sexta-feira, 14 de junho de 2019

A CAMINHO DO CÉU - Os Reveladores


OS REVELADORES


“Nunca veio ao mundo, em tempo qualquer, informante algum, sem ser, em função de autoridade. E quando o funcionário tenha mais ou menos firmado pé nos princípios básicos, ou tenha escorregado pelos ínvios becos do mistifório idólatra, é porque fez de si mesmo questão de vencer ou fracassar, por atender de fato ao crivo superior, ou entregar-se frouxamente às injunções inferiores do meio, quer do meio encarnado, quer do ambiente astral inferior. Porque, seja quem for o agente missionário, venha da altura hierárquica que vier, nunca deixará de estar em gozo de direitos pessoais, jamais deixaria de contar com o sagrado direito de livre-arbítrio. A simbiose, liberdade e obrigação, nunca deixará de ser um fato. Tereis em Jesus, por exemplo, um grande ensino, ao dizer aos Apóstolos que a eles agradecia, por terem estado com Ele, nas Suas tentações ou provações. Ninguém vem ao mundo, para vencê-lo em sua inferioridade, que também não venha, para em si mesmo vencer-se, naquilo onde tenha de vencer. A lei dos ciclos apanha a tudo e a todos, a verdade cármica alcança a todos os seres, cada um segundo a sua estatura evolutiva. Quem veio revelar a Verdade muito ou pouco, porque toda Ela ninguém revelou jamais e nem sozinho revelará, teve de enfrentar agruras e dificuldades múltiplas. A tradição, a poesia, a lenda, o misticismo, a bazófia sectária, o fanatismo, o exclusivismo, e outros corruptores da realidade levantaram concepções, interpretações e místicas tais, em torno de certos ou quase todos os grandes vultos reveladores, que não representam a verdade realmente vivida por eles. Alguns foram roubados, outros foram acrescidos. Deram a uns demais, tiraram o justo a outros. De qualquer forma, porém, uma linha mestra ficou. E em torno de todas as revelações básicas, explorações e comodismos se levantaram. Todo e qualquer trigal, por melhor cuidado que seja, oferece brecha para o radicamento do joio...”

“Muito longe estavam os dias, no orçamento dos tempos e das eras em que um Espírito Consolador pudesse tornar-se de culto ostensivo sobre a carne toda. Sabemos o quanto o ignorantismo humano retarda o avanço libertador das consciências. Mas, os Vedas, os Budas, Crisna, Rama, Hermes, Zoroastro, Apolônio; os Filósofos Espiritualistas; os Grandes Hierofantes; os Patriarcas Hebreus; os Grandes eram, quem mais e quem menos, esforços conscientes ou inconscientes, a fim de que um dia pudesse o Batismo do Espírito tornar-se de conhecimento e culto generalizado. Tomemos a Jesus por síntese, que o é de fato, para de Suas palavras extrair a essência verdadeira:”


Mas eu vos digo a verdade: a vós convém que eu vá;
porque se eu não for, não virá a vós o Consolador;
mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei. E ele, quando vier,
argüirá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo”.
Quando vier porém aquele Espírito da Verdade,
ele vos ensinará todas as verdades...”
(João, cap. 16)


“Não foi Jesus, portanto, apenas mais um trabalhador em favor do advento da era do Consolador; foi, isso sim, por determinação Suprema, o seu agente máximo, o selado para o grande desempenho, em virtude de ser o Chefe Planetário. Não se passa, nas esferas superiores, o que julgam muitas correntes ocultistas, sobre ser cada espírito livre para o que quiser, podendo tomar a iniciativa que bem entender. O que existe, pelo contrário, é uma ordem reinante que vem das Supremas Chefias, dos Diretores de Galáxias, sendo os Chefes Planetários, executantes dessas ordens. Há ordem para tudo, no que é de Deus. Até mesmo nos abismos pútridos, nas inferiores zonas de um planeta, existe certa forma de ordem — é o poder de mando de algumas entidades. E, nas zonas planetárias de expiação, onde a vida se desenvolve normalmente, mas sob tristes condições ambientais, veremos a autoridade sendo desempenhada, truculentamente, por seres de relativa compreensão. A ordem, pois, está disseminada por toda parte, de alto a baixo e vice-versa.”

“E a vinda de Jesus ao mundo mais corpóreo foi motivada pelo determinismo cíclico, pela movimentação de ordem geral; houve, no tempo, como há de tempos em tempos, movimentações que vão além dos mundos isoladamente. Tudo se move e varia, de inferior para superior, no âmbito das Galáxias. É que ao homem terrícola, todo enfronhado nas coisas chãs dos seus apetites menos elegantes, estas verdades passam desapercebidas.”

“Os períodos de transição, porém, observam em cada mundo, uma intensidade e tonalidade à altura hierárquica do próprio mundo. Em Marte ou Saturno, por exemplo, tomaria o fenômeno transitivo a violência que toma em nossa casa cósmica, inferior como é, ainda, o seu habitante máximo em evolução?”

O que eu achava interessante é que do jovem partiam, segundo a ordem das idéias, ou da concentração mental que nelas punha, diferentes jatos de luz. Ora uma tonalidade de cor prevalecia sobre outra, ora o ambiente se via preso de claridades furta-cores, ora faíscas alvíssimas pareciam partir, tinindo, a caminho não sei de que paragens. A flutuação era intensa em colorações, tonalidades, formas e direção. E os cinco mentores, agora, haviam-no deixado livre; estavam a uns três metros de distância, juntamente com outros seres. E o jovem prosseguia:

“A Jesus, pois, como Chefe Planetário, coube a missão sublime de ser ofertante da Revelação em grande escala. Prometeu-a para dias depois de Sua morte. E o Dia de Pentecostes foi teatro de um fenômeno esplendoroso.”






ÍNICIO - CAPA







































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