DIVINA SIMPLICIDADE – A Lei foi entregue à consciência de cada filho de Deus, e somente a Justiça Divina o julgará, em secreto, em tempo certo. O Verbo Modelo deixou o exemplo de tudo que deriva de Deus, seja Espírito ou Matéria, e a Deus um dia retornará, como Espírito e Verdade, e ninguém com Ele poderá jamais discutir, porque Seu advogado chama-se Justiça Divina. Capítulo I DO GÊNESE AO APOCALIPSE

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sexta-feira, 14 de junho de 2019

A CAMINHO DO CÉU - Lendo o Meu Relatório




LENDO O MEU RELATÓRIO


Não é agravante, para mim, o ter desencarnado, nesta última vez, nas condições em que o fiz; pois nada tinha a agravar, por nada ter tido de importante em outras vidas, a me aureolar a fronte de vivedor simples e humilde. Conheço quem não possa dizer o mesmo, por haver esbanjado bens internos em experiências mal orientadas; quem borrifou de fiasco, nova migração pela carne, depois de ter dado de si, em outros tempos, provas de belas realizações. É que, como ninguém se completa de uma só vez, tendo de experimentar situações estas e aquelas, para efeito de complemento, esbarra em ângulos menos eficientes de sua própria organização. Há mesmo, em todos nós que ainda somos pobres de virtudes despertas, pontos fracos, regiões morais menos sólidas. Cumpre, portanto, ao programar nova abordagem à carne, fazê-lo com prudência, não excedendo nos exageros da auto-suficiência. É melhor andar devagar e seguramente.

Não sei o porquê, mas foi Alva quem me veio trazer, um dia, meu relatório. Era e ainda deve ser, devendo estar no departamento competente, um calhamaço em ordem, limpo, bem guarnecido. Não tinha, nem seria preciso ter, como me disseram, referências sobre os primeiros lances do espírito consciente, ou de entrada imediata no reino hominal. Começou, mais ou menos, e com citações mui ligeiras, no tempo da vinda da raça adâmica, há pouco mais ou menos quinhentos mil anos atrás. Não sou adamita, não vim barrado de outro plano, sou evita, sou da raça primitiva como muita gente o é, pois deveis saber que nos compomos, os habitantes da Terra em geral, da carne e dos países astrais, de uma infusão de advindos e primitivos, rareando muito os emigrados voluntários de outros planetas.

Há quem pense muito, sei-o agora, nessa questão; isto é, em ir para melhor casa cósmica, pensando que, para encontrar céus lindos, indizíveis em esplendor, seja preciso deixar a Terra. Que erro grosseiro! Pois, nem cismando coisas ditas sonhadoras, e que em si contivessem os néctares dos sonhos, poderia dizer alguém encarnado, ou habitante dos países inferiores do astral, daquilo que a Terra comporta, em suas zonas mais afastadas, lá para onde não consegue atingir o vibrar inferior das camadas mais próximas do centro.

Porque a Terra é um todo, sendo que, quanto mais para o centro geral, tanto mais inferior, na direta proporção em que, quanto mais para fora, mais divinizados os ambientes são. Descobre o ser, os seus bens inatos, os seus dotes de emanação divina que é, para certificar-se do que afirmamos aqui, de onde o plano geral se torna de fácil compreensão. A Terra comporta todos os céus desejáveis. Que ninguém perca tempo em pensar ir para longe, porque o mais difícil é atingir os cimos dela mesma. Nos seus extremos domínios, possui a casa cósmica dirigida pelo Diretor Planetário, ambientes subidíssimos. Não sei isso apenas por estudos diagramáticos que nos são aqui oferecidos; experimentei o prazer de saber de fato, em virtude de escalada organizadora, como prêmio, e onde Alva era uma das dirigentes da minúscula caravana.

