DIVINA SIMPLICIDADE – A Lei foi entregue à consciência de cada filho de Deus, e somente a Justiça Divina o julgará, em secreto, em tempo certo. O Verbo Modelo deixou o exemplo de tudo que deriva de Deus, seja Espírito ou Matéria, e a Deus um dia retornará, como Espírito e Verdade, e ninguém com Ele poderá jamais discutir, porque Seu advogado chama-se Justiça Divina. Capítulo I DO GÊNESE AO APOCALIPSE

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sexta-feira, 14 de junho de 2019

A CAMINHO DO CÉU - Acompanhando Fábio




ACOMPANHANDO FÁBIO


Era mesmo de se esperar que Fábio, com suas experiências e conquistas técnicas, fosse indicado a trabalhos outros, em outros grupos e sob a chefia de mestres no ramo das aplicações magnéticas. Todos nós, naturalmente somos receptores e emissores de fluidos; mas, de par com as possibilidades naturais, coexistem as peculiaridades e aprendizados. Captar e irradiar é comum. Saber captar e aplicar com maestria é outra coisa. E ainda resta o fator tônus, a qualidade do que capta, a elaboração interna a que sujeita e a sapiência na aplicação. Isso não é coisa para se aprender num mês e nem para se conseguir numa vida ou duas. É sabido que o simples fato de modificar o pensar e o sentir faz, imediatamente, se modifique em parte a aura pessoal, quer seja pela imposição vibratória interna, quer seja pela sintonia com os outros graus e outras gamas externas, onde então fará a captação cósmica. Verdadeiramente, todos vivemos, na carne ou fora dela, de contínuo, a captar e transmitir; o que varia de acordo com o “modus vivendi” é a intensidade do mecanismo e a qualidade dos elementos.

Fábio, pois, foi indicado para serviços de passes e curas. É um subdepartamento do instituto, composto de uma vintena de trabalhadores, onde se salientam elementos que agem por delegação, isto é, não só que sabem e podem captar e transmitir, mas que encerram em si autoridade moral e delegada para o fazerem.

Estive presente ao ato de admissão de Fábio, tendo ouvido dizer o chefe de tais serviços, um espírito de reais valores, no ramo:

— Como você procurou conhecer durante a encarnação, há correspondência entre sons, cores e vibrações. Há, também, características próprias e sutis, para efeito de captações e transmissões, bem assim como está todo o ser de posse da faculdade de emprestar valores próprios aos fluidos cósmicos absorvidos. O tônus é conferido pelo ser, sendo que pode variar muito em virtude de suas flutuações mentais e impulsivas em geral. Cumpre saber também que cada órgão interno, pela sua natureza química e ação, possui a sua cor própria, atraindo e expelindo, dando de si condição ou modo de ser próprio aos elementos cósmicos que atrai e concentra. Há que atentar, portanto, para este fato: não é apenas o corpo humano que em unidade se apresenta como capaz de um padrão receptivo e emissivo, ou de dar de si um modo de tônus vibratório, que significa som, cor e qualidade. É que cada órgão por si mesmo faz isso isoladamente, concorrendo para que o todo se apresente a seu modo, com a sua hierarquia tônica.

E ante o grupo de técnicos, onde Fábio formava com a sua atenção crivada nas palavras do chefe, prosseguia este:

— É necessário, pois, pôr toda a atenção na escala cromática, para um bom serviço. Cada órgão reclama sua terapêutica. E embora a elevação de pensamentos concorra para a superioridade, para a elevação do tônus, e conseqüentemente para os resultados seguros, é de atentar-se para o fator externo, que é o doente, o passivo, com o seu grau vibratório problemático, com as suas flutuações, com a sua possível negação absorsiva. Para um bom paciente, a aplicação generalizada ou universal basta; porque ele facilitará, sem dúvida, a que cada raio por si se encaminhe e localize. Mas, ao passivo que não ofereça campo universal, deve-se ir pelas partes, pelos centros em particular. Em nossos hospitais contamos conosco e com os elementos de nosso plano; junto aos encarnados, contamos com os médiuns e os elementos da atmosfera terrestre, ambos riquíssimos em propriedades terapêuticas. Os fluidos emanados dos médiuns, quando estes procuram de fato permanecer em normalidade vibratória, comportam já as tonalidades devidas; são elementos já preparados. Como, porém, surgem complexidades a valer, por via do que podemos ou não, das variantes condições, disposições mediúnicas e diversidades por parte dos passivos, necessário se faz agir com prudência, muita prudência para que os serviços não se tornem nulos, em tempo de emprego e esforços expendidos.

E aprendia eu que nos céus também não existem milagres. Há, sim, leis e regras para tudo, técnicas a serem seguidas, esforços a serem empregados, sacrifícios à cata de obreiros carentes de progresso.

Preparava-me para sair, por ter deveres a cumprir em horas certas, quando o mentor dizia:

— Relatividade é composição. Há que atentar, portanto, para as razões complementares que se possam apresentar, no curso do desempenho funcional. Para agir bem em nossos planos inferiores, curando corpos menos densos e caracteres corruptos, é necessário intervenha todo o quociente técnico possível. Para atender àqueles do lado de lá do limiar etéreo, muito mais cuidado se faz preciso; a densidade dos corpos, a recalcitrância nos hábitos menos edificantes, os vícios funcionais e com eles as taras secreativas, tudo impede a eficiência dos melhores esforços. O homem vive em função dos supremos desígnios e age em função das estultícies que lhe formam o patrimônio tradicional. Precisamos conhecer, ter firme desejo de servir, amar ao ato de dar o possível.

