DIVINA SIMPLICIDADE – A Lei foi entregue à consciência de cada filho de Deus, e somente a Justiça Divina o julgará, em secreto, em tempo certo. O Verbo Modelo deixou o exemplo de tudo que deriva de Deus, seja Espírito ou Matéria, e a Deus um dia retornará, como Espírito e Verdade, e ninguém com Ele poderá jamais discutir, porque Seu advogado chama-se Justiça Divina. Capítulo I DO GÊNESE AO APOCALIPSE

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sexta-feira, 14 de junho de 2019

A CAMINHO DO CÉU - Repondo as Coisas no Lugar




REPONDO AS COISAS NO LUGAR


“Chegaria o tempo, portanto, de darem os emissários do Plano Regente, início aos trabalhos restauradores do batismo de Espírito, promessa do céu às brumas da carne, segundo a alegoria de um trabalhador de nós muito conhecido. Aquela realidade do Pentecostes, na sua função informativa, volveria ao convívio dos homens. O plano astral teria, em modernos Apóstolos, o meio de falar e incutir nas retentivas, os chamamentos do Senhor. Aquele processo de reunião, tão bem indicado e cultivado pelos Apóstolos fiéis, seria de novo culto dos cristãos de verdade.”

“Roma teria de certificar-se, por querer ou não, de sua insensatez, do seu adultério, do erro de suas práticas. Depois de sujeitar, por séculos a fio, reis e povos ao seu guante corruptor, como diz o Apocalipse, no seu capítulo treze, iria deparar-se com o Batismo do Espírito, a Revelação, a lembrar-lhe o montante de erros perpetrados, como forjadora de premissas sanguinolentas, como cultora de perseguições à Verdade, como fábrica de ignorantismo em geral, acima de tudo como propulsora de incredulidades.”

“E como perdão não existe, mas sim conferem os Poderes Superiores oportunidades de ressarcimento, eis que se aproxima ao espírito de Judas, que tantos esforços havia despendido em atos de regeneração nos primeiros séculos do “Caminho do Senhor”, por sincero arrependimento, a oportunidade de romper de vez os últimos elos que o prendiam ao estigma da tremenda falta cometida, traindo o Mestre por entregar-se às maquinações políticas, que então visavam libertar a Palestina do jugo romano.”

“A ordem foi que volvesse ao plano da carne, ao cadinho purgador que lhe caberia por turno, em virtude de circunstâncias em que exercitara o delito. Veio e animou o corpo de Joana D’Arc. Os colegas de outros tempos, pelas suas faculdades, faziam-se ver e ouvir, segundo a forma das imagens dela conhecidas. Um grande acontecimento temporal, portanto, preparou campo para uma imensa evidência do plano astral, dos fenômenos mediúnicos e de uma grande precisão de ressarcimento. O faltoso reequilibrou-se para com a lei de Harmonia Universal; e o Plano Dirigente, tendo à testa os indicados pelo Divino Mestre, compreendeu a inutilidade do choque mediúnico, frente à monstruosidade do dogmatismo romano. A verdade venceria, é certo, mas teria de avançar por escala. Todavia, com o saldo deixado pelo serviço de Joana, outros louros seriam colhidos. Nenhum sacrifício a bem da Verdade será inútil; no tempo e no espaço, algum dia frutificará.”

“A volta do companheiro faltoso, enobrecido por tão elevado testemunho dado agora, causou muita alegria nos Planos Superiores da vida. O reconhecimento de Joana, do processo usado e da reconquista de sua história, ou de suas vidas, motivou lágrimas de grande contentamento, visões sublimes, bafejos gloriosos, palavras amigas de Jesus. A soberania da lei de causa e efeito, mais uma vez estava acima de todas as cogitações. O perdão deve partir de uns irmãos para com outros, para que casos não sejam apresentados ao Poder Equilibrador do Universo; porque, depois dos casos terem-se dado, ninguém será eximido de culpa, liberto de responsabilidade, a menos que passe pelo cadinho das provas e das expiações. Na vida de Joana intervieram os três porquês, as três razões por que um espírito volve à carne — missão, prova ou expiação.”

“Missão, porque alguém tinha de vir iniciar os trabalhos de restauração do Cristianismo; prova, porque escolheu o programa e a ele sujeitou-se, correndo o risco de falhar, em virtude da prevalecença do direito de livre-arbítrio; e expiação, porque a lei cármica, ou de causa e efeito, não passaria jamais, para que a falta fosse redimida, sem ser por ação equivalente, ou mais certo, por reação proporcional.”