Apenas, é bom considerar, a muita luz cega aos morcegos... Em nossa organização característica, existem três pontos essenciais — o inferior, o ótimo e o superior. O inferior atingimos pela degradação, e não sei até onde possa ir, sem ser que atinge o revolvimento das formas animais primitivas por onde transitamos em simplicidade, o que então era normal. O ótimo é aquele estado normal, como o meu, no presente, que estou em equilíbrio entre merecimento e o meio ambiente. E o superior, que é o forçamento do ótimo, coisa que cansa, pois constitui um sustentar altura vibratória não comum, não ordinária. As alturas cansam muito, sendo normal que, nos extremos do forçamento, não podemos manter o posto por nós mesmos, sendo necessária a intervenção de agentes mais categorizados. Há, porém, para o inferior e o superior, campo acessível, onde, sem prejuízo, se pode viver e servir. Nunca deixaria de haver um campo de flexão, para cima e para baixo, em tons e matizes. Uns sobem para estudar, para encetar aprimoramentos, principalmente nos casos de encarnações missionárias em vista. Outros, abnegados, descem para se tornarem mais úteis, para estarem ao pé daqueles a quem pretendem auxiliar. Os nossos planos estão forros destes tais.

Mas eu dizia de mim mesmo, como evita, como elemento da raça-mãe, daquela raça que ofereceu encarnação à legião adâmica, faz mais ou menos quinhentos mil anos, segundo dizem sábios destes lados, através de seus livros e suas palestras.

Que coisas andei a fazer, então, por todo esse tempo, no seio do cardume humano, na Terra como se fora em qualquer outro mundo da mesma categoria? Vivi e fui, como acontece com todos, preparando meu caráter pessoal. Porque ser uma individualidade distinta, à parte das demais partes, nada demais é; o principal é a organização do caráter, a feitura do próprio eu característico. E demorei-me desanimado, porventura? Não, pois milhões de anos temos vivido, nos planos inferiores, de antes do mineral, nas gamas hierárquicas incontáveis dos reinos anteriores ao reino animal. E como atravessamos o reino animal? De um salto, talvez? Não, pois na Obra Divina, no Deus Manifesto, não há saltos, tudo é paulatino, lento, progressivamente lento.

Revi, também, através de aparelhagens próprias, vidas e vidas, nas eras que se foram, nos continentes que já não existem, no seio de raças que se transfundiram. Adorei a um mesmo Deus por fanatismos vários. Ofendi a um mesmo Deus, pelas razões que também hoje são usadas pelas diferentes religiões, nos seus entrechoques sectários. Defendi cores, bandeiras, clãs, credos. Matei e fui morto. Lá para trás, não muito longe, comi e fugi comido.

Assim como hoje o fazem milhões, na carne e fora dela, ao invés de adorar a Deus, pela decência de conduta, bajulei, lambi, adulei, chaleirei. E não sei se o farei ainda, pois em volvendo à carne, muito mais fácil é temer e chaleirar a Deus, fazer lambetismo indecoroso, do que viver decentemente para com o semelhante, que é o que Deus quer que façamos. A turba humana não sabe ainda compreender e amar; por isso mesmo, teme e adula, por meio de formalismos pagãos, idólatras, em si mesmos repugnantes. A capacidade de hipocrisia é tal, a tal ponto sobe a deselegância em conduta moral-mental-religiosa, que, mesmo depois de reconhecidas as fraudes teologais, os falsos adornos, as verdades postiças, as mentirosas disposições convencionais, ainda continuam a ceder, por via dos rótulos, dos títulos, dos preconceitos, das famigeradas obrigações sociais, protocolares e ditas civilizadas. O homem, de fato, está sepultado bem no fundo do homem fictício, do homem formal, do homem fantoche, do homem convencional. E é por isso que a morte envia, todos os dias, para os rincões de treva, pranto e ranger de dentes, dezenas de milhares de engalanados do mundo, de gente de tripa forra e herdeira de valiosos símbolos do mundo. Se o diabo existisse, seu melhor negócio seria com os titulados das religiões.

