DIVINA SIMPLICIDADE – A Lei foi entregue à consciência de cada filho de Deus, e somente a Justiça Divina o julgará, em secreto, em tempo certo. O Verbo Modelo deixou o exemplo de tudo que deriva de Deus, seja Espírito ou Matéria, e a Deus um dia retornará, como Espírito e Verdade, e ninguém com Ele poderá jamais discutir, porque Seu advogado chama-se Justiça Divina. Capítulo I DO GÊNESE AO APOCALIPSE

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terça-feira, 30 de junho de 2015

O CÉU MARAVILHOSO - Capítulo XII

Capítulo XII




No dia seguinte, segundo as medidas terrenas de tempo, que são determinadas pela rotação da Terra ao redor do Sol, fomos visitar um Centro Espírita, uma reunião de cultivadores do Batismo de Espírito, mas em moldes diferentes da anterior, onde prevaleciam faculdades muito mais interessantes.
Poderíamos planar na luz espiritual, fora da feia escuridão reinante imposta pelos encarnados, mas o fato de terem que lidar os Guias com o plano carnal, obrigou-nos a todos ao rebaixamento do nível vibratório. Tudo escuro e segundo a incorporação, nada mais do que isso, com duas doutrinações de espíritos inconscientes, tal foi o que se viu. Também, não fora de melhor padrão o nível vibratório geral, porque o Guia do Centro, sendo um espírito de nome retumbante, era na hierarquia espiritual bem pouco suficiente. Muito de rótulo e pouco de essência, e é bom que se note isto, porque muito influi no modo geral dos trabalhos, em virtude de tudo girar em torno do Patrono.
Podem dizer os encarnados como bem queiram, interpretando a questão a seu talante, mas o fator imperativo é de ordem intelecto-moral, e, conseguintemente, os dois presidentes, o encarnado e o desencarnado, imperam diretamente na construção do padrão vibratório reinante. E ninguém estranhe, dizendo eu que, sendo o propósito de reunir de ordem humana encarnada, ter que prevalecer a determinante vibratória ditada pelos encarnados, principalmente pelo que presidir os trabalhos. E com isto, dizemos da indispensável moralização dos dirigentes de Centros, além de lembrar a necessidade de bons conhecimentos doutrinários.
O farisaísmo pode aparecer e aparece, de fato, em todos os campos de atividade, ressaltando as aparências, os longos discursos histéricos, as manias de mandonismo, as futricas, os linguarudismos, os ciúmes, as invejas, as vaidades, de modo que, aos poucos, um grupinho de petulantes acaba se acreditando a guarda dos princípios doutrinários e da consciência dos espíritas em geral. Depois de assim estarem desequilibrados, perdido o senso da autocrítica, perdem a noção do ridículo e nada lhes custa pensar que, se não fossem eles, a Doutrina estaria perdida.
Muitos são os que começam dizendo que a Verdade não é propriedade particular de quem quer que seja, e por fim acabam se acreditando os tais que representam a Verdade. A história das iniciações está empanturrada desses tristes episódios; sempre foi esse o modo de corrupção mais fácil. Falam demais, exigem dos outros tudo quanto podem e nada realmente sabem e podem, porque os fatos provam que são os vazios de Espírito, os distanciados das boas atenções do mundo espiritual superior. Quase sempre, como pode ser observado por quem tenha faculdades para tanto, são escribas e fariseus de outros tempos, que pediram novas oportunidades no campo doutrinário e de novo fracassam, porque cedem a espíritos iguais, paralelos vibratoriamente. Querem falar em nome do Céu, tomam atitudes patéticas, mas atrás deles são vistos os enegrecidos sacerdotes, escribas e fariseus hipócritas de outros tempos.
É de bom alvitre pensar bastante sobre a Doutrina da Verdade que Livra, como realidade que é do Infinito e da Eternidade, dos mundos e intermundos, das humanidades encarnadas e desencarnadas, e que um homem ou um grupo deles, quando muito pode ser partícula infinitesimal da Seara, grão de areia no cômputo da Obra Total. E se alguém quiser saber o modo mais fácil de evitar os mais feios atos de petulância, evite os postos de mando, ou mande como quem está obedecendo a Deus, que através das Duas Testemunhas, a Lei e o Cristo Modelo, de tudo encareceu as obrigações a serem cumpridas, porque os resultados dependerão, sempre, da Imaculada Justiça, com a qual ninguém jamais irá discutir.
Isto dizemos por quê? Simplesmente porque, saindo a visitar muitas Casas Espíritas, de falácias e aparências muito encontramos, porém de Espiritismo, de Profetismo Generalizado, quase nada vimos. Os médiuns ou profetas, ou aqueles que, por suas faculdades, as gentes realmente poderiam entrar em contato com o Céu, esses foram encontrados em tão pouco número, que deu para alguém dizer, da comitiva, que os espíritas, já contando com tantos livros, nem por isso fazem menos coisas erradas. Aparências e superficialidades, ignorâncias e dúvidas, invejas e ciumeiras repugnantes, isso sim, comanda a grande parte, lidera o movimento de indivíduos e de grupos.
Entretanto, fomos encontrar bons trabalhadores nas gentes mais simples e sem contato com os ambientes rotulados e mandonistas. Elementos simples, muitas vezes pobrezinhos, afastados de pseudo-importâncias, mas onde o caráter e as faculdades se manifestavam e se manifestam intensamente, e, bem por isso, servem à Causa servindo aos precisados de bons trabalhos proféticos ou mediúnicos, isso que define e caracteriza a Doutrina da Verdade que Livra, pois os outros campos de trabalho têm os seus apóstolos. Disto deviam capacitar-se, de uma vez para sempre e de modo marcante, os que militam na Seara da Verdade: que aos mediunismos em geral, e ao Espiritismo em particular, cabe a tarefa de advertir, ilustrar e consolar, reconhecendo que, para consolar de fato, faz-se mister as verdadeiras filtrações mediúnicas. Caso contrário, virão a ser como os rotulismos clericais e as fanáticas manias protestantes, onde nada sai da casca ou do rótulo, sem ser quanto ao fato de, em nome de um diabo que nunca existiu, porque Deus não tem concorrente, andarem a explorar e a burrificar legiões de tolos e simplórios que existem realmente.
Foi diante de uma irmã, em casa paupérrima, que o antigo pastor ficou encantado. Ela apanhou a Bíblia e leu cinco trechos do Livro dos Atos, depois entrou a comentá-los, afirmando que Jesus veio transmitir a Divina Modelagem e a Generalização da Revelação, e que os cristãos, por serem falsificados, vivem falando que o Divino Molde realmente existiu, mas esquecem-se de imitá-Lo nas obras e de cultivar a Revelação, o instrumento de advertência, ilustração e consolo.
Realmente – disse ele – os cristãos vivem para afirmar que Jesus disse e fez isto e mais aquilo, mas na hora de imitar, ou procurar saber como fez, de que leis e elementos lançou mão e o porquê de ter feito, ficam de longe, curtindo ignorâncias e hipocrisias, mentindo a si mesmos e aos semelhantes.
Celestino, sorrindo, comentou:
Jesus, deixando a Divina Modelagem e o Batismo de Revelação, é o Fato Divino que os homens, por ignorância ou hipocrisia, transformam em fábrica de divisionismos, comercialismos idólatras e até mesmo em blasfêmias contra a Vontade de Deus. Enquanto ativou leis e elementos, para produzir fatos comprovantes de que dispunha realmente do Espírito Sem Medida; enquanto, no Pentecostes, Batizou em Espírito ou Revelação, para deixar uma Doutrina Viva e Permanente; enquanto os Seus seguidores foram mundo afora levando a notícia do Cristo, do Batismo de Espírito e dos seus práticos resultados proféticos, que passaram a fazer os homens depois que Roma, no quarto século, corrompeu a Doutrina Pura?
Vivamente interessado, o antigo pastor considerou:
Devemos reconhecer, a bem do respeito que devemos ao que é Verdade por Deus e não pelos homens, que os três pilares do Cristianismo são: a Lei de Deus, a Divina Modelagem do Cristo e o Batismo de Espírito ou Generalização da Revelação. E como venho a reconhecer a lei das vidas sucessivas, para a união vibratória com o Princípio Sagrado, e não para as salvações de favor, afirmo o meu desejo de voltar à carne, para trabalhar a bem do Cristianismo do Cristo. Se for da Vontade de Deus, que eu volte e trabalhe para esse fim, muito ficarei satisfeito.
Celestino sorriu e fitou-o, sem falar. E o antigo pastor, curioso, perguntou:
Que significa, bondoso irmão, esse enigmático sorriso?
Com tristeza, o instrutor respondeu:
É mais um que chega e se arrepende... Bom seria que o fizesse por lá, antes de vir para cá... Nada mais, meu caro irmão.

