DIVINA SIMPLICIDADE – A Lei foi entregue à consciência de cada filho de Deus, e somente a Justiça Divina o julgará, em secreto, em tempo certo. O Verbo Modelo deixou o exemplo de tudo que deriva de Deus, seja Espírito ou Matéria, e a Deus um dia retornará, como Espírito e Verdade, e ninguém com Ele poderá jamais discutir, porque Seu advogado chama-se Justiça Divina. Capítulo I DO GÊNESE AO APOCALIPSE

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sexta-feira, 14 de junho de 2019

A CAMINHO DO CÉU - Os Dons Mediúnicos





OS DONS MEDIÚNICOS


“O desabrochar interno é o avançar rumo à Verdade. Por isso mesmo é que não se consegue tanto e com facilidade. Pelo despertar interno oferecemos pólos de contato, ou mediunidades, que variam ao infinito em tons e matizes. E um poder de contato com o plano astral, intenso contato, nunca poderia se dar em qualquer época da história. Como os seres encarnados são vindos das regiões etéreas as mais diversas, sempre houve bons médiuns na Terra, agentes de ligação com o Plano Superior. Do contrário, houvesse liberdade de colóquio em qualquer tempo, para qualquer povo e à vontade, viríamos a ter coisas horríveis por tragar.”

“A promessa do achego astral, mais amiúde, coincidiu com um tempo de mais elucidação sobre as coisas do espírito e em geral. Haverá sempre a intervenção de uma simbiose, de uma coligação de fatores, para qualquer efeito fenomênico de alcance mais coletivo. E na hora, então, surgiram os vultos imprescindíveis. Paulo preencheu uma lacuna, não só dizendo que a promessa era para todos, mas especificando o que era a promessa em si, no que consistia, o quanto pode. Pedro disse que receberiam ao Espírito Santo; Paulo entrou em especificações, disseminando o conhecimento de nove faculdades fundamentais. Para chamar a atenção sobre os dons, diz:”


E sobre os dons espirituais, não quero,
irmãos, que vivais em ignorância.
Sabeis que, quando éreis gentios,
concorríeis aos simulacros mudos,
conforme éreis levados.”


“Esse capítulo doze, da primeira epístola aos Corintos, por tratar como nenhum outro texto das questões do Batismo de Espírito, encerra em si tanto valor quanto todos os demais textos juntos, por ser o único que expõe o que o Espírito Santo seja, no entender do Apóstolo dos Gentios. Teremos em outros dizeres, partidos de outros Apóstolos, outras concepções; em todo caso, uns queriam fosse o Espírito Santo agente comunicante, enquanto outros queriam fosse o dom intermediário, a mediunidade. Para ser um agente comunicante, tinha de ser excelentemente coletivo, como o provam o fenômeno do Pentecostes e aquele outro Batismo de Espírito, dos dias de Moisés, citado no livro de Números, capítulo onze. Todavia, o Apóstolo dos Gentios, foi quem ficou encarregado de dar especificação mais correta: Eis como fala do Espírito Santo em manifestação na carne:”

Há pois repartição de graças, mas um mesmo é o Espírito.
E os ministérios são diversos, mas um mesmo é o Senhor.
Também as operações são diversas, mas um mesmo Deus
é o que obra tudo em todos.
E a cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito.


Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra de sabedoria; a outro porém a palavra da ciência, segundo o mesmo Espírito; a outro a fé pelo mesmo espírito; a outro a graça de curar as doenças, em um mesmo Espírito; a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o discernimento dos espíritos; a outro a variedade de línguas, a outro a interpretação de palavras. Mas, todas estas coisas obra só um, é o mesmo Espírito repartindo a cada um como quer.”


“Bem se entende que o Apóstolo trata das faculdades, quando fala do Espírito Santo, e não dos agentes comunicantes, que devem passar pelo crivo do discernimento, uma das mais sublimes faculdades, pois o problema, da identificação do agente comunicante, será por muito tempo um problema difícil, realmente problemático.”

“Outra questão por resolver, é o caso de conceituar aos dons como adventícios, como vindos de fora, por graça, por favor, milagre ou mistério. Nada disso. Tudo é intrínseco ao ser, e o razoável é que a manifestação se dá por desabrochamento, pelo despertar interno, como muito já se repetiu. O fato de haver carência de épocas, tempos e desfechos, para os grandes cometimentos de ordem coletiva, isso diz respeito ao plano administrativo, que para tudo aguarda oportunidade, com o fito de chamar atenção para o princípio de governadoria planetária. Não basta que certas coisas sejam em si justas; preciso se faz que todos a reconheçam, pela pujança das manifestações combinadas. É elementar que entre o plano orientador e o orientado, apareça o fator determinístico. E este fator reclamará sempre, como é fácil calcular, um acontecimento de ordem cíclica e um homem-símbolo. Porque sempre serão precisos os missionários encarnados, para que o mecanismo se complete por pólos de contato. Assim, quem tiver inteligência, julgue da vinda à carne dos Vedas, dos Budas, dos Ramas, dos Crisnas, dos Moisés, dos profetas, etc. Sem tais pólos de contato, portanto, o plano superior ficaria impossibilitado de administrar. E assim sendo, os homens-símbolo valem por épocas, por gerações, por convulsões cíclicas...”