Como a morte poderia rir da vida, não fosse ela da vida prolongamento, não tivesse de ser veículo de transições lentas, judiciosas e belas! E, se fosse dado a mortais olhos, no plano da carne, ver em como se transmudam em trevosos certos luminares do mundo? E se o espírito encarnado, que focaliza nos empíreos celestiais a certos seus devotos, fosse dado vê-los nos barraçais de toda ordem? Em que sorte de prostração cairiam milhões de seres, simples e humildes, em vendo a seus heróis apeados de seus pedestais insólitos? Como se portaria a Humanidade, que compra tudo quanto carece de espiritual, quando visse os seus funcionários pedindo, mãos postas, lamacentos, suarentos, tétricos, um pouco de paz, uma medida de redenção, uma oportunidade de ressarcimento? Como se portariam os filhos do povo, em vendo que aos simples pais, mães, filhos, irmãos, gente decente, foi entregue o bastião da espiritualidade, a ordem de autoridade, sendo que aos donos de credos, proprietários do pensar alheio, outro rumo não foi indicado, sem ser o das reencarnações dolorosas, o das provas por vezes horripilantes?

Sim, amigos, imaginai nisso tudo, pois a Justiça Divina vos mostra tudo e de pronto. Quem é esse homem que vedes, sempre, estirando a mão à cata de uma esmola, encostado à porta de um templo qualquer? Não teria estado ontem, lá dentro, a vender sacramentos, ou à custa destes a fabricar ignorantes e simplórios, para mais logo os explorar? E aquele cego, aquele coxo, aquele leproso, aquele surdo-mudo, aquele paralítico, etc.? Quem está por fora vedes, mas quem está no cerne não podeis ver. Contudo, poderíeis imputar fraude, dolo, precariedade, à Soberana e Interna Justiça? Pois não vos confundais, amigos, com os rótulos do mundo. O mundo veste a fantasia de um modo assaz incerto. Daqui vos falamos, porque ordens superiores assim determinaram, em virtude do ciclo que se vence. Nova era despontará, lentíssima, nos horizontes da vida planetária, conclamando ao bem, ao fraternismo sem rótulos, sem presunção, sem ostentação, sem exteriorismos falsos, que primeiro ludibriam aos sentidos e depois chafurdam os espíritos nos antros abismais. De futuro, sem dúvida, respeitar-se-á o ser pelas suas virtudes e pelo seu saber de fato. Quem mais tem mais deve dar, em obras de Humanidade, não em forjaduras idólatras, não em farândolas simbólicas, mistificadoras e infernais.

Revendo o meu longo viver sobre a Terra, em todos os tempos, eras, continentes, raças, povos, credos e pátrias, posso dizer que vi, em linhas gerais, o viver, o deslizar da Humanidade por sobre a Terra. E, se dolorosa é a história humana em geral, desgastando as arestas do interior, em luta contínua contra as quinas do ambiente exterior, também proveitosa foi a dura jornada de milênios. Atravessando o homem coletivo, a Humanidade, os vulcões do mundo exterior, suas guerras e cataclismos, também, conjuntamente, foi conseguido burilar, quebrar cantos, amolgar ângulos de sua estrutura ainda feroz, animal e truculenta. Houve permuta em todos os sentidos, sem dúvida, entre a luta do homem contra o meio e do meio contra o homem, obrigando-o à melhora, ao progresso em geral. E é para isso mesmo que tudo existe em torno do homem, da monera ao macrocosmo: para o tanger, inculcar-lhe o espírito de luta, por idealismo, ciência, arte, necessidades em geral. Nada deixará jamais de instruir ao homem, desde que ele queira pensar nas origens, no plano de ação e nos destinos de todas as coisas. Uma simples formiga é um monumento de estrutura mecânica; sondar numa monera o seu porquê, as suas bases físico-químico-mecânicas vale por um curso técnico que não podemos ainda completar, em virtude de ir esbarrar na transcendência de tudo, na Causa Originária. O simples duplo-etéreo de um homem, encerra desafio a todas as argúcias científicas, apesar dos imensos informes do Consolador, porque em tons e matizes qualquer ordem de fenômeno se estende ao infinito.

