DIVINA SIMPLICIDADE – A Lei foi entregue à consciência de cada filho de Deus, e somente a Justiça Divina o julgará, em secreto, em tempo certo. O Verbo Modelo deixou o exemplo de tudo que deriva de Deus, seja Espírito ou Matéria, e a Deus um dia retornará, como Espírito e Verdade, e ninguém com Ele poderá jamais discutir, porque Seu advogado chama-se Justiça Divina. Capítulo I DO GÊNESE AO APOCALIPSE

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sexta-feira, 14 de junho de 2019

A CAMINHO DO CÉU - Graças a Deus





GRAÇAS A DEUS


Graças a Deus é uma expressão de consciência? É uma força de expressão? Desejo, para mim, constitua uma expressão de razão; apenas isso. Como expressão de razão, obedecerá à ordem lógica das contingências naturais. Digo, pois, o meu graças a Deus, querendo dizer e afirmando que tudo é por derivativo. O sentido de afeição mística, reverentemente chã, piegas, adulante, não é o que me convém; o sentido que me agrada é o de respeito por respeito, sendo conclusão lógica. Ao invés de um “graças a Deus” filho do temor, prefiro um “graças a Deus” produto da compenetração real. Aquele adula ou teme; este sabe e vive; aquele quer significar o favor de Deus; este afirma que Deus não é cabotino. Aquele afirma o milagre, o mistério e o conchavismo; este se compenetra da Soberana Justiça. Quando aquele se verga rastejante por incompreensão, este se levanta respeitoso por compenetração. Aquele “graças a Deus” quer dizer favor de Deus; estoutro afirma que é em virtude de Deus, sem a morbidez cabalística nem o terror da ira.

E para a concepção monística, tudo é em virtude de Deus, não porém pelos favores de Deus. Como a simples decência humana não admite a bajulação, a lambição rançosa, muito mais não o prezaria Deus, súmula das virtudes que é.

Para mim, graças a Deus quer dizer em virtude de Deus, e não porque Deus faça favores a quem quer que seja. O mais, poder vencer ou fracassar, isso é em função da própria vida e das leis relacionadas, que movidas são pela de Causa e Efeito. Respeito a Deus como Deus na infinidade de Sua Justiça, bem assim como me compenetro de que, por essa mesma Justiça, legou ao homem, por natureza, qualidades para as vitórias. Se o homem por ignorância ou falsa educação espiritual, ao invés de lutar e vencer à custa de tais fundamentais e divinos bens, acha mais prudente bajular, ou engodar, isso não vem de Deus, por isso Deus não responderá.

Já foi dito que o homem prefere, em matéria de religião, seguir caminho menos recomendável, adulando a Deus e traindo aos deveres sociais; mas, repetimos, é um grave erro de cálculo. Que se dê a bom emprego, por compenetrar-se de que tudo o que é, o é em virtude de Deus, porque aí estão a lei básica e o processo que redime.
Mas, qual a razão deste meu graças a Deus?

Simplesmente isto — fui abordado por Mesquita, que me confiou:

— Sabe que seu mano já mudou e está freqüentando uma sessão espírita? Sabe que sua cunhada se acha bem avançada em desenvolvimento mediúnico?

Para quem não sabe qual o montante de anseios pró-Verdade que assaltam o ser consciente após a desencarnação, a bem do esclarecimento daqueles que ficaram na penumbra da carne, ou da vida restritíssima das zonas densas do mundo mais corpóreo, difícil será compreender o prazer que nos causa, a alegria, que nos toma de assalto, ante uma tal disposição de coisas. Saber que aqueles que nos são mais de perto afetos, mais caros pelas circunstâncias que só o coração sabe bem explicar, em deixando o burgo frio das coisas que apenas passam por espirituais, porque apenas são formais e idólatras, vão-se aos poucos transladando para outros e mais acariciantes climas, para esferas de pensamento e práticas que correspondem a conquistas imortais a bem da alma! Quer maior maravilha que atinar com o caminho por excelência? Nenhuma maravilha poderá ser mais estuante que essa, remir faltas depois de se conceber o maior erro, o mais feliz acidente, aquele que é o emprego ruim da razão, aquele que constitui a má diretriz dada às virtudes fundamentais já despertadas.

