NUM CAMPO FLORIDO
Que sonho maravilhoso aquele! Assim
digo, pois nem sei se sonho de fato o foi ou se constituiu uma saída
rápida à deslumbrante região. Nunca cheguei a saber, até hoje, se
em realidade existem pradarias assim floridas, espaços com músicas
enlevantes, rios imensos de água azul-prateada e brilhante, perfumes
e coisas impossíveis de serem relatadas. Em meio a tudo aquilo, uma
criança loura de uns três anos, chamando-me pelo nome, guiando-me,
numa expressão de felicidade contagiante, quando se volta, falou com
a sua vozinha infantil, cheia de graça:
— Nós somos de Um Senhor, Infinito
em todos os sentidos. Comportamos virtudes infinitas por desabrochar.
Não devemos, portanto, miserabilizar nossas mentes e nossas
consciências com as coisas e as impressões dos planos inferiores da
vida. É capaz de lembrar-se disto?
— Sou... Se Deus me der as
forças...
— Forças nós a temos, por no-las
haver dado Deus, desde o princípio, por natureza; o que não devemos
é empregá-las negativamente, sob a forma de apegos inferiores,
exclusivistas, orgulhosos, racistas, animais, etc. Pense bem, senhor
Adroaldo, que não se vive, sem que se seja uma força. O que existe
é força, seja lá de ordem qualquer, ou por mais negativa que o
seja. O certo é que venhamos a constituir uma força às direitas,
no sentido harmônico, acompanhando em vibrações ao Supremo Senhor.
Julga ter por acaso a ida de Jesus ao mundo dos encarnados, para
tamanho exemplo de esforço direcional conveniente?
— Eu sei que Jesus foi ao mundo...
E acordei. Se foi pesadelo, santo foi
ele. Também, mal acordado, eis que por mim chamam, à porta. Quando
a abro, era uma jovem do grupo de socorros que vinha avisar-me de
serviços por executar, em sua companhia, horas depois. Saí,
portanto, em sua companhia, para a rua. Todas as ruas dessa região
são amplamente ajardinadas. E creio que melhor tratamento de amor
que lhe votam os habitantes não poderiam ter. Cada qual dá às
flores, aos jardins, às frondosas árvores, tudo o que pode de
afetos puros. E nós sabemos o que significa querer bem, contribuir
desse modo pela beleza das coisas que glorificam a vida. Religião
não é isso que no mundo carnal faz de conta que é, ou faz-se por
ser, religião é vida plena, amante, sábia, feliz, acolhedora,
científica, harmônica, altruísta; é viver para tudo e todos,
vibrantemente, universalmente, amoravelmente, seja para com os
mundos, as nebulosas, os espaços infindos, as pessoas, os animais,
as plantas, as pedras, tudo que vive, tudo que é, seja lá o que
for, desde que seja manifestação do Supremo Espírito, da
Fundamental Essência.
Havendo acompanhado aquela jovem,
duas horas depois fomos ter a uma casa da crosta. Devia ser gente
protestante, logo calculei, pelas cantorias bonitas com que se
dirigiam a Deus, a Jesus, imaginando Aquele da forma a mais
antropomórfica possível. Todavia, sentiam muito o que faziam,
embalsamando o ambiente de maneira feliz, com radiações vigorosas.
Pediam ao Senhor a cura de uma criança, caso isso fosse do Seu Santo
Desígnio. Íris, a jovem, foi levar-lhes a resposta do Senhor,
resposta positiva. Foi vistoriar o caso, antes de mais nada, pois a
menina tinha os intestinos em muito mal estado, fazia dias.
— Esta noite, como você irá ver,
havemos de tirá-la daqui para um tratamento em nosso hospital.
Faremos a cura pelo perispírito, além de virem médicos depositar
elementos de nossa flora nos alimentos da irmãzinha. Ela precisa
sarar, pois nasceu para certa função. O mundo carnal precisa de
reformadores ou agentes de ideais reformistas; e esta menina irá
fazer coisas úteis. Trouxe consigo faculdades mediúnicas vantajosas
que, em seu tempo, hão de expor-se, abalando a crendice de muitos.