E o amor nunca fabricou desgraças, o amor de ordem superior, é claro. Mas vi levantarem-se, dos proscênios religiosistas, não cânticos de glórias a atrair bênçãos, não cortejos de nobres atos a forçar o florescimento de dons de alma, mas sim vi, pasmo, chocado, assombrado, que eles subiam, como fumo de breu, colunas de dor, de ódio, de perseguições, de vinditas cruéis, que subindo um pouco, depois desciam, saturando tudo com a pestilência de suas ingênitas virulências. É que falando de Deus, na Verdade, no Amor, os credos oficializados e organizados em bases político-econômicas, nada mais têm feito que trair e trair! Atiram Deus contra Deus, a Verdade contra a Verdade, o Amor contra o Amor! Nunca! Isso jamais se daria, porque as coisas puras não são atingíveis pelas baixezas do homem ignaro. Estes é que, presumidos e maldosos, se atiram nos abismos, nos grilhões das reencarnações dolorosas. É triste arrastar a coletividade para as concepções indignas do Amor e da Justiça de Deus. Moisés, descendo do Monte Sinai, com ordem de não matar, havendo morto quase vinte e quatro mil, não traiu a Lei, nem em sua forma, nem e menos ainda em seu espírito — traiu-se a si mesmo. O Cristo, dando-se à morte ignominiosa, ressurgiu no mundo dos ultralibertos, coroando com os galardões de mais um imperecível triunfo e poder de mando. Eis que existem, amigos, várias ordens de vitória. Algumas vitórias valem por fragorosas derrotas, por descidas a abismos consciencionais e exteriores.





ÍNICIO - CAPA







































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A SAGRADA E ETERNA SÍNTESE

PRINCÍPIO OU DEUS – Essência Divina Onipresente, Onisciente e Onipotente, que tudo origina, sustenta e destina, e cujo destino é a Reintegração Total. O Espírito e a Matéria, os Mundos e as Humanidades, e as Leis Relativas, retornarão à Unidade Essencial, ou Espírito e Verdade. Se deixasse de Emanar, Manifestar ou Criar, nada haveria sem ser Ele, Princípio Onipresente. Como o Princípio é Integral, não crescendo nem diminuindo, tudo gira em torno de ser Manifestador e Manifestação, tudo Manifestando e tudo Reintegrando. Eis o Divino Monismo.

ESPÍRITO FILHO – As centelhas emanadas, não criadas, contêm TODAS AS VIRTUDES DIVINAS EM POTENCIAL, devendo desabrochá-las no seio dos Mundos, das encarnações e desencarnações, até retornarem ao Seio Divino, como Unas ou Espírito e Verdade. Ninguém será eternamente filho de Deus, tudo voltará a ser Deus em Deus. Esta sabedoria foi ensinada por Hermes, Crisna e Pitágoras. Jesus viveu o Personagem Inconfundível de VERBO EXEMPLAR, de tudo que deriva do UM ESSENCIAL e a Ele retorna como UNO TOTAL. O Túmulo Vazio é mais do que a Manjedoura. (Entendam bem).

CARRO DA ALMA OU PERISPÍRITO – Ele se forma para o espírito filho ter meios de agir no Cosmos, ou Matéria. Com a autodivinização do espírito, ao atingir a União Divina, ou Reintegração, finda a tarefa do perispírito. Lentíssima é a autodivinização, isto é, o desabrochamento das Latentes Virtudes Divinas. Tudo vai aumentando em Luz e Glória, até vir a ser Divindade Total, União Total, isto é, perdendo em RELATIVIDADE, para ganhar em DIVINDADE.

MATÉRIA OU COSMO – A Matéria é Essência Divina, Luz Divina, Energia, Éter, Substância, Gás, Vapor, Líquido, Sólido. Em qualquer nível de apresentação é ferramenta do espírito filho de Deus. (É muito infeliz quem não procura entender isso).

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