“Sem o fator Espírito Santo, ou mediunidade, no conceito de Paulo de Tarso, jamais haveria possibilidade de Revelação, de homens-símbolo, de anunciação de renovos cíclicos; porque para ele Espírito Santo é o elo sagrado, inconfundível patrimônio natural de todo o ser, em quem se acha sempre em estado latente. O que deve ser despertado e acariciado com todas as forças do coração e do entendimento. Bem sabemos das recomendações de Jesus, para não blasfemarmos jamais contra o Espírito Santo.”

“De resto tenho a dizer que cada um compreendia como podia, tendo havido as divergências concepcionais mais avançadas, não só em torno do fator Espírito Santo, como também de todos os ensinos do Cristo. O reino do céu, por exemplo, apesar de repetir Jesus de contínuo, ser de ordem interna a cada um, era aguardado por muitos para daí a dias, por meio da vinda de Jesus, ou por intermediário de um tremendo cataclismo que acabaria com o planeta. E Jesus jamais disse coisa que se parecesse com tais extremos de ficção.”

“Quem quiser ficar com Paulo, fique; quem quiser ficar com outros Apóstolos, fique. Não haverá jamais revelação de interplanos, porém, sem que haja espíritos desencarnados, mediunidades e espíritos encarnados. Por Um Espírito Santo que seja pessoal, terça parte de Deus, ninguém espere, porque disso não há com Deus. Deus é em Si Uno, havendo de Si tudo manifesto, sem trindade alguma, principalmente de ordem especial, para favorecer peçonhas clericais, que sempre surgiram no mundo, à revelia dos fundamentos revelados.”

“E ficou nisso o grande Apóstolo? Não. Havendo especificado as faculdades, disse em seguida do modo de reunir para cultivá-las. Com o Batismo de Espírito Santo reformado, foi por Jesus Cristo o conteúdo espiritualista do mundo, que até então prevalecia em base idólatra, ritualística, em ofertas de carnes, de uma pagodeira sem fim e repugnante. Pelo Cristo, convidado foi o homem para a sabedoria em Espírito e Verdade; e não para a crença em superstições, em adorações através de assassinatos de inofensivos animais. Também o falso, o imundo conceito de privilégio racial foi pelo Cristo posto de pernas para o ar. Cristo veio, com o Seu Amor e a Sua Sabedoria Universal, estabelecer no mundo das formas densas, por meio do mediunismo, o curso de conhecimento do ser. E não adianta digam os fanáticos de crenças estas ou aquelas, ou aqueles que pretendem tomar revelações intermediárias como sendo toda a Verdade Revelada, que o Cristo tenha sido apenas mais um revelador, sem mais autoridade que qualquer outro antes vindo. Isso prova, apenas, desconhecimento do que seja a Organização Diretora do Planeta. E prova, também, que essa gente só tem contato com seres astrais de ínfima categoria hierárquica, seres que da carne partiram fanatizados, e que nas esferas inferiores do astral, continuam no mesmo inferiorismo, a propalar os mesmos divisionismos, as mesmas mediocridades, os mesmos erros. Não basta, pois, que se tenha contato com agentes do mundo astral; preciso se faz buscar sempre o melhor. Os espaços sempre estiveram cheios de espíritos; como, porém, não há promiscuidade, mas sim planos inferiores, intermediários e superiores, que ligados são pelas leis de relação e progressividade, o notável é se procure, pela melhoria vibratória, manter contato com os melhores planos.”

“Como Paulo de Tarso ensinou a cultivar os dons, cumpre dizer o que se disse, para evitar que o mediunismo se dê culto degradante. Como ensinou ele, assim faziam os do Colégio Apostolar, pois houve Apóstolos que em seguida à crucificação do Mestre, volveram ao estado de trabalho e práticas religiosas semi-cristãs, semi-levíticas. Cumpre salientar também que até a corrupção, vinda depois da vitória de Constantino, o Cristianismo assim não se chamava, e sim “Caminho do Senhor”. Foi no quarto século que a corrupção ocorreu e também a troca de nome ou designação.”