A nota interessante, para os nossos ouvidos atentos e às nossas vidas deslumbrantes, foi a chegada, por essa altura da perlenga, de maravilhoso vulto de jovem, envolta em luzes verde-azulinas, radiantes, suavizadoras. O ambiente estremeceu de júbilo, solidarizado com o espírito redimido... Não é possível descrever cenas destas, com inteireza de narração. Coisas se passam que transgridem a lei do convencionalismo, na qual nos achamos ainda mergulhados, leis inibidoras, restritivas. Todavia, fica dito que os pensamentos do pregador, que logo se tornavam dos assistentes em geral, atraíam, de contínuo, vultos e maravilhosas visões. De onde teria vindo aquele maravilhoso pregador? E o jovem avançava, depondo sobre acontecimentos interessantes:

“Com a experiência de Joana, ficou reconhecido que o fenômeno em si, sem a preparação do ambiente intelecto-moral, nada poderia lavrar de sólido. E nos céus mais elevados da Terra, nas zonas governantes, programas foram traçados. Por isso é que o mundo chegou a conhecer, mais tarde, nos recessos do dogmatismo truculento, perseguidor e assassino, as personalidades de Wicliff e João Huss. Eram agora, os novos emissários, grandes funcionários reformistas. Começavam pela reeducação doutrinária, como convém a todo renovo cíclico de ordem qualquer.”

“Deveis ter lido sobre Wicliff e João Huss, para que me seja dispensado deter-me sobre seus efeitos. Demais, outras ocasiões tivemos, em que sobre tais reformadores falamos. Semearam esses vultos, como é sabido, em terra hostil; tremendas reações do clericalismo tiveram de suportar, tendo sido Huss queimado numa fogueira, no século quinze.”

“E a campanha da Verdade contra os erros prosseguiu; coube a Lutero, no século dezesseis, lançar mais forças contra o maciço da corrupção vaticanícia. E não poderia deixar de vencer, pois as bênçãos da Verdade, expressas na atuação do Divino Mestre e seus imediatos, com ele estavam. Era mais um passo rumo à eclosão mediúnica, que assim como o fenômeno do Pentecostes, tinha de coroar a obra educativa lavrada em bases mentais, em fundo preparatório. Tudo estava em preparo.”

“Em seguida a Lutero tivemos outro grande reformador que foi Giordano Bruno. No seio do vaticanismo é que agiu, até ser obrigado à fuga. Mais tarde, volvendo à terra de nascimento, pagou com a vida o feito de ficar com o Evangelho. A inquisição atirou-o às labaredas crepitantes de uma fogueira. Mas a Verdade avançava.”

“Sobre essas preparações é que, no início do século dezenove, volveu Huss à carne, arrastando consigo a mais empolgante eclosão mediúnica da história. Era mais um homem-símbolo a caracterizar um tempo de transição. O que fez Huss reencarnando, vivendo a personalidade de Kardec, todos sabem. Em todo caso, cumpria-se a palavra de Jesus, profetizando sobre a restauração do Cristianismo. E faço notório que, tendo firmado atenção nos vultos sínteses, nas figuras centrais, lembrados estão todos os que formaram a coroa de auxiliares indispensáveis. Cada um desses vultos foi acompanhado e seguido de milhares de servidores da Causa da Verdade. E que mais teria a vos dizer? Muito, pois os serviços estão em andamento. Com o Consolador radicado no seio humano, lançando os germes da unificação do conhecimento da Verdade, milhões de seres preparam-se para novas lutas contra o reinado das trevas, enquanto outros milhões semeiam, espargem pela carne toda os avisos edificantes do Batismo de Espírito, da promessa do Senhor, pela qual banhou de sangue um lenho infamante; e à qual homens infiéis um dia levantaram traição, corrupção, colocando em seu posto, idolatrias e formalidades pagãs.”

“De Kardec para cá, de ordem da manifestação do plano astral, muitas coisas hão sido ditas, muito progresso doutrinário houve. Trabalhadores competentes nos variados ângulos da Verdade Consoladora têm vindo à banca do mundo, prestar seu concurso aos desígnios amoráveis e sábios do Senhor. E em que pese nuvens negras levantarem-se nos horizontes do mundo temporal, das políticas e seus choques, o Consolador fará o seu serviço de indicar rumos eternos. Perdem-se aqueles que querem perder-se, depois de a lâmpada ter sido manifestada e suas luzes dadivosamente ofertadas.”

“Estamos em pleno tempo de ação vigilante, criteriosa e amorável. Que os doces eflúvios do Divino Mestre, por sobre todos jorre perenemente, quer aos planos da carne, quer aos milhões de errantes trabalhadores astrais, que do mundo maior guiam e orientam nossos passos, na senda que de mais alto o Mestre indica. Está terminada a palestra de hoje. Oremos, agradecendo aos Soberanos Poderes da Vida, por mais esta oportunidade de trabalho, rogando, outrossim, jamais o que fazer nos falte.”

Aquele pedido aos jorros benditos foi atendido; mais tarde, amigos que me estais lendo, sabereis como são tais jorros de santificantes eflúvios. Fraquíssima seria minha exposição. Debilíssima minha palavra, para relatar coisas assim. O que posso é fazer figuração, alegoria talvez exata demais, dizendo que o céu como que descia em forma de luzes divinas sobre nós, num misto de sons e imagens das elevadas regiões, de onde naturalmente provinham. Os céus abençoaram a fala de um homem.

