, quando se abraçaram, porque houve um verdadeiro dilúvio de Luz Divina.
Fomos dali ao Tabor, ao local da Transfiguração, e vimos um espetáculo glorioso e interessante, porque João Batista transformou-se nos três, Moisés, Elias e ele mesmo. Era três e era um, e com a chegada ou apresentação de João Evangelista, Pedro e Tiago Menor, completou-se o quadro glorioso. Era um oceano de maravilhas celestiais, e rumamos para o Monte das Oliveiras, o local do Sermão da Montanha, e ouvimos, como que brotando das entranhas da Terra, aquelas sentenças imortais.
Dali fomos ao local da Última Ceia, e revimos tudo de modo bem diferente, pois a mesa não era como agora as temos, mas uma tábua posta no chão e coberta com uma toalha de tom róseo, e as conversas foram ouvidas, e o pão e o vinho repartidos, mas com palavras bem diferentes, pois Jesus mandou comer do mesmo pão e beber do mesmo vinho, em Sua memória e em sinal de fraternidade, nada mais.
Fomos a seguir ao Calvário, e houve um constrangimento terrificante, fato que comoveu tanto a Grande Mãe e suas maravilhosas companheiras, e os poucos homens discípulos e amigos, que Jesus passou de leve a mão divinal pela frente, e tudo desapareceu como que por encanto. Maria abraçou o seu querido filho, com tamanha ternura e banhada em lágrimas, que todos ficamos entregues a momentos de tortura e de alegria, um misto de Céu e de dor, coisa que se não pode descrever.
E a caravana celestial rumou para o Túmulo Vazio, e vimos a maravilhosa ação dos Altos Mensageiros, coletando ectoplasma e fluidos ambientais, principalmente elementos extraídos de vegetais, e adensando e formando membros, deslocaram a tampa e ficaram olhando para o corpo, que se via envolto em dois lençóis, um apanhando de preferência a parte superior do corpo, e o outro a parte inferior. E quando três deles olharam para o Alto, fendeu-se o Céu e um Sol Divino desceu, e do seu seio surgiu aos poucos a figura de Jesus, todo Luz e Glória. Ele entrou assim no corpo, todo Luz e Glória, e vimos uma parte transformar-se em vapores e gases, e depois em luzes de tons azuis, solferinos e avermelhados, para logo mais tudo se mostrar apenas como Jesus era, um Sol Divino a irradiar Verdade, Amor e Virtude.
Quando Jesus subiu um pouco acima, vimos a coisa mais brilhante e gloriosa, a formação dos Escalões Imediatos, o comparecimento dos Grandes Iniciados e Instrutores, tudo formando uma Corte Divina, tendo ao centro o Modelo Divino, que com o Seu esplendor atingia tudo no planeta, para baixo e para cima, a crosta e os interiores, e os exteriores ou faixas cada vez mais brilhantes e gloriosas.
Fomos por fim ao local do Pentecostes, da Generalização da Revelação. Vimos um acontecimento que começou com a comunicação de alguns Espíritos Santos ou Mensageiros, e que foi aumentando, até atingir amplidão apreciável. Vimos como que um quadro dividido em quadros, com os seguidores de Jesus viajando pelos diferentes lugares, falando e impondo as mãos, fazendo comunicar espíritos que davam testemunho de Jesus, que curavam e consolavam os presentes.
Depois vimos Roma, os sete montes, os dois dragões e as duas bestas, e com isso o massacre do Batismo de Espírito e o levantamento de idolatrias, comércios de formalismos, sangueiras inquisitoriais, políticas hediondas, trevas, muitas trevas e muitos horrores, até que um manto cor de chumbo foi cobrindo a paisagem terrestre, foi preparando campo a brutalismos e trágicos acontecimentos vindouros.
Quando tudo aquilo sumiu, e pudemos ver de novo o local onde estávamos, Jesus estava bastante acima e afastado lateralmente, de mãos dadas com Moisés, tendo ao redor multidões celestiais. E Sua palavra ecoou, dizendo:
Depois de tudo isso, que bem avisamos aconteceria, importava que os tempos fossem cumpridos e que a hora da reposição das coisas no lugar chegasse. Como a Lei é impassável, como a minha Modelagem é impassável, tudo se resumia em repor no lugar o Batismo de Espírito, a Revelação Generalizada. Para isso, Elias reencarnaria e arrastaria consigo as Legiões Mensageiras, e como seria a renovação da Doutrina do Espírito da Verdade, teria que ter o nome de Espiritismo.
Relanceou os olhares meigos e penetrantes sobre as multidões que O ouviam, e concluiu:
Cristianismo é Verdade, Amor e Revelação. A Verdade vaza-se pela Lei, porque através dela o Pai fala por Si mesmo; o Amor fala por mim, porque vos amei a custa de todos os sacrifícios; e a Revelação será instrumento de advertência, ilustração e consolo, assim como vos prometi que seria.