Poderá vir a ser mal compreendida, odiada até; mas, aos servos do
Senhor basta-lhes a satisfação de consciência, de mandato em
exercício.
A turma de cantores se foi. Nós,
também, nada mais tínhamos por fazer, depois de Íris impor-lhe as
mãos, passando-lhes fluidos vivificantes.
A noite, por isso mesmo, estava sendo
aguardada por mim com todas as honras; aprende-se muito e sempre por
estas bandas da vida, no círculo de pessoas agentes do bem. Como
Fábio estivesse com tempo, fiz-lhe convite, depois de indagar a Íris
se isso seria possível, não prejudicial e do seu agrado. Ele quis
muito e assim ficou combinado, para depois da meia-noite.
E a meia-noite chegou.
Quando saímos do instituto
socorrista, um grupo de umas dez pessoas mais ou menos, guiado por
Íris, foi com destino ao hospital localizado numa região abaixo,
posto intermediário entre zonas trevosas e primeiros estágios de
restauração e paz. Íris levava encargo no sentido de preparar o
necessário para o ato a que a menina houvesse de necessidade.
Chegados, pois, ao hospital em vista, deixou ela documento em mãos
responsáveis, na portaria do mesmo. E partimos.
Na crosta, e casa adentro, vimos que
amorosa mãe velava pelo seu rebento, sentada em cadeira de vime,
pensando no Senhor; orava, no momento, desprendendo vigorosos filetes
brancos, puros como o seu amor maternal.
— Ponham todos vocês as mãos
sobre mim — ordenou-nos Íris.
Feito isso, ordenou de novo:
— Orem ao Sagrado Princípio do
Universo, que é em nós a parte e o Todo.
E não havia que pensar em Deus
longínquo, depois de tal convite. Passamos, por isso mesmo, a
arrancar de nós aquilo que jamais deixou de ser depósito divinal,
em poderes e sentires. Nossas almas foram como que se expandindo,
tornando-se amplas; cores desconhecidas se foram apresentando, sons
maviosos e embalantes se apresentaram a nossos ouvidos. O quarto
podia estar escuro para os frouxos alcances do olho encarnado; para
nós, porém, tudo era luz e dadivosas bênçãos.
Íris, só então, colocou sua mão
direita sobre o ventre da irmãzinha, projetando-lhe eflúvios
multicores, que, aos poucos, tomaram a tonalidade mais viva do
dourado. Era como se um batalhão de homens bem armados valentemente
penetrasse e de chofre pela caverna adentro onde ladrões se
escondessem. Porque, assim como os ladrões o fariam, procurando
jeito de fuga e esconderijo pelas frinchas e anfractuosidades, assim
começaram a fazer, aqueles turbilhões mucosos, numa sortida
desesperada.
A mãe, ante as convulsões da
filhinha, levantou-se e prontificou-se à higienização. Admirou-se
da quantidade de elementos expelidos e do mau cheiro. Mas, notou com
satisfação, que o seu anjinho estava com outro aspecto, sorrindo
mesmo, como há tempos não o poderia fazer.
Uma vez limpa a criança, colocou-a
de novo no leito, acariciando-lhe a cabecinha loura.
— Coloquem vossas mãos sobre a
mãe. — ordenou Íris — Vamos aproveitar suas reservas de fluido
animal eletromagnetizado.
E ela mesma passou a impor diretriz
aos fluidos que começaram a exteriorizar-se pelas pontas dos dedos
da progenitora. Com isso, dentro em pouco a menina adormecia. E
chegou a hora aguardada.
— Afastem-se um pouco — disse
Íris, movendo a cabeça, a sua bela cabeça, de onde despencavam
ondeados e sedosos cabelos cor do sol.
E com o nosso afastamento, foi
retirado o ser vivente daquele veículo de matéria organizada e
sabiamente disposta. A menina estava linda, muito linda, como o seu
feliz sorriso, sorriso esse que repercutia no corpinho que dormia.