O antigo pastor baixou a cabeça, todos ficamos a meditar e sob contrição despedimo-nos. A Justiça Divina, que não faz discursos, mais uma vez falava alto sobre a Verdade que livra.

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A SAGRADA E ETERNA SÍNTESE

PRINCÍPIO OU DEUS – Essência Divina Onipresente, Onisciente e Onipotente, que tudo origina, sustenta e destina, e cujo destino é a Reintegração Total. O Espírito e a Matéria, os Mundos e as Humanidades, e as Leis Relativas, retornarão à Unidade Essencial, ou Espírito e Verdade. Se deixasse de Emanar, Manifestar ou Criar, nada haveria sem ser Ele, Princípio Onipresente. Como o Princípio é Integral, não crescendo nem diminuindo, tudo gira em torno de ser Manifestador e Manifestação, tudo Manifestando e tudo Reintegrando. Eis o Divino Monismo.

ESPÍRITO FILHO – As centelhas emanadas, não criadas, contêm TODAS AS VIRTUDES DIVINAS EM POTENCIAL, devendo desabrochá-las no seio dos Mundos, das encarnações e desencarnações, até retornarem ao Seio Divino, como Unas ou Espírito e Verdade. Ninguém será eternamente filho de Deus, tudo voltará a ser Deus em Deus. Esta sabedoria foi ensinada por Hermes, Crisna e Pitágoras. Jesus viveu o Personagem Inconfundível de VERBO EXEMPLAR, de tudo que deriva do UM ESSENCIAL e a Ele retorna como UNO TOTAL. O Túmulo Vazio é mais do que a Manjedoura. (Entendam bem).

CARRO DA ALMA OU PERISPÍRITO – Ele se forma para o espírito filho ter meios de agir no Cosmos, ou Matéria. Com a autodivinização do espírito, ao atingir a União Divina, ou Reintegração, finda a tarefa do perispírito. Lentíssima é a autodivinização, isto é, o desabrochamento das Latentes Virtudes Divinas. Tudo vai aumentando em Luz e Glória, até vir a ser Divindade Total, União Total, isto é, perdendo em RELATIVIDADE, para ganhar em DIVINDADE.

MATÉRIA OU COSMO – A Matéria é Essência Divina, Luz Divina, Energia, Éter, Substância, Gás, Vapor, Líquido, Sólido. Em qualquer nível de apresentação é ferramenta do espírito filho de Deus. (É muito infeliz quem não procura entender isso).

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