Eu não sei até onde aqueles oito seres encarnados poderiam supor, o que ao seu redor ocorria. Mas sei que todos brilhavam, cada qual a seu modo, segundo seu grau de evolução, que quer dizer identificação com o Sagrado Princípio Interno, que é a Causa de todos os Efeitos. Porque, em verdade, tudo é questão de despertar a santidade ingênita, intrínseca, aquele céu interno de que Jesus Cristo tanto fez recomendação. Nós somos destinados a refletir a Luz Divina que em nós é Base Fundamental. Mas isso não se consegue com os farandolismos exteriores e nem com as posturas intelectuais supersticiosas. É à custa de subir na escala do Conhecimento e do Amor vividos, na vida de relações. Lambetismos religiosistas de nada valem; o que é preciso é Religião-Pura, cada vez mais identificação com a Verdade Fundamental, que não vem de fora, porque está dentro de tudo e todos, porque é Deus, a Essência Divina do Universo, de quem somos emanação.

A debandada espiritual foi maravilhosa. Coriscos vivos, a emitir harmoniosos sons e fulgurações coloridas, invadiam os espaços em todas as direções. E nós seguimos, também, rumo à nossa região-moradia. Quando chegamos ao domicílio de Mesquita, ele ali se achava a palestrar com Fábio e dois outros senhores, de mim não conhecidos. Inquirido sobre o que ouvira, disse aquilo que minha alma sentia, aquilo que o meu coração vivia. Eu não seria capaz de supor, de forma alguma, que uma reunião de encarnados pudesse tanto em repuxos de luz, e acordes superiores. E tenho por certo que a estada do Cristo, pelos Seus imediatos e em capacidade de influências, está mesmo com aqueles que para cuidar das Verdades Eternas se reúnem, assim como prometeu nos dias de Sua passagem pela carne.

E notava a mim mesmo, que crescia em poderes, a cada manifestação dessas a que me facilitavam assistir. Era como um aprendizado vivo, uma como absorção de poderosas forças celestiais, que brotavam de dentro, menos certo não é que vinham pela canaleta dos auxílios fraternos, da maestria de superiores irmãos, quer da carne, quer das esferas celestes. Do fundo de minha alma enternecida, agradeço ao Senhor dos Mundos, a Jesus e Seus servos, por tudo quanto tenho herdado. E se minha palavra se apaga em face da imensidade da gratidão que sinto, peço me sejam dadas oportunidades de a outros servir, para que aquilo que em obras me conferiram, em penhores de ação fraterna possa ser distribuído. Para que assim como senti eu o prazer da Luz Interna, por injunção do puro fraternismo, assim também possam outros vibrar, à certeza de que Deus nos quer simples e amorosos.







ÍNICIO - CAPA





































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A SAGRADA E ETERNA SÍNTESE

PRINCÍPIO OU DEUS – Essência Divina Onipresente, Onisciente e Onipotente, que tudo origina, sustenta e destina, e cujo destino é a Reintegração Total. O Espírito e a Matéria, os Mundos e as Humanidades, e as Leis Relativas, retornarão à Unidade Essencial, ou Espírito e Verdade. Se deixasse de Emanar, Manifestar ou Criar, nada haveria sem ser Ele, Princípio Onipresente. Como o Princípio é Integral, não crescendo nem diminuindo, tudo gira em torno de ser Manifestador e Manifestação, tudo Manifestando e tudo Reintegrando. Eis o Divino Monismo.

ESPÍRITO FILHO – As centelhas emanadas, não criadas, contêm TODAS AS VIRTUDES DIVINAS EM POTENCIAL, devendo desabrochá-las no seio dos Mundos, das encarnações e desencarnações, até retornarem ao Seio Divino, como Unas ou Espírito e Verdade. Ninguém será eternamente filho de Deus, tudo voltará a ser Deus em Deus. Esta sabedoria foi ensinada por Hermes, Crisna e Pitágoras. Jesus viveu o Personagem Inconfundível de VERBO EXEMPLAR, de tudo que deriva do UM ESSENCIAL e a Ele retorna como UNO TOTAL. O Túmulo Vazio é mais do que a Manjedoura. (Entendam bem).

CARRO DA ALMA OU PERISPÍRITO – Ele se forma para o espírito filho ter meios de agir no Cosmos, ou Matéria. Com a autodivinização do espírito, ao atingir a União Divina, ou Reintegração, finda a tarefa do perispírito. Lentíssima é a autodivinização, isto é, o desabrochamento das Latentes Virtudes Divinas. Tudo vai aumentando em Luz e Glória, até vir a ser Divindade Total, União Total, isto é, perdendo em RELATIVIDADE, para ganhar em DIVINDADE.

MATÉRIA OU COSMO – A Matéria é Essência Divina, Luz Divina, Energia, Éter, Substância, Gás, Vapor, Líquido, Sólido. Em qualquer nível de apresentação é ferramenta do espírito filho de Deus. (É muito infeliz quem não procura entender isso).

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