Íris, num jogo de fluidos, vestiu-a como quis, toda de branco, mas
um branco radiante, vivo, assim como se falasse, assim como se
vivesse. E com seu semblante feliz, sem falar, acenou para a saída
imediata. E foi só querer, pois ali todas as vontades eram sua
vontade. A mulher, para certas coisas e disposições, é sempre mãe
e objeto de superiores cuidados.
Não sei o lapso de tempo gasto na
travessia; mas foi como estar ao mesmo tempo nos dois lugares, tal a
precisão do acontecimento. Não levamos a menina para a nossa
região-moradia, para a nossa zona astral; fomos aportar em rincão
de mim não conhecido, zona relativamente inferior, céu eivado de
penumbra; mas havia organização hospitalar à altura das
necessidades, direi próprias, julgando aqui de modo muito
condicional, pois me parece que o ponto forte, sempre, é merecer.
Verdadeiramente, merecendo, havendo cabimento executável, o que se
não pode dar? O que seria impossível?
Introduzida a menina num recinto
apropriado, ei-la entregue a gente do mais apurado metier.
Deitaram-na sobre um leito alvo, puseram-na sem roupa, focalizaram-na
sem e com aparelhamentos vários, apetrechos técnicos e observações
em geral. Em seguida, depois de repicar de um palavreado técnico,
para mim sem importância, pois o que me punha extremamente curioso
não era isso, que é bem da Terra, houve quem dissesse:
— Só mesmo convocando Eliel. O
caso reclama outras intervenções...
Alguém, do círculo, interveio:
— Pois que vá Íris ao encalço de
Eliel!
Íris não se fez de rogar; sumiu de
diante de nós, mesmo que me pareça tê-la visto sair por uma das
portas. E minutos depois, nem cinco deles, creio, ei-la de volta, em
companhia de um senhor muito alto, louro, fisionomia alegre e olhar
mais bondoso que inteligente. Com a chegada de Eliel, todos o
saudaram, com carinhoso afeto. E ele, simples, encaminhou-se para a
menina, que sorria feliz, penso eu que, sob a influência dos fluidos
de Íris, para acariciá-la, dizer-lhe palavras, que, decerto, a
menina não compreendia. Havia, porém, uma qualquer coisa nesse
homem simples, cujo olhar radiava extrema bondade.
— Que acha? — indagou um dos do
hospital, que devia ser médico.
— Que devemos intervir —
respondeu o homem simples, automaticamente.
— Com os projetores? — indagou o
homem do hospital.
— Com ambas as projeções... A
mecânica e a psíquica.
Com isso dito, mais gente foi
convocada, gente que veio formar em torno do leito. Quando todos
estavam a postos, o homem simples avisou:
— Todos nós, como sabeis, estamos
fundamentados em Deus, na Essência Básica ou Divina do Universo;
devemos, pela educação em geral, saber ir a Ela e colher o
necessário, para nós e para quem o queria. É o que iremos fazer,
mais uma vez, a bem desta nossa irmãzinha. Busquemos, pois, o
Sagrado Princípio do Universo, dentro de nós mesmos. Pelo que
viermos a luzir, naturalmente saberemos do alcance atingido. Sabendo
não ser alheio a nós, Deus, deixemos o resultado a cargo de Sua
Soberana Justiça. Oremos, converse com o Pai Comum de tudo e de
todos.
Se cada um pensa como pode, certo é
que cada qual ora como pode, também. E ninguém foi convidado a
dizer isto ou aquilo. Porque, para falar com Deus no templo interno,
não há que gritar, nem falar alto, nem murmurar. Há que fazer
profundo silêncio. E isso foi acontecendo. Dentro em pouco, parecia
ter-se o ruído transformado em nada. O simples zunido, forma em que
se apresenta o ruído distante, pareceu desaparecer. Ou ele sumiu de
nós ou nós o deixamos, por razão qualquer ou lei atinente.
E, coisa curiosa para mim, de
tremenda significação, foi que passei a ver com os olhos cerrados.