Diz o refrão que errar é humano; mas, em verdade, humano é quando se erra em franca espontaneidade, sem resquício de turras sectárias, alheio aos ímpetos da mais rameira tradição. E os erros espirituais da Humanidade são justamente dessa ordem — pensam os filhos, os netos e todos os mais, assim como quiseram pensar, passivamente, e a gosto dos exploradores da fé, todos os seus avós, todo ignorantismo que séculos e séculos de clerezias estúpidas forjaram, contrariando propositalmente aos ensinos básicos, à transmissão operada pelos verdadeiros enviados da Diretoria Planetária. Isso o podemos afirmar — que nenhum farsante, que nenhum explorador da fé, que nenhum idólatra, que espécie alguma de negação da realidade universal, pode falar em nome da Diretoria Planetária. De tal plano de orientação não veio jamais fraudes! A fraude, a traficância, a teologia de grupos, a verdade postiça, a religião do conchavo, as clerezias profissionais base de cultos formais, sem Revelação, não vieram dos Vedas, dos Budas e nem dos Cristos, vieram, sim, posteriormente, por corrupção, por falta de escrúpulos da parte de muitos homens.

E dessas corrupções sofre gravemente a Humanidade! Em lugar de crer nas soberanas leis que à Revelação cumpre expor, desviada do caminho certo, crê a Humanidade nas bobagens formais exercitadas por homens e grupos de fingidos mestres.

Quem, portanto, como eu, ao ouvir dizer que meus parentes ficados no mundo mais denso, se encaminhavam para uma reunião espírita, alegrou-se em extremo por isso, nada fez de exagerado. Viu com os olhos de espírito mais livre, pensou com um cérebro mais lúcido, sentiu com um coração mais afim com a Divina Essência do Universo, sobre as verdades de fato, e então verdades salvadoras, de quem esses parentes e irmãos queridos iam se aproximar. Significa isso meio caminho andado, porque vale mesmo por meio caminho o saber certo sobre as coisas ditas da vida e da morte, do além e do aquém-túmulo.

Crêem ditosos seres destas esferas, que toda a carne poderia e deveria buscar os elementos de fé consciente, por estas alturas da civilização, no contato puro do intercâmbio mediúnico, fugindo com isso aos prejuízos que os formalismos e os discursos falazes produzem, criando nas almas disposição para as psicoses negativas, antropomórficas, idólatras, fanáticas, medrosas, viciadas em geral. A Revelação, o intercâmbio interplanos, feito tudo com elevação de conhecimentos e propósitos, é o culto religioso de fato. Eis o que desejou Moisés, o grande vulto que posteriores fraudulentos quiseram e querem tenha proibido a Revelação:


Quem dera que todo o povo profetizasse,
e que o Senhor lhe desse o seu espírito”
(Números, cap. 11)


À Revelação, pois, cultivada em bases sadias, deverá o homem a sua máxima ou integral obrigação de fundo religioso. O mais é idolatria, venha de onde vier, diga-se o que quiser, passe pelo que queira passar. Porque a finalidade dos planos encarnados, bem o sabemos agora, por evolução, por superioridade, é vir a comungar francamente com os planos erráticos. Se isso se deu com aqueles planetas que são superiores à Terra, e irá dar-se com os que lhe são iguais ou inferiores, que é a Terra para ficar à margem das soberanas leis do Senhor? Só porque a Terra conta com clerezias medonhamente erradas, fanáticas, que querem viver à custa da fé? Só porque a Terra comporta agrupamentos ditos espiritualistas, mas que só falam em segredos, em mistérios, em ocultismos que jamais existiram em Deus, na Sua manifestação, que é a dita Criação? Não, amigos, por isso não, de vez que todos os mundos, em sua infância, tiveram de enfrentar tais problemas, tiveram de eliminar tais absurdidades, tais infelizes aprendizes, tais falsos mestres.