Já ia longe no corredor, e ainda o ouvi dizer:

— Devemos lembrar sempre, porém, que não contamos apenas com recursos técnicos... Pois a coroa de assistência superior há de sempre envolver àqueles que de coração superiorizado derem-se ao afã de lutar pelos irmãos... É que, assim como procuramos atender a uns, preferindo a sombra do anonimato fraterno, assim é que outros, mais bem situados do que nós, também através das leis sublimes da natureza, procuram infiltrar bênçãos valorosas em nossos serviços.

E perdi de ouvir, pesaroso, aquilo que bem gostaria aproveitar.

No dia seguinte, pelas quatro e meia da manhã, fui procurado por Fábio, que, como tinha ficado combinado, iria ao seu primeiro serviço de assistência. Pus-me de pé num momento, uma vez que advertiu:

— Temos que estar junto ao doente em menos de dez minutos. Precisamos aproveitar as últimas horas de repouso matinal. Quanto mais descansados os órgãos, mais relaxados os músculos, menos febril o cérebro e bem diminuídos os vapores de sangue, tanto melhor.

— É encarnado o doente?

— É. A dor o está encaminhando à Verdade...

— Então, tenho razão de achar que a necessidade de dor prova a insuficiência de conhecimento e amor... — quis eu interrompê-lo.

— Mas, calemos, que precisamos partir — advertiu, novamente.

— Vamos sós?

— Não. Três acompanhantes aguardam-nos aí fora... Eu nem saberia ir sozinho à crosta... Dizem que há necessidade de tomar certos cuidados, em determinadas regiões intermediárias.

Tudo pronto, partimos. Éramos cinco homens a rumar para a atmosfera densa do globo sólido, onde um irmão nos aguardava os recursos, por terem por ele feito pedido, em um Centro da localidade. A viagem, porém, não transcorreu por sobre os trâmites mais dificultosos, passando pelas regiões perigosas; valendo-nos dos recursos e vontade daqueles três outros amigos, bifurcamos pelas camadas menos densas do fluido universal, vindo assim a escapar de possíveis dificuldades, ou demoras, pelo contato com gamas menos felizes, sintonizantes com legiões de seres sofríveis, às vezes perseguidores implacáveis.

Quando na crosta, a neblina constituía, para a visão, zeloso sudário. Dormia a natureza terrícola entre os braços de tépida madrugada. Nada de aragens; ruído algum a perturbar a quietude, o repouso das coisas e dos homens. Cinco homens, ou invisíveis forças da manifestação divinal, transpunham, lentos, mas falando alto e bom som, os caminhos solitários daquele interior. E chegamos ao domicílio em vista, casinha pobre erguida ao lado de bambual gotejante. Mas ruído faria um cãozinho que além dormia, se nos visse. Mas nosso plano vibratório era outro.

— Entremos — convidou um daqueles três amigos.


— Farei o possível — foi o meu remate.






ÍNICIO - CAPA






































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A SAGRADA E ETERNA SÍNTESE

PRINCÍPIO OU DEUS – Essência Divina Onipresente, Onisciente e Onipotente, que tudo origina, sustenta e destina, e cujo destino é a Reintegração Total. O Espírito e a Matéria, os Mundos e as Humanidades, e as Leis Relativas, retornarão à Unidade Essencial, ou Espírito e Verdade. Se deixasse de Emanar, Manifestar ou Criar, nada haveria sem ser Ele, Princípio Onipresente. Como o Princípio é Integral, não crescendo nem diminuindo, tudo gira em torno de ser Manifestador e Manifestação, tudo Manifestando e tudo Reintegrando. Eis o Divino Monismo.

ESPÍRITO FILHO – As centelhas emanadas, não criadas, contêm TODAS AS VIRTUDES DIVINAS EM POTENCIAL, devendo desabrochá-las no seio dos Mundos, das encarnações e desencarnações, até retornarem ao Seio Divino, como Unas ou Espírito e Verdade. Ninguém será eternamente filho de Deus, tudo voltará a ser Deus em Deus. Esta sabedoria foi ensinada por Hermes, Crisna e Pitágoras. Jesus viveu o Personagem Inconfundível de VERBO EXEMPLAR, de tudo que deriva do UM ESSENCIAL e a Ele retorna como UNO TOTAL. O Túmulo Vazio é mais do que a Manjedoura. (Entendam bem).

CARRO DA ALMA OU PERISPÍRITO – Ele se forma para o espírito filho ter meios de agir no Cosmos, ou Matéria. Com a autodivinização do espírito, ao atingir a União Divina, ou Reintegração, finda a tarefa do perispírito. Lentíssima é a autodivinização, isto é, o desabrochamento das Latentes Virtudes Divinas. Tudo vai aumentando em Luz e Glória, até vir a ser Divindade Total, União Total, isto é, perdendo em RELATIVIDADE, para ganhar em DIVINDADE.

MATÉRIA OU COSMO – A Matéria é Essência Divina, Luz Divina, Energia, Éter, Substância, Gás, Vapor, Líquido, Sólido. Em qualquer nível de apresentação é ferramenta do espírito filho de Deus. (É muito infeliz quem não procura entender isso).

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