E data desse dia, essa faculdade de que muito tenho feito valia, em
meus trabalhos de espírito socorrista. O que mal vejo de olhos
abertos, melhor enxergo com eles fechados. A nitidez é outra, outro
é o alcance rumo ao infinitesimal.
Via, pois, com precisão, tudo o que
ia pelos intestinos da menina. Se não tenho alcance para dizer de
órgãos e acidentes, posso ao menos dizer que vi coisas que estão
muito longe do alcance científico, e mesmo de imaginação, de
muitos ditos sábios do mundo carnal. Quando Deus quer, direi, tudo
será insignificante, quase inexistente, na ordem relativa, ou das
coisas ditas da Criação, daquilo que é de acento material, seja da
alçada que for, em densidade ou intensidade. Porque o quarto passou
a brilhar, e numa intensidade tal, que me vi na contingência de
apelar por auxílio, por meio de um gemido surdo, indefinível,
transportante.
— Mantenha-se calmo o mais possível
— disse o homem simples, num tom de voz que parecia vir das
profundezas de si mesmo, lá onde devia estar conversando com o
Supremo Todo, ele que devia já poder fazer isso, pelas suas
conquistas internas.
— Sim... sim... — foi o que me
lembro ter dito.
Ao cabo de minutos, que pareceram
séculos, tanto se viveu em tão pouco, gradativamente tudo foi
volvendo ao natural. Eu chorava sem saber bem por que, sentindo em
mim torrentes de glória e eternidade me rondarem a alma enternecida;
e os outros, mais experimentados do que eu, por que chorariam?...
Tudo era natural, diz o homem
simples:
— Se for preciso, volveremos...
Mas, tenho certeza de que não o será. Graças do Supremo Princípio
verteram das profundezas de todos os presentes. Eu vos agradeço,
amigos, por tanta dedicação ao próximo. Deus vos pague. E não vos
esqueçais, de que estarei sempre ao vosso dispor, para estas subidas
de espírito, nas alturas divinais de nós mesmos. Adeus, amigos, que
me chamam para outros deveres.
Quando ele devia estar bem longe,
perguntei a Íris:
— De que círculos do mundo veio
esse irmão?
— Não se iluda, que não alcançou
isso com meia dúzia de encarnações. Vem, portanto, de ciclos e
ciclos, de eras e eras, num crescendo contínuo, como é natural para
todos.
Pauseou e logo prosseguiu, fazendo um
trejeitozinho gracioso, todo seu:
— Mas, na última encarnação,
para libertar-se de certas quejandinhas de uma vida remota, quis ter
e Deus abençoou o seu querer, a vida trabalhosa de um médium de
cura, pobre e sem letras, escravo do dever. Findou os seus dias num
abrigo, desconhecido de todos, onde fazia questão de servir no que
lhe estivesse ao alcance, isto é, ao alcance de um corpo
encarquilhado, curvo aos anos e debitado ao laboratório comum. Não
ostentou títulos, não teve preferências exteriorísticas, não lhe
fizeram discursos encomendatórios na hora do enterramento dos
restos, a quem tanto trabalho deu, de quem muito extraiu vantagens.
Enquanto Íris terminava seu breve
comentário, trabalhadores da casa dispunham a menina de modo a poder
ser recambiada ao corpozinho distante. Assim a jeito, é Íris quem
convida a partir. E partimos. Tudo rápido, sem rodeios; entre um
piscar de olhos, eis-nos de novo na crosta com a serva a depositar o
espírito no seu invólucro temporário. Passou-lhe as níveas e
brilhantes mãos da cabeça aos pés, por várias vezes, comprimindo
elementos etéricos e astrais no sentido que desejava, que sabia
necessários.
— Com esta sobrecarga de elementos
intensíssimos em saúde, o corpo somático cederá. As bactérias já
foram eliminadas e os tecidos estão em franca restauração.
Aguardemos um pouco, até que a mãe lhe prepare o que comer, para
que Davi ministre o necessário no alimento.