“Não vou citar o texto, através do qual o Apóstolo Paulo ensina como realizar o culto do mediunismo; quem quiser saber, busque ler com atenção o que escreveu então, no capítulo quatorze da mesma primeira carta aos Corintos, versos de vinte e dois a trinta e três (I Ep. Corintos, cap. 14, vs. 22 a 33).”

“E nesse modo de culto, amigos meus, permaneceu a Igreja de Jesus-Cristo, por três séculos e pouco, contando de Seu nascimento. Do dia do Batismo de Espírito, porém, há que contar somente uns duzentos e noventa anos, depois do que, conforme as previsões do Divino Mestre, surgiria a corrupção doutrinária. Com a vitória de Constantino, inverteram-se os termos — observando-se os nomes do Deus de Moisés, que o Cristo endossara, havendo sido criada uma mística litúrgica, que seria uma rememoração da vida de Jesus e dos Seus feitos. O grande mal foi terem perseguido o Batismo do Espírito, o culto do mediunismo, o prosseguimento daquele fenômeno do Pentecostes. E isso fizeram, naturalmente, porque o culto mediúnico tendia a fazer com que todos os do “Caminho do Senhor” dissessem — “nosso reino não é deste mundo”, — coisa que às sanhas do Império Romano não convinha. Queria ele, isso sim, homens espiritualistas, mas materializados, em lugar de espiritualistas espiritualizados. O Império precisava de guerreiros, coisa que o mediunismo sempre condenaria, pois sua lição será sempre de Amor e Concórdia, entre os filhos do Único Pai. Constantino e alguns foram, pois, os corruptores do “Caminho do Senhor”, do verdadeiro Cristianismo. Aquele modo de culto mediúnico ensinado por Paulo de Tarso, banido foi do conhecimento popular. O fenômeno do Pentecostes, Batismo de Espírito Santo, para o qual desiderato Cristo veio ao plano da carne, para tornar a mesma carne herdeira de tal manifestação, foi convertido num meio de conchavismo clerical, de justificativa de suborno.”

“E assim permaneceu a corrupção, pelo tempo que o Apocalipse prescreveu, no seu intrincado simbólico. Mas, porventura, teria Jesus Cristo deixado de informar sobre a reposição das coisas no lugar? O cão volveria ao vômito, e a porca lavada de novo tornaria ao lodaçal, conforme previra Pedro... Mas, faltaria água, lustral nos páramos superiores da Diretoria Planetária?”












































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A SAGRADA E ETERNA SÍNTESE

PRINCÍPIO OU DEUS – Essência Divina Onipresente, Onisciente e Onipotente, que tudo origina, sustenta e destina, e cujo destino é a Reintegração Total. O Espírito e a Matéria, os Mundos e as Humanidades, e as Leis Relativas, retornarão à Unidade Essencial, ou Espírito e Verdade. Se deixasse de Emanar, Manifestar ou Criar, nada haveria sem ser Ele, Princípio Onipresente. Como o Princípio é Integral, não crescendo nem diminuindo, tudo gira em torno de ser Manifestador e Manifestação, tudo Manifestando e tudo Reintegrando. Eis o Divino Monismo.

ESPÍRITO FILHO – As centelhas emanadas, não criadas, contêm TODAS AS VIRTUDES DIVINAS EM POTENCIAL, devendo desabrochá-las no seio dos Mundos, das encarnações e desencarnações, até retornarem ao Seio Divino, como Unas ou Espírito e Verdade. Ninguém será eternamente filho de Deus, tudo voltará a ser Deus em Deus. Esta sabedoria foi ensinada por Hermes, Crisna e Pitágoras. Jesus viveu o Personagem Inconfundível de VERBO EXEMPLAR, de tudo que deriva do UM ESSENCIAL e a Ele retorna como UNO TOTAL. O Túmulo Vazio é mais do que a Manjedoura. (Entendam bem).

CARRO DA ALMA OU PERISPÍRITO – Ele se forma para o espírito filho ter meios de agir no Cosmos, ou Matéria. Com a autodivinização do espírito, ao atingir a União Divina, ou Reintegração, finda a tarefa do perispírito. Lentíssima é a autodivinização, isto é, o desabrochamento das Latentes Virtudes Divinas. Tudo vai aumentando em Luz e Glória, até vir a ser Divindade Total, União Total, isto é, perdendo em RELATIVIDADE, para ganhar em DIVINDADE.

MATÉRIA OU COSMO – A Matéria é Essência Divina, Luz Divina, Energia, Éter, Substância, Gás, Vapor, Líquido, Sólido. Em qualquer nível de apresentação é ferramenta do espírito filho de Deus. (É muito infeliz quem não procura entender isso).

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