Houve um sinal na imensidão de Luzes e Glórias e Jesus, levantando a cabeça, recebeu um jato de Luz Divina impossível de ser descrito, e atendendo ao Seu chamado, primeiro envolveu a todos com o Seu amoroso olhar, depois deixou Moisés tomar o lugar dos dois, e, tendo havido um como relâmpago que inundou a Terra e os Céus de brilhantíssimos dardos de Luz Divina, daquela Luz acima de todas as cogitações, foi subindo, subindo, e com a subida transformando-Se num Sol Divino, até sumir naquele Infinito de Luzes e Glórias.
Havia lágrimas em todos os olhos, divinas lágrimas, e como tudo aquilo forçava a não tirar os olhos do Infinito Glorioso, eis que do Infinito foi surgindo o Olho Divino, aquela Divina Manifestação do Princípio Sagrado, e tudo e todos baixamos os olhos em sinal de reverência. Recebemos, ou cada qual recebeu, segundo suas possibilidades de assimilação, alguma coisa de celestial e indefinível graça, e até mesmo palavras ou manifestações inteligentes, e estas diziam que Ele é o Senhor Total, o Interior e o Exterior, o Emanador e a Emanação, e que as Suas Glórias e Poderes estão ao dispor de todos os Seus filhos, e que pelos seus esforços individuais a isso devem chegar. Creio que todos ouvimos, e perfeitamente, quando Ele disse que é Onipresente, Onisciente e Onipotente, e que assim age através de Suas leis Eternas, Perfeitas e Imutáveis, tomando características de manifestação individualizada, onde e quando quiser, através de Seus filhos Unos ou Verbos.
E quando, com os olhos ardentes, queimando como tocados pelo Fogo Divino, acreditamos que tudo se apagaria naquele Divino Oceano de Luzes e Glórias, vimos que o Olho Divino cresceu, tomou conta do Infinito, penetrou tudo e todos, e com isso aconteceu o que pareceria impossível, porque de dentro d’Ele, que estava dentro e fora de tudo e de todos, os Seus filhos Verbos foram saindo, enchendo o Infinito, formando uma Corte Crística que comandava mundos e humanidades. Eles estavam juntinho a nós, divinamente simples, meigos, potentes e gloriosos, sorrindo e dizendo que em princípio todos somos iguais, tendo a mesma Origem e devendo atingir o mesmo glorioso fim.
Depois todos envolveram, ou assim me pareceu, a Moisés, e davam-lhe cumprimentos. Eu sei que assim foi, e digo que assim me pareceu, porque era um Infinito de Luzes e Glórias, Cristos e criaturas já altamente divinizadas, que não sei como poderiam estar naquele lugar. Assim como nós víamos, parece que sem ser pelos olhos, assim também tudo aquilo de multidões cabiam, movimentavam e festejavam o glorioso acontecimento, sem haver aperto ou limitações.
Ao cabo de momentos, o Céu pareceu subir, e a Corte Crística subiu ou foi para os planos intermundos, e Moisés ficou naquele lugar de comando, brilhante como um Sol Divino, ou como diz o Apocalipse, semelhante ao Filho do homem, para guiar tudo com vara de ferro, ou com mais rigor de Justiça, em virtude da maioridade da humanidade terrestre, que será atingida depois do dilúvio de fogo e com a separação entre cabritos e ovelhas.
Moisés, depois daquela festividade celestial, reduziu-se e desceu até nós, e com ele vinham multidões de imediatos, de trabalhadores de todos os níveis hierárquicos. Vinham na frente Maria Maior e suas legiões de companheiras de trabalho, Apóstolos e outros grandes espíritos, e apesar da Divina Autoridade que Moisés representava e representa, o sentimento de fraternidade era tal, que os corações de todos pulsavam em um ritmo só. E Moisés disse, simplesmente:
Quem não estiver com a Lei, com o Cristo Modelo e com o Ministério dos Santos Espíritos Mensageiros, não estará conosco; e quem não estiver conosco, jamais estará com o Céu Interior Divinamente Exposto.
Se devo dizer que irradiava Amor, devo também dizer que irradiava Justiça, e de modo tão vigoroso, que seu olhar nos fez estremecer terrivelmente. Era como se Deus por seus olhos falasse, dando tudo e pedindo fraternidade, apenas fraternidade, porém com um rigor tal, como jamais em outros tempos o fora.
E fazendo um sinal de despedida, atraiu a si Maria, as Marias, multidões de outros trabalhadores, e partiu com aquelas legiões no rumo dos planos superiores.
Tudo findo, ainda tínhamos a Palestina diante de nós, pouco abaixo de nós, e minha mãe, com a sua comitiva, vindo até mim, perguntou-me:
Que dizes, meu querido filho?
Caí num pranto irrefreável, abraçado a ela, e nada disse.