Eu nem pensava em Davi, um amigo da
região, mas que desempenhava função em zona inferior, chefiando um
laboratório. Naturalmente, alguém devia ter-lhe passado informe. E
para Íris, fácil lhe seria avisar, dispondo, como dispunha, de
imenso cabedal psíquico; querer locomover-se, para um espírito de
tamanha capacidade em mutação perispiritual, é pensar e fazer.
Quando quer densificar o seu corpo, pensa e faz; quando quer
furtar-se à densificação, e ingressar em gamas vibratórias que
lhe facilitam a invisibilidade e a ligeireza do pensamento, também o
faz, também o executa, simplesmente desejando com firmeza.
Quando, pois a menina iniciou um
chorozinho e a progenitora, acordando, veio pressurosa atendê-la,
Íris nos avisou:
— Fiquem aí, que voltarei num
minuto. E sumiu diante de nós, como se fosse uma coisa que sendo,
num repente deixasse de sê-lo. Também, para voltar, foi como se
tivesse sumido e reaparecido; o jogo da vontade, portanto, operado
com o máximo de eficiência e precisão. Veio acompanhada de Davi,
que trazia a sua mala forra. E para quem queira pensar na vida, ou
processo de vida para além do túmulo, sabendo-o duplicata apenas
mais tênue da vida na crosta, ou na carne mais densa, compreenderá
muito bem que tudo é natural e certo, sendo como o é, por ser
seguimento lento, progressivo, sem a violência de algum salto
misterioso ou miraculoso, rumo ao desconhecido. Não, que esse não
seja o processo da Sabedoria Suprema. A violência não parte das
leis puras do Senhor, serão filhas, apenas, dos desmandos do homem
desconhecedor.
Com o levantar da progenitora, e o
fato de ter encontrado completa ausência de febre, uma imensa
alegria invadiu-lhe o ser. Enviou graças ao Senhor, que se foram
éter afora, sob a forma de cristalinos filetes. Assim, porém, que
se deu a preparar a alimentação da menina. Davi entrou para o
exercício do seu ministério, aplicando dose, acompanhando o
desenvolvimento dos elementos, no campo etérico, numa zona da vida
que foge ao alcance da vista humana, fugindo, também, das inferiores
e humanas vistas destas bandas. Pois tudo é simplesmente comum, aí
como aqui, cada qual podendo o que pode, pura e simplesmente. E, para
avançar um pouco, seja no sentido que for, faz-se preciso a ajuda de
alguém que possa mais; e essa ajuda, esse auxílio, quando muito
atinge o ponto máximo de flexão pessoal. Nunca ultrapassa o limite
demarcado pela evolução do beneficiário.
Quando a mãe da menina começou a
ministrar-lhe o alimento, nós partimos. Estava pronta a nossa
tarefa. Hoje, a menina está com uns quinze anos; à custa de suas
faculdades, Íris fala continuamente a muitos encarnados e muita
gente sabe um pouco mais de Cristianismo do que sabia antes, quando
pensava que ser da Doutrina do Cristo é apenas questão de ler
textos, entendê-los fanaticamente; cantar hinos; sustentar ideais
sectários; desconhecer o problema da morte; furtar-se ao culto da
Revelação; pensar que é escolhido, quando é apenas ignorante das
imensas leis de Deus. Tudo, pois, em tão pouco tempo, saiu como fora
de mais alto determinado. Porque, acima dos conhecimentos humanos das
quejandinhas dos homens e dos cleros em geral, paira uma orientação
inteligente, organizada, que faz com que tomem as coisas e os seres o
rumo justo, segundo os merecimentos, sempre de acordo com a lei de
causa e efeito. Porque assim é; de conformidade com a direção dada
ao esforço, rumo ao bem ou ao mal, à paz ou à tormenta, assim se
terá. Da parte dos guias, dos serviçais do bem, tudo é questão de
atender, quando a criatura o mereça, ou de abandonar, quando faça
por isso. O certo é que ninguém fica sem acompanhamento astral; de
alguém será companhia, far-se-á acompanhante, sendo certo que
serão de igual para igual, pois assim o força a lei de afinidades.
Extraído do Livro: A Caminho do Céu
UNIÃO DIVINISTA
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