O Amor e a Ciência são expansíveis ao infinito! Eis onde deve estribar-se o espírito, para cultivar a Revelação, a Religião por excelência. Desabrochar os dotes internos, os bens latentes, as faculdades inatas, sem esforço próprio, ou à custa de cultivar o culto dos conceitos de mistérios, de segredos, de ocultismos, de graus ou títulos conferidos por homens, isso não é Religião! A Terra devolve, bem o vemos, todos os dias, para cá, elevado número de titulados religiosos, de criaturas que no mundo se empavonavam com os galardões no mundo obtidos; mas, qual o desfecho? Os títulos que tanto valiam no mundo, aqui ficaram sem efeito. O homem vem para aqui, para ser medido e pesado pela balança da Virtude e do Saber; mas há que ser de fato, pois que moedas falsas não correm nos planos de luz. Poderão passar por trunfo, é certo, mas nas zonas inferiores, nas regiões onde quem tem um olho pode ser rei. Mas, por esferas melhores ou pelas superiores, não transitará com tais pretensos salvo-condutos... Existem, de fato, regiões, onde todos os erros do mundo continuam a ter seguimento; desses planos derivam os espíritos que influenciam o clero, os macumbismos, os fanatismos em geral, por questões de credos, crenças, políticas, princípios em geral de aplicação do pensamento. O discernimento dos espíritos, como disse o Apóstolo dos Gentios, é uma grande faculdade e um elemento de que ninguém deve descurar, principalmente o cultor do mediunismo.






ÍNICIO - CAPA






































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A SAGRADA E ETERNA SÍNTESE

PRINCÍPIO OU DEUS – Essência Divina Onipresente, Onisciente e Onipotente, que tudo origina, sustenta e destina, e cujo destino é a Reintegração Total. O Espírito e a Matéria, os Mundos e as Humanidades, e as Leis Relativas, retornarão à Unidade Essencial, ou Espírito e Verdade. Se deixasse de Emanar, Manifestar ou Criar, nada haveria sem ser Ele, Princípio Onipresente. Como o Princípio é Integral, não crescendo nem diminuindo, tudo gira em torno de ser Manifestador e Manifestação, tudo Manifestando e tudo Reintegrando. Eis o Divino Monismo.

ESPÍRITO FILHO – As centelhas emanadas, não criadas, contêm TODAS AS VIRTUDES DIVINAS EM POTENCIAL, devendo desabrochá-las no seio dos Mundos, das encarnações e desencarnações, até retornarem ao Seio Divino, como Unas ou Espírito e Verdade. Ninguém será eternamente filho de Deus, tudo voltará a ser Deus em Deus. Esta sabedoria foi ensinada por Hermes, Crisna e Pitágoras. Jesus viveu o Personagem Inconfundível de VERBO EXEMPLAR, de tudo que deriva do UM ESSENCIAL e a Ele retorna como UNO TOTAL. O Túmulo Vazio é mais do que a Manjedoura. (Entendam bem).

CARRO DA ALMA OU PERISPÍRITO – Ele se forma para o espírito filho ter meios de agir no Cosmos, ou Matéria. Com a autodivinização do espírito, ao atingir a União Divina, ou Reintegração, finda a tarefa do perispírito. Lentíssima é a autodivinização, isto é, o desabrochamento das Latentes Virtudes Divinas. Tudo vai aumentando em Luz e Glória, até vir a ser Divindade Total, União Total, isto é, perdendo em RELATIVIDADE, para ganhar em DIVINDADE.

MATÉRIA OU COSMO – A Matéria é Essência Divina, Luz Divina, Energia, Éter, Substância, Gás, Vapor, Líquido, Sólido. Em qualquer nível de apresentação é ferramenta do espírito filho de Deus. (É muito infeliz quem não procura entender isso).

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