Quando, enxugando as lágrimas, deixei o seu colo, estava na nossa região e tínhamos ao redor os componentes da comitiva. Eles queriam agradecê-la, mas ela disse-lhes do seu próprio agradecimento, razão por que não podia aceitar nada mais, visto que também recebera, como jamais esperara receber, pois semelhante manifestação nunca antes tivera por graça. Disse de maravilhas celestiais recebidas e de inesquecíveis demonstrações da Divindade já havidas, mas nunca em tal intensidade e significação. E com isso fomos, cada qual a seu rumo, ou no rumo de seus afazeres. Eu rumei para a residência de minha irmã Vicentina, fui meditar, fui reler páginas do Livro dos Atos e do Apocalipse, referentes àqueles fatos vistos.

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A SAGRADA E ETERNA SÍNTESE

PRINCÍPIO OU DEUS – Essência Divina Onipresente, Onisciente e Onipotente, que tudo origina, sustenta e destina, e cujo destino é a Reintegração Total. O Espírito e a Matéria, os Mundos e as Humanidades, e as Leis Relativas, retornarão à Unidade Essencial, ou Espírito e Verdade. Se deixasse de Emanar, Manifestar ou Criar, nada haveria sem ser Ele, Princípio Onipresente. Como o Princípio é Integral, não crescendo nem diminuindo, tudo gira em torno de ser Manifestador e Manifestação, tudo Manifestando e tudo Reintegrando. Eis o Divino Monismo.

ESPÍRITO FILHO – As centelhas emanadas, não criadas, contêm TODAS AS VIRTUDES DIVINAS EM POTENCIAL, devendo desabrochá-las no seio dos Mundos, das encarnações e desencarnações, até retornarem ao Seio Divino, como Unas ou Espírito e Verdade. Ninguém será eternamente filho de Deus, tudo voltará a ser Deus em Deus. Esta sabedoria foi ensinada por Hermes, Crisna e Pitágoras. Jesus viveu o Personagem Inconfundível de VERBO EXEMPLAR, de tudo que deriva do UM ESSENCIAL e a Ele retorna como UNO TOTAL. O Túmulo Vazio é mais do que a Manjedoura. (Entendam bem).

CARRO DA ALMA OU PERISPÍRITO – Ele se forma para o espírito filho ter meios de agir no Cosmos, ou Matéria. Com a autodivinização do espírito, ao atingir a União Divina, ou Reintegração, finda a tarefa do perispírito. Lentíssima é a autodivinização, isto é, o desabrochamento das Latentes Virtudes Divinas. Tudo vai aumentando em Luz e Glória, até vir a ser Divindade Total, União Total, isto é, perdendo em RELATIVIDADE, para ganhar em DIVINDADE.

MATÉRIA OU COSMO – A Matéria é Essência Divina, Luz Divina, Energia, Éter, Substância, Gás, Vapor, Líquido, Sólido. Em qualquer nível de apresentação é ferramenta do espírito filho de Deus. (É muito infeliz quem não procura